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Análise: Vasco compete por pouco tempo, mas não tem força e nem futebol para buscar resultado

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A exemplo do clássico da ida, time comandado por Fábio Carille larga bem e abre o placar contra o Flamengo, mas não consegue segurar ritmo, sofre virada e termina o jogo dominado Flamengo 2 x 1 Vasco | Melhores momentos | Semifinal do Campeonato Carioca 2025

Depois de derrota por 1 a 0 no jogo de ida e com a necessidade de vencer por ao menos dois gols de diferença para chegar à final do Campeonato Carioca, o Vasco competiu por pouco tempo neste sábado. Abriu o placar e flertou com a possibilidade de complicar a vida do Flamengo no Maracanã, mas em seguida não mostrou força e nem futebol para buscar o resultado, sofreu a virada e terminou o jogo dominado.

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Os números falam por si. O Vasco teve a bola durante 40% do tempo e finalizou quatro vezes, apenas três delas na direção do gol: foram os chutes de Mateus Carvalho e Loide Augusto já na nos últimos minutos do clássico, além do gol marcado por Nuno Moreira. O Flamengo arriscou 16 finalizações e, no final das contas, não aumentou o placar porque Léo Jardim fez ao menos cinco defesas difíceis.

Para vencer uma partida como essa, o Vasco teria que aliar muita entrega física a uma atuação técnica praticamente impecável, de erro zero. Carille apostou em postura parecida com a do jogo da ida, na tentativa de sufocar o Flamengo nos primeiros minutos e forçar o erro do adversário. A estratégia pareceu funcionar, mas durou pouco.

Vegetti, Flamengo x Vasco

André Durão / ge

Depois de sofrer o empate (e mais uma vez ficar a dois gols de distância da vaga na final), a equipe mais uma vez não conseguiu mostrar poder de reação. Coutinho e Nuno Moreira saíram no início do segundo tempo, o primeiro por lesão e o segundo por cansaço, e abriram um buraco no meio de campo do Vasco. Jogadores como Payet e Loide Augusto, que deveriam de alguma forma contribuir ofensivamente, entraram muito mal na partida.

A três semanas da sua estreia no Campeonato Brasileiro, o Vasco dá sinais de que terá muito trabalho pela frente, como pontuou o próprio treinador na coletiva depois do jogo:

"(O futebol) está muito longe do que eu espero, do que eu acredito desse grupo".

Vasco incomoda, mas não o bastante

Satisfeito com a postura da sua equipe no jogo de ida, Carille repetiu a estratégia e colocou os jogadores para pressionar a saída do Flamengo em linha alta, dificultando o início de jogo do adversário. Nuno Moreira tinha a tarefa evidente de frear as subidas de Wesley pelo lado direito e conseguiu neutralizar o lateral-direito na maior parte do primeiro tempo.

No entanto, o Flamengo se aproveitou dos erros de saída de bola do Vasco para tomar o controle da partida e, na altura dos 15 minutos, já havia conseguido instaurar uma blitz no ataque. O time vascaíno mal conseguia cruzar a linha que divide o campo e tinha dificuldade para fugir da marcação. Até que, aos 21 minutos, Rayan conseguiu ficar com a bola após tiro de meta de Léo Jardim e sofreu a falta. Coutinho cobrou, Lucas Freitas se atrapalhou na segunda trave, e Nuno Moreira mandou para dentro.

O lance foi evidentemente ensaiado: Nuno fez a barreira para impedir Arrascaeta de chegar em Lucas Freitas. O Vasco já havia conseguido levar perigo em jogada parecida poucos minutos antes, mas Freitas cabeceou errado.

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O time de Carille incomodou e brigou muito na primeira etapa, mas o controle foi todo do Flamengo, que foi para o intervalo com oito finalizações contra duas e 65% de posse de bola. Aos 33, Bruno Henrique deixou tudo igual num lance de sorte após chute desviado de Arrascaeta. O prejuízo poderia ser maior não fossem as três defesas importantes de Léo Jardim em finalizações de Varella, Léo Ortiz e De la Cruz.

A arbitragem pautou as queixas do Vasco, em especial por dois motivos: uma possível cotovelada de Bruno Henrique (que já tinha cartão amarelo) em João Victor antes do primeiro gol e a decisão rápida e sem maiores explicações do VAR de não marcar impedimento do atacante rubro-negro no primeiro gol, embora tenha sido um lance muito ajustado.

Depois do intervalo, o Vasco não foi capaz de demonstrar nada que alimentasse sequer uma fagulha de esperança. Pelo contrário: à medida que o tempo passava, a equipe se perdia nos próprios erros e não conseguia chegar ao ataque de maneira organizada.

Em uma das poucas escapadas com espaço, Vegetti recebeu com liberdade na frente, com a possibilidade de abrir na esquerda para Loide, mas se atrapalhou sozinho e caiu de forma atabalhoada, provando mais uma vez que tem muita dificuldade para contribuir ao time se não receber a bola em condições de finalizar com um ou dois toques.

Aos 23 minutos, Luiz Araújo contou com a marcação frouxa de Hugo Moura e Mateus Carvalho na frente da área para dar números finais ao clássico e jogar o Vasco de volta à realidade de uma equipe que ainda precisa buscar sua melhor versão para alcançar alguma coisa relevante na temporada.

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