Time faz partida equilibrada contra o Palmeiras, consegue ser eficiente mais uma vez, mas afrouxa marcação e sofre com bola aérea defensiva Para o bem e para o mal, a bola aérea fez a diferença para o Vasco no 2 a 2 contra o Palmeiras, no último domingo, no Maracanã. O time carioca abriu dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo, mas sofreu o empate em tarde em que conseguiu ser competitivo, mas afrouxou a marcação.
Vasco x Palmeiras - Melhores Momentos
A competitividade, aliás, é o ponto forte da equipe de Maurício Barbieri nos grandes jogos da temporada, como é o caso das duas primeiras jogos do Campeonato Brasileiro. O técnico entrega o que prometeu em dezembro do ano passado, quando foi contratado. Assim como aconteceu diante do Atlético-MG, o Vasco disputou bem contra o Palmeiras e fez uma partida equilibrada contra um time muito difícil de se enfrentar e que pouco perde.
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O que chama mais a atenção após o quase um mês de preparação exclusiva para o Brasileiro é a melhora da eficiência do ataque vascaíno. Nesses dois jogos, o Vasco colocou a bola para dentro quando teve oportunidade. Diante do Palmeiras, no entanto, também perdeu chances de buscar a vitória.
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Jogada trabalhada por Barbieri
O ataque foi um dos focos do treinador no período que antecedeu o Brasileirão. E, no único treino que a imprensa acompanhou no Vasco este ano, a comissão focou bastante nas bolas trabalhadas pelas laterais. Nota-se que, a depender do adversário, o time tem mais intensidade de um lado que do outro.
No domingo, o lado esquerdo foi o mais explorado, principalmente no primeiro tempo, quando saíram os dois gols do Vasco. Antes de Pedro Raul marcar, aos 28 minutos, Lucas Piton e Alex Teixeira tentaram alguns cruzamentos por ali, mas sem efeito. A jogada, depois de certo tempo, pareceu manjada e muito bem marcada pelo Palmeiras.
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Gabriel Pec foi o melhor jogador do Vasco contra o Palmeiras
André Durão/ge
Mas o time de Abel Ferreira, que por várias vezes subia com seus laterais, deixou o caminho aberto para o Vasco. Em um dos escapes da equipe, dois dos mais qualificados jogadores do elenco se encontraram. Jair trabalhou com Alex Teixeira, que cruzou na medida para Pedro Raul cabecear. Foi a primeira finalização vascaína no jogo.
A insistência na bola aérea, ainda mais diante de um adversário que cede poucos espaços por dentro e sem um jogador que tenha a característica de trabalhar essa bola no meio, é uma das estratégias de Barbieri, que tem nos laterais bons cruzadores. Aos 39, novamente pelo lado esquerdo, Piton recebeu de Andrey e cruzou para Pedro Raul cabecear. Weverton espalmou, e Pec marcou no rebote.
Foram duas jogadas muito parecidas e que refletem o que o Vasco vem trabalhando no CT Moacyr Barbosa. A ordem é chegar com dois ou três jogadores toda vez que o lateral ou o ponta avança com liberdade. Foi o que aconteceu no segundo gol, com Pec preenchendo a área junto com Pedro Raul.
Gol no fim do 1º tempo prejudica estratégia
Assim como foi em Belo Horizonte, o Vasco abriu 2 a 0 sobre o Palmeiras no primeiro tempo. A diferença é que, contra o Galo, a equipe era superior e pressionava quando balançou as redes. No Maracanã, o time de Barbieri teve seus momentos, mas quando conseguiu os gols era o adversário que incomodava e tinha mais a bola.
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O resultado condicionou a postura, o Vasco abaixou as linhas e passou a ser pressionado. Faltou concentração no momento mais crucial do jogo e, nos acréscimos do primeiro tempo, Robson deixou de acompanhar Navarro, que cabeceou para diminuir para o Palmeiras. O gol tirou a paz que o time carioca poderia ter na segunda etapa.
A estratégia foi a mesma contra o Galo, com a marcação em bloco baixo e a aposta no contra-ataque. A diferença é que o Vasco não conseguiu segurar o Palmeiras, que, não é novidade para ninguém, tem força no jogo aéreo e assim chegou ao empate com Artur. O plano vascaíno poderia até ter dado certo se Pumita Rodríguez não desperdiçasse linda jogada de Pec aos 20 minutos do segundo tempo. Da mesma forma, o time paulista foi parado por Léo Jardim do lado de lá.
Ataque anima
De toda forma, o Vasco conseguiu quatro pontos contra dois dos principais candidatos ao título do Brasileirão na temporada, e o desempenho do time anima. Óbvio que é necessário voltar ao mercado em julho. Rodrigo, por exemplo, é um volante de pegada e tem seu valor, mas ainda é muito jovem e está em sua primeira temporada no profissional. Errou passes simples contra o Palmeiras e ainda vai oscilar no campeonato - o time precisa de um primeiro volante.
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Pedro Raul comemora com Alex Teixeira e Gabriel Pec
André Durão/ge
Por outro lado, o ataque titular anima. No domingo, o trio foi o destaque contra o Palmeiras. Alex Teixeira procurou a bola, distribuiu o jogo e ditou o ritmo. Gabriel Pec correu o campo todo, foi o escape do time nos contra-ataques, ajudou na marcação e protagonizou bons lances. Pedro Raul participou dos dois gols e disputou todas as bolas na frente.
O Vasco é, hoje, um time que não sente jogo grande e que consegue competir diante dos principais adversários do futebol brasileiro. E isso é muito para um clube que vive uma grande transformação fora e dentro dos gramados.
Na próxima segunda-feira, dia 1º de maio, o Vasco recebe o Bahia em São Januário, às 20h, para o jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de cumprir suspensão no domingo, o técnico Maurício Barbieri volta a comandar o time à beira do gramado.
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