Com "herança genética privilegiada", atletas tentam manter a sequência de sucessos das famílias A fase eliminatória da Superliga começou nesta sexta e, como se costuma dizer, agora é a hora de ver quem são os craques que decidem. Todos sonham brilhar na reta final para levar seus times ao tão sonhado (e tão difícil de ser conquistado) título da principal competição do vôlei nacional. Para isso, todo e qualquer detalhe pode fazer a diferença. E alguns jogadores podem se dizer privilegiados. Afinal, contam com o "dna vencedor do vôlei". São atletas cujos familiares são mais do que consagrados no esporte.
Jogadores têm o "gene do vôlei"
Editoria de arte
O Fluminense, que encara o Sesc-Flamengo nas quartas de final do naipe feminino, tem em seu elenco a ponteira Pietra. Filha do campeão olímpico Paulão, ela conviveu toda a vida com as histórias vitoriosas do pai.
- Cada ser humano tem a sua história. A minha característica mais forte assim é jogar muito pro time. Ele sempre foi um cara de time, de chamar o companheiro, de motivar, de apoiar. Ele passou isso pra gente, querendo ou não. Acho que isso pode correr no sangue sim. É meio inevitável, e a gente gosta muito disso.
Pelo Barueri, a líbero Paulina vem se destacando, com impressionantes 71% de aproveitamento na recepção, a quarta melhor de toda competição. Nas veias, corre o sangue de uma das atletas mais vitoriosas da história do esporte no Brasil. Paulina é sobrinha de Fofão, levantadora que além de ter sido campeã olímpica em 2008 , conquistou também duas medalhas de bronze. A líbero ainda está muito longe desses resultados, mas sonha em chegar pelo menos perto. Vencer a Superliga seria um primeiro passo.
- Falam que eu puxei um pouco isso dela assim, de ser mais tranquila assim. Eu vou sempre carregar o legado dela comigo, o DNA dela, da minha família. Mas tenho que ter comigo que agora é a Paulina que tem que fazer as coisas acontecerem.
Nas quartas de final, Paulina vai enfrentar outra "herdeira do DNA vôlei". O pai da ponteira Anne, Teun Buijs, foi por muitos anos jogador da seleção holandesa. Ele chegou a disputar uma edição dos Jogos Olímpicos, em Seul-88, mas não medalhou.
"Herdeiros" entre os homens
Na naipe masculino da Superliga, os atuais campeões e vice-campeões também contam com jogadores que carregam o dna dos campeões. No Cruzeiro, o levantador Nico Uriarte é filho do ex-jogador Jon Uriarte, que conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Seul. Nico ainda não ganhou medalha olímpica, mas já foi campeão Pan-Americano e é o cérebro do Cruzeiro, que sobrou na primeira fase do torneio, terminando em primeiro.
No atual vice-campeão Minas, que tem por tradição apostar bastante na base, um jogador de "pedigree" despontou. Arthur Bento é filho de Adriana Bento, que teve passagens pela seleção de quadra e que depois se destacou no vôlei de praia. O ponteiro é apontado não só como uma das armas para o seu time tentar ser novamente campeão da Superliga, como também uma aposta de futuro da seleção.
Com "gene do vôlei" ou sem ele, os jogadores das oito equipes masculinas e oito femininas começaram a disputa do mata-mata nesta sexta com a vitória do Cruzeiro sobre o Blumenau. Para avançar às semifinais, é preciso vencer dois jogos da série melhor de três. Veja abaixo os confrontos:
Masculino
Blumenau x Cruzeiro
Suzano x Guarulhos
Sesi x Minas
São José dos Campos x Campinas
Feminino
Praia x Barueri
Osasco x Pinheiros
Minas x Sesi-Bauru
Sesc-Flamengo x Fluminense
