Ge
Jogadora entrou nos três jogos da SheBelieves Cup, em fevereiro, contra Japão, Canadá e EUA. Atleta comenta ainda sobre futuro no Benfica, seu clube atual Ana Vitória é uma das atletas que está na disputa por uma vaga na lista da técnica da Seleção, Pia Sundhage, para a Copa do Mundo feminina, que ocorre a partir de 20 de julho, em Austrália e Nova Zelândia. A jogadora tem aproveitado as oportunidades e celebra os jogos que fez na última data Fifa com a participação do Brasil na SheBelieves Cup. A atleta do Benfica entrou no decorrer dos três jogos do torneio nos Estados Unidos diante de Japão, Canadá e as donas da casa. No saldo final, gostou do que apresentou.- Acho que tenho ganho cada vez mais espaço e estado cada vez mais à vontade ali. Gostei da competição que eu fiz. Não vou dizer que adorei porque sei que no contexto da seleção ainda tenho mais a dar e posso me soltar um pouco mais. Isso vem com o tempo, sequência de jogos, com partidas nesse nível. Falando agora mais especificamente dos jogos, eu gostei particularmente do primeiro. Acho que entrei bem. No segundo, eu entrei em uma posição um pouco diferente do que eu vinha entrando na maior parte dos outros jogos que era mais como chamamos aqui controladora, uma primeira volante, digamos assim, com menos liberdade. Não achei que tenha ido mal, acho que até fui bem, mas ficou um pouco mais nítido que ali eu tenho aspectos a trabalhar por ser uma posição que eu não estou habituada a jogar. Em resumo, gostei. Contra os Estados Unidos também acho que, apesar do resultado adverso, quando entro e jogo está bem complicado, jogar contra os EUA nunca é fácil, muito pelo contrário, acho que entro buscando o jogo. Não gostei tanto quanto o primeiro jogo, mas acho que no final das contas o saldo é positivo. Coisas que aprendi, coisas que preciso trabalhar em cima e acima de tudo coisas que vi que estou bem. Importante para a atleta saber os aspectos que precisa seguir trabalhando e também o que está bem - afirmou Ana Vitória.Ana Vitória em ação na SheBelieves CupThais Magalhães/CBFNos amistosos, Ana Vitória experimentou um posicionamento como primeira volante. A jogadora acredita que é mais uma posição em que pode acrescentar na seleção brasileira.- A gente sempre tem as reuniões de feedbacks. As coletivas e as individuais. E nessa foi tudo tão corrido, um jogo tão atrás do outro, e o último já em cima da hora de ir embora que elas não tiveram tempo de falar com todas. Elas farão com algumas individualmente. Não chegaram a falar comigo, mas quando isso acontece também, elas logo entram em contato por telefone ou logo no início da convocação seguinte. A gente senta, como já aconteceu no início da convocação seguinte, e vê vídeos da convocação anterior. Mas antes do final dos 3 jogos eu pude ter uma uma conversa com a Lilie, que é auxiliar da Pia. Ela falou um pouco dos aspectos técnicos. Não sei se vale a pena que eu estar abrindo os pormenores. Mas sim, ela comentou alguns aspectos técnicos e profissionais. A ideia que tinham pela versatilidade que eu posso ter e pela estrutura física que eu tenho. Já tinha, inclusive, comentado essa questão da possibilidade de trabalhar mais como 6, quer dizer, no Brasil é 5. Aqui em Portugal é que é 6. Aí 6 é lateral, aqui é primeira volante, vamos dizer assim. E já tinha me dado esse toque. Para possivelmente ser uma coisa a tentar. E depois, no jogo, realmente aconteceu. E eu vi que é algo que de fato preciso trabalhar para também conseguir corresponder no melhor nível nessa posição e óbvio, em qualquer outra que precisar. Mas nessa também, particularmente - afirmou.Sobre a intensidade do jogo na Europa e o quanto isso pode ajudar na Seleção, Ana Vitória comenta que alguns times do Brasil já possuem esse aspecto muito parecido. Salienta, claro, da importância de atuar em uma Champions League, mas que a Liga Portuguesa ainda não atingiu um nível tão intenso como o apresentado, por exemplo, pela seleção americana.- Olha, sendo bem Franca. Primeiro, eu acho que no Brasil, em alguns times, você já consegue essa intensidade ou muito parecida. Óbvio que são estilos de jogo completamente diferentes europeu e brasileiro. Acho que aqui é um pouco mais físico, no sentido de força, a mesma estrutura, mas no Brasil também tem muito contato. Não vejo isso assim como aspecto que dê alguma vantagem. Claro, a maior competição europeia que é a Champions League te dá, de fato outro andamento, porque sendo bem franca, liga portuguesa ainda não. Não chegou no nível de uma seleção americana, né? E não é vergonha nenhuma, porque a seleção americana é top 1 mundial e mesmo a canadense também tem grandes atletas, inclusive, tem uma que joga aqui comigo. E é, de fato, referência também. Aliás, inclusive, são as atuais campeãs olímpicas, né? Não é a toa e tem também uma característica muito parecida com a dos Estados Unidos, muito parecida mesmo o estilo de jogo delas e as características individuais das jogadoras. Mas acho que não é um ponto que, no momento, nem ajuda, nem atrapalha.Sobre a continuidade no Benfica, ela deixa o futuro em aberto. Reforça o carinho pelo clube, mas fará o que for melhor para sua carreira.- A situação é muito simples. Eu ainda tenho contrato com Benfica e estou muito contente aqui. Eu adoro o país, adoro o clube, tenho de fato um carinho muito especial. Criei esse vínculo com o clube. É difícil um atleta sentir isso, né? É porque normalmente é sempre só profissional. Nós somos profissionais de futebol e o nosso vínculo é só profissional. Dificilmente você cria esse vínculo sentimental também com o clube e eu criei já aqui. Mas como todo atleta vou fazer o que for melhor para mim quando chegar o momento. Se o melhor para mim for ficar permaneço, se não também seguiremos as nossas vidas. Honestamente, acho que a resposta mais sincera que eu posso te dar nesse momento é que ainda não sei do meu futuro. Mas estou feliz com o presente.Com a seleção brasileira, Ana Vitória treina forte para estar na próxima data Fifa. No calendário, o Brasil encara a Inglaterra na decisão da Finalíssima, em 6 de abril, em Wembley, e ainda a Alemanha em amistoso dia 11, em Nuremberg.