Antônio Bento do Nascimento chegou a receber voz de prisão e foi encaminhado à delegacia. Investigações seguem em andamento. Prefeita de Guajará-Mirim é investigada por improbidade administrativa
Maquinários da prefeitura de Guajará-Mirim (RO) estavam sendo utilizados na propriedade privada do esposo da atual prefeita do município, Raissa da Silva Paes na última quinta-feira (12). Antônio Bento do Nascimento recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado à delegacia.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia recebeu uma denúncia de um suposto caso de improbidade administrativa e foi até o local averiguar.
Ao chegar na fazenda, a guarnição confirmou o uso de dois maquinários da prefeitura sendo usados na propriedade privada do esposo da prefeita. O caseiro disse à polícia não ter visto quando as máquinas chegaram ao local, pois havia saído.
Prefeita de Guajará, RO, e esposo são investigados após usarem máquinas da prefeitura em fazenda particular
Reprodução
Segundo o documento, no momento das averiguações, o proprietário chegou e relatou que havia conversado com o responsável pela agricultura municipal para utilizar as máquinas para espalhar calcário. O combinado seria que o serviço fosse pago.
A delegada em plantão na quinta-feira (12) decidiu pela condução de Antônio e das máquinas, mas não foi possível que as máquinas fossem apreendidas "por não encontrarem as chaves e nem os operadores". O proprietário recebeu voz de prisão.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão em andamento. A polícia não informou se Antônio continua detido.
Prefeita de Guajará, RO, e esposo são investigados após usarem máquinas da prefeitura em fazenda particular
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No mesmo dia, o caso foi instaurado no Ministério Público de Rondônia (MP-RO). O promotor de Justiça pediu esclarecimentos da prefeitura de Guajará-Mirim, tanto da utilização das máquinas públicas em propriedade particular quanto pela suposta evasão dos operadores com a chegada da Polícia Militar (PM) ao local.
De acordo com o MP, "os fatos podem configurar ato de improbidade administrativa lesivo ao patrimônio público".
A Rede Amazônica entrou em contato com a prefeita de Guajará, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.