De nome e nacionalidade nova: conheça o brasileiro que foi MVP na Copa do Sudeste Asiático

Rafaelson deixou o Vitória aos 21 e hoje é ídolo do futebol vietnamita como Nguyen Xuan Son, sendo artilheiro e herói de conquista no começo do ano Confira os gols e assistências de Rafaelson na estreia pela seleção do Vietnã

Prazer, Nguyen Xuan Son (ou Rafaelson).

Essa é a história de um jogador que nasceu na pequena cidade de Pirapemas, no interior do Maranhão, mas vive o auge da carreira no Vietnã, onde se tornou cidadão recentemente. Há oito temporadas fora do Brasil, Rafaelson terminou o ano como craque do seu clube e começou 2025 sendo o herói da conquista da Copa do Sudeste Asiático com a seleção vietnamita, além de artilheiro e MVP.

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— Saí muito novo (do Brasil), mas com a mente aberta a aprender e me adaptar rápido a culturas diferentes do meu país de origem. No começo sempre é mais difícil, com o tempo você aprende e tudo fica bem melhor — contou ao ge.

Rafaelson se apresenta em publicação nas redes sociais: "Prazer em conhecê-lo, o meu nome é Nguyen Xuan Son"

Reprodução / @rafaelson_10

Rafaelson fez base no Bahia, se encaminhou ao Vitória e deixou o futebol brasileiro com 21 anos rumo aos clubes asiáticos de pronúncia curiosa para a língua portuguesa.

Primeiro foi ao Vegalta Sendai, do Japão. Em seguida, assinou com o dinamarquês Naestved BK por uma temporada, até ser contratado pelo Nam Dinh, o time vietnamita que o recebeu no país que hoje é sua casa.

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O centroavante de 27 anos ainda defendeu outras duas equipes no Vietnã, mas retornou ao Nam Dinh em 2023 e lá se tornou ídolo. No ano passado, Rafaelson marcou 33 gols em 25 jogos e levou as duas principais taças do país com o time, a Supercopa e o Campeonato do Vietnã. Ele marcou duas vezes na final do primeiro torneio e foi o artilheiro do segundo.

Rafaelson foi campeão nacional do Vietnã com o Nam Dinh em 2024

Divulgação / Nam Dinh FC

Não demorou para que Rafaelson ficasse popular entre os fãs de futebol no país. Aliás, o carinho dos torcedores foi um do fatores que motivaram o ex-Vitória a tirar a cidadania no Vietnã. Ele conta que vive bem com a mulher e os dois filhos, que nasceram lá, e se sente muito conectado ao lugar.

A grande novidade com a nacionalidade foi deixar "Rafaelson" para trás e assumir a versão do Vietnã, que tem como característica o sobrenome aparecer na frente, assim como em outros países asiáticos. O mais novo vietnamita explica que a nova nomeação veio como um presente, para se adequar à cultura local.

— Quando você se torna vietnamita, precisa mudar de nome. A verdade é que "Nguyen Xuan Son" foi dado a mim pelo presidente do meu clube. Carrego o sobrenome dele, que é de uma das famílias mais importantes e ricas do país.

Rafaelson levou o troféu de melhor jogador estrangeiro da temporada 2023/24

Reprodução / @rafaelson_10

Os trâmites da naturalização se encerraram no final do ano passado e permitiram que ele participasse da primeira competição com a nova nação, a Copa do Sudeste Asiático. Nguyen estreou com sorte na seleção: marcou dois gols e deu duas assistências no primeiro jogo, contra Mianmar, na fase de grupos.

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Rafaelson balançou as redes em todas as partidas em que atuou e foi coroado como artilheiro e MVP do torneio - o segundo jogador na história a conseguir os dois feitos em uma mesma edição.

A única partida em que não marcou foi o jogo de volta da final contra a Tailândia, em que ele fraturou a tíbia e precisou deixar o campo aos 34 minutos do primeiro tempo. Mesmo sem o goleador, o Vietnã conquistou o tricampeonato com o placar agregado de 5 a 3.

De molho em casa depois de passar por uma cirurgia para tratar a lesão, ele celebra a chance de ter tido uma trajetória tão gloriosa logo na primeira experiência com a equipe vietnamita e mira o futuro na nova casa.

— Ser convocado e ainda artilheiro e melhor jogador da competição foi fantástico, me prepararei muito para esse momento e graças a Deus fui muito feliz. Estou realizando um sonho. Espero voltar em breve à equipe e buscar muitos mais títulos para a seleção do Vietnã — disse Rafaelson.

Ge