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VÍDEO: faixa flutuante de lixo se forma em ponto do rio Madeira em RO


Cena foi gravada por pescador na última sexta-feira (4). Por conta da estiagem, a Capitania Fluvial de Porto Velho emitiu uma portaria que proibiu a navegação noturna no rio. Pescador flagra faixa flutuante de lixo que se forma no rio Madeira

Com a estiagem, o rio Madeira tem mostrado além dos bancos de areia. É possível observar no vídeo acima uma faixa flutuante de lixo com várias garrafas de plásticos, isopor e até lâmpada que se formou em um determinado ponto do rio, próximo à Cujubim, que fica à 30 km de Porto Velho. A cena acontece por causa da seca.

Por conta da baixa no nível do rio, a Prefeitura de Porto Velho, montou uma sala que monitora e analisa os pontos fluviais mais críticos.

LEIA TAMBÉM: Como a preservação do Rio Madeira é essencial para manutenção da bacia amazônica

O vídeo que mostra a faixa flutuante de lixo que tem se formado no rio Madeira foi gravado pelo pescador esportivo João Cordeiro na última sexta-feira (4).

Faixa de lixo flutuante foi encontrada por pescador no rio Madeira, próximo à Cujubim, à 30 km de Porto Velho.

Google Maps

A Defesa Civil de Porto Velho faz o monitoramento do rio e alerta para os cuidados preventivos de segurança. O trabalho também é acompanhado por outras instituições, que formam a Sala de Crise da Estiagem do Rio Madeira para 2022.

De acordo com o monitoramento feito por essa equipe, a previsão de melhora sobre o nível do rio é apenas para segunda quinzena do mês de novembro.

A Defesa Civil alerta que enquanto o rio não chegar a 5 metros de profundidade — medição que é acompanhada pelas réguas instaladas da margem até o rio — a proibição da Marinha referente à navegação noturna prevalece.

Famílias que dependem do rio

Os ribeirinhos são os mais prejudicados com a poluição e estiagem do rio Madeira. O gerente da Defesa Civil, Anderson Luiz, explica que na época conhecida como verão amazônico, a água do rio tem um aumento no teor de ferrugem, o que a torna intragável. Por conta disso, ações para levar alimentos, kits de higiene e água potável são necessárias para atender essas famílias.

"Parte dos ribeirinhos usam a água do rio Madeira para consumo. Mas com a estiagem, acabam nem tendo água para beber. A gente faz todo o percurso de baixo, médio e alto Madeira, levando mantimentos de necessidades básicas".

A ferrugem que está na água do rio Madeira fica presa na fibra da caixa d'água

Defesa Civil/ Reprodução

De acordo com a Defesa Civil, mais de 150 famílias ribeirinhas têm sido assistidas durante esse período. Dessas, mais de 90 são da margem esquerda, onde o acesso é por terra e, no baixo madeira, onde o acesso só é possível por barco, para mais de 60 famílias.

Maria de Fátima, que é presidente da associação de moradores da comunidade Terra Firme, que fica à esquerda do rio Madeira, conta que a população do local não consegue consumir a água do rio.

"O rio Madeira está poluído. É impossível ingerir a água do Madeira, ainda mais nesta época. Além de ter uma grande quantidade de mercúrio, o lixo, o esgoto são lançados no nosso rio", disse.

Além das famílias que moram em Terra Firme, os animais e as plantações cultivadas na comunidade também sofrem com a falta de água.

Sem previsão de chuva em Rondônia

Nível do rio Madeira em Porto Velho

Prefeitura de Porto Velho/Divulgação

Algo que pode ajudar é a chuva. Porém segundo a previsão meteorológica do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), este sábado e domingo devem ser ensolarados, com poucas nuvens e sem chuva.

A umidade do ar segue baixa, com valores mínimos oscilando entre 20% e 30% no período da tarde em todo o estado.

G1 RO

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