William Ferreira, que também já foi sargento da PM-RO, entrou em uma área restrita na Praça dos Três Poderes, conforme vídeos feitos por ele mesmo e postados nas redes sociais. William Ferreira invade área do STF onde terroristas causaram destruição, em Brasília
Reprodução/Facebook
O ex-candidato a deputado estadual William Ferreira da Silva, conhecido como 'Homem do Tempo', foi identificado como um dos bolsonaristas radicais que invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8).
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Nas redes sociais, William postou vídeos e fotos dos atos antidemocráticos no gramado da Praça dos Três Poderes e, em seguida, filmou a si mesmo e a outros bolsonaristas dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dentro da Suprema Corte, William percorre os corredores e passa por dentro do plenário onde todas as cadeiras e poltronas dos ministros foram arrancadas e danificadas pelos terroristas.
As imagens mostram os vidros do STF quebrados e documentos jurídicos destruídos.
Em outra transmissão feita nas suas redes sociais, William aparece subindo a rampa do Congresso Nacional, que foi tomada por golpistas radicais.
William Ferreira, conhecido como Homem do Tempo em Rondônia, fez lives em suas redes sociais no momento da invasão em Brasília, no domingo (8)
Reprodução/Facebook
Quem é o William
William, de 57 anos, é conhecido em Porto Velho por fazer transmissões para mostrar flagrantes da cidade, como acidentes e crimes policiais.
Ele já foi sargento da Polícia Militar de Rondônia e nas Eleições 2022 se candidatou como deputado estadual, mas não foi eleito.
William foi ao Distrito Federal acompanhado da esposa e das filhas, menores de idade.
William Ferreira, de Porto Velho, dentro de área invadida no STF em Brasília
Facebook/Reprodução
Invasão
Bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram no domingo (8) o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília.
O ataque às sedes dos três poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Até o fim da noite do domingo, pelo menos 300 pessoas haviam sido presas.
Entre os possíveis crimes cometidos, estão:
Dano ao patrimônio público da União – crime qualificado. Pena: detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Crimes contra o patrimônio cultural – destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa.
Associação criminosa – associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes. Pena: reclusão, de um a três anos (pena aumenta se a associação é armada).
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais. Pena: reclusão, de 4a 8 anos, além da pena correspondente à violência.
Golpe de estado – Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: reclusão, de 4 a 12 anos, além da pena correspondente à violência.
Grades foram derrubadas e janelas foram quebradas no Palácio do Planalto durante invasão criminosa
Ueslei Marcelino/Reuters