Árbitro da final da Copa de 2002 diz que apitou fim do jogo com atraso para ficar com a bola

Italiano Pierluigi Collina apitou a partida entre Brasil e Alemanha; juiz ainda comenta sobre ser "retirado" da arbitragem por conta da falta de cabelo É Penta! Brilha, Ronaldo! Brasil 2 x 0 Alemanha | final da Copa do Mundo de 2002

O ex-árbitro Pierluigi Collina, que apitou a final da Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0, revelou nesta terça-feira que deu fim ao jogo alguns segundos depois para garantir que teria a bola nas mãos.

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- Tenho a bola da final da Copa do Mundo de 2002. Naquele dia, dei o apito final, acho, com 13 ou 14 segundos de atraso, insignificante para o resultado, só para ter certeza de que a bola estava em minhas mãos, para poder levá-la para casa - explicou.

Pierluigi Collina foi o árbitro da final da Copa de 2002

Getty Images

- Durante a cerimônia de premiação, antes de receber minha medalha, alguém da organização me disse: Pierluigi, se você me der a bola, eu seguro ela para você. Eu respondi: "Sem chance, a bola fica comigo". Nas fotos da cerimônia, estou sempre segurando aquela bola - completou.

O lendário árbitro fez os comentários em uma entrevista ao jornal "La Repubblica". Pierluigi também comentou sobre ter sofrido por causa da alopecia que sofreu. Segundo ele, tirar ele da arbitragem após perder todo seu cabelo.

- Tentaram me fazer parar de arbitrar porque tinha perdido todo o cabelo. Quando sofri de alopecia total aos 24 anos, perdi todos os pelos do corpo em duas semanas. Só consegui continuar porque estava 'muito bem' - afirmou.

Collina é considerado um grande árbitro. Porém, ele esteve envolvido em uma polêmica em 2000. Na ocasião, suspendeu um jogo da Série A entre Perugia e Juventus devido ao clima adverso. Na partida, a Juventus perdeu por 1 a 0 após o reinício do jogo naquele mesmo dia, com a Lazio conquistando o título.

- O que foi certamente incomum foi o tempo entre a suspensão da partida e o reinício. Mas as condições de campo não eram tão ruins, já vimos situações piores. Quem esteve lá escreveu nos jornais e as avaliações foram positivas - admitiu.

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