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Venda bilionária do Chelsea para empresário dos EUA marca o fim da Era Abramovich

Por Virtual Rondônia em 07/05/2022 às 09:50:14
Magnata russo comprou o clube de Londres em 2003 por R$ 877 milhões; relembre a trajetória dos Blues sobre seu comando O acordo para a venda do Chelsea ao empresário americano Todd Boehly e seus associados marca, de vez, o fim de uma era para os Blues, o fim da Era Abramovich. O clube de Londres foi impulsionado para a elite do futebol europeu pelo bilionário russo, agora figura indesejável devido a sua relação com o governo de Vladimir Putin.

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Ao comprar o clube da capital, em 2003, por 140 milhões de libras (R$ 877 milhões na cotação atual), o oligarca russo inaugurou o reinado de proprietários com recursos financeiros ilimitados, que mudaram a cara do futebol europeu e mundial.

No Stamford Bridge, uma placa declara apoio a Roman Abramovich em Chelsea x Newcastle

Reuters

Nesta época, Abramovich não era muito conhecido, mas já imensamente rico. O milionário de 55 anos de barba branca e curta, dono de uma enorme residência de 15 quartos no bairro de Kensington, em Londres, tornou-se incrivelmente rico na década de 1990, após a chegada da economia de mercado na Rússia. Nascido em Saratov, no sul da Rússia, órfão desde cedo e criado por um tio, o jovem Roman cresceu no norte do país e estudou matemática em Moscou, antes de se lançar no mundo dos negócios. Ele tinha apenas 30 anos quando o governo russo vendeu a maioria das ações do vasto grupo petrolífero Sibneft por 100 milhões de dólares, uma fração de seu valor real. Abramovich as revenderia em 2005 à gigante pública Gazprom por 13 bilhões de dólares.

Veja a tabela do Inglês

Ascensão rápida

Enquanto diversificava seus investimentos, do petróleo ao alumínio, passando pelos automóveis, também forjava laços com políticos importantes, financiando, junto com outros empresários, a campanha de reeleição do presidente Boris Yeltsin em 1996. Ele então entrou no círculo de oligarcas com relações estreitas com a comitiva do presidente. Mas manteve uma distância saudável das lutas de influência, escapando assim do destino de seu próprio parceiro de negócios Boris Berezovski, um crítico feroz do poder, encontrado morto em sua casa em 2013 na Inglaterra.

Em 2003, decidiu se lançar no esporte. Depois de um tempo pensando no Tottenham, optou pelo Chelsea, clube em grandes dificuldades financeiras e que só tinha uma liga inglesa no currículo e um punhado de Copas da Inglaterra. A ascensão foi rápida, com um primeiro título na Premier League em 2005 e outro em 2006.

Mourinho comemora primeiro título inglês com Chelsea

Adrian Dennis/AFP

Um "milagre" que se explica pelas colossais somas gastas, à imagem do salário de 4,2 milhões de libras (5,2 milhões de dólares) oferecido em 2004 para atrair José Mourinho, que acabava de ganhar a Liga dos Campeões com o Porto. Na primeira pré-temporada, os Blues gastaram 170 milhões de euros (179 milhões de dólares) em contratações e quase o mesmo no ano seguinte. Somas importantes hoje, mas na época eram muito mais.

Chelsea no topo do mundo

Abramovich foi tão implacável como gerente esportivo quanto como empresário. Em 19 anos como presidente do clube, foram treze os técnicos que passaram por lá. Os resultados seguiram com mais títulos da liga (2010, 2015, 2017), 5 Copas da Inglaterra e 3 Copas da Liga. Em 2012, o Chelsea chegou ao trono do futebol europeu ao vencer a Liga dos Campeões, tal como em 2021, à qual somou o Mundial de Clubes.

Comparado a outros proprietários milionários, como os xeques que controlam o Manchester City desde 2008, o compromisso financeiro de Abramovich continuou. Depois de permanecer fiel ao clube, antecipou-se às sanções do governo britânico após o início da guerra na Ucrânia, colocando o clube à venda em 2 de março.

Abramovich e Azplicueta com o troféu: Mundial de Clubes era o único título que faltava para o magnata russo desde que ele virou dono do clube em 2003

Site oficial do Chelsea

Conheça os novos donos do Chelsea

Todd Boehly é coproprietário de duas franquias de esportes nos Estados Unidos: o Los Angeles Lakers, da NBA, e o Los Angeles Dodgers, da MLB (liga de beisebol). Além dele, fazem parte do consórcio nomes como o roteirista Jonathan Goldstein e o suíço Hansjörg Wyss. A maior parte das ações, porém, será da empresa financeira norte-americana Clearlake Capital.

Assim que a compra for oficializada, o Chelsea se verá livre de uma série de punições que recebeu em fevereiro, quando eclodiu a invasão da Rússia à Ucrânia. Considerado um dos ativos de Abramovich, o clube ficou proibido de comprar e vender jogadores, além de renovar contratos.

A aprovação da transação dependerá de um processo da Premier League. A liga inglesa fará testes com todos os membros do consórcio. Só então o Chelsea poderá solicitar uma nova licença do governo para concluir a negociação.

Todd Boehly , novo dono do Chelsea

Getty Images

Fonte: Ge

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