"Sempre fui insegura e tive que ouvir do outro algo positivo para validar meu caráter. Entre 40 e 50 anos eu falei: 'Parou! Chega. Você já teve seus vícios, anorexia, transformou sua vida em uma coisa só. Eu era uma chata e só falava em emagrecer", afirmou Oliveira, no Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, desta segunda.
O livro, segundo a autora, narra suas crises de identidade e sentimentos de baixa autoestima, que foram predominantes durante sua adolescência, quando tinha obesidade.
"Cheguei a objetivar minha felicidade para poder ser magra, desde pequena", disse ela, que fez o papel de Juma na primeira versão de "Pantanal". "Quando eu era adolescente tive problema de obesidade, fui bastante rejeitada, fugi de casa para não encontrar meus amigos, era aquela insegurança, um complexo de inferioridade."
Oliveira contou à Fátima Bernardes que chegou a ouvir de uma professora de balé que precisaria cortar os ossos se quisesse seguir seu sonho de ser uma solista de dança.
A atriz fez ainda um paralelo entre gêneros e afirmou que a questão do bem-estar é sempre mais difícil para mulheres, usando como exemplo uma recém-pesquisa do Instituto Ideia que constatou que somente 3% dos homens brasileiros se consideram feios.
"A mulher tem sempre que representar padrões. É um saco", afirmou. "E o livro conta exatamente essas minhas passagens de baixa autoestima querendo corresponder a expectativa do olhar do outro."
CRISTIANA OLIVEIRA, VERSÕES DE UMA VIDA
Preço: R$ 59,90
Autor: Cristiana Oliveira
Editora: Letramento
Fonte: Notícias ao minuto