Presidente do Conselho explica votação desta segunda-feira, revela ameaças e detalha os próximos passos para definir o futuro do atual mandatário no comando do Timão Tuma responde presidente do Corinthians e diz: "Nada é feito fora do estatuto"
O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr., se defendeu das acusações de Augusto Melo, presidente do clube, sobre ter uma postura "ditatorial" durante o processo que pode resultar no impeachment do dirigente do cargo máximo do executivo alvinegro.
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A reunião desta segunda-feira acabou suspensa em comum acordo entre as partes e irá continuar em data a ser marcada futuramente, a partir do parecer da Comissão de Ética e da defesa de Augusto Melo. Depois será realizada a votação para decidir o futuro do presidente corintiano.
– Tudo o que aconteceu na sessão estará na ata. Então, assim, tinham 300 conselheiros, a defesa do Augusto. Eu lamento profundamente a fala dele. Percebemos, pelo pouco que pude ver aqui, que ele estava emocionado, talvez transtornado com o resultado, que talvez ele não esperasse – disse.
– Enfim, eu lamento, prefiro nem responder, porque, assim, democraticamente, a gente fez todo um trabalho, todo mundo que acompanha sabe que foi dado todo o direito de defesa, a própria Justiça falou sobre isso no processo. Só tenho a lamentar a postura dele como presidente do Corinthians – acrescentou.
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Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho do Corinthians
Reprodução
A reclamação de Augusto Melo, que chegou a colocar o dedo em riste para Romeu Tuma Jr. durante a sessão, ocorreu pela votação por aclamação promovida pelo presidente do Conselho Deliberativo para a admissibilidade do processo de impeachment.
Com a aprovação por 126 contra 114 votos em votação promovida por cédulas, a partir da reclamação da situação, o rito do possível impeachment de Augusto Melo seguirá em nova reunião.
– O regimento interno do Conselho Deliberativo, que é parte do nosso estatuto, prevê no artigo 13 que essa votação pode ser por aclamação, e assim foi deliberado. Tive a tranquilidade de verificar que o voto sim para a continuidade do processo foi manifestado com muito mais ênfase do que o não. Como houve dúvida e o presidente perdeu a cabeça na hora, lá em cima da mesa do Conselho, suspendi a reunião – relatou.
– Resolvi refazer a votação para não ficar nenhuma dúvida, justamente ao contrário do que fui acusado de ser ditador, para mostrar que sou bastante democrático, refiz a votação. Fiz a votação secreta para que todos pudessem se manifestar de forma tranquila, sem nenhum tipo de intimidação e a confirmação que vi é que tinha visto o resultado correto, que a votação secreta deu resultado favorável para continuar a reunião. Fui democrático, e refiz para ser democrático – disse.
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Romeu Tuma Jr. afirmou que atenderá a um pedido da defesa de Augusto Melo e só irá marcar a futura reunião a partir da semana que vem.
– Estou tranquilo, sereno, porque cumpri o estatuto. A primeira votação também foi no sistema do regimento e do estatuto. Estou tranquilo, por isso lamento o que ele falou, porque tinha razão porque o resultado foi esse – sentenciou.
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Romeu Tuma ainda desabafou sobre ameaças sofridas e o clima extremamente hostil ocorrido na reunião. Houve conselheiros agredidos e outros ameaçados, como o segundo vice-presidente Armando Mendonça e o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano.
– Tenho tido muitas ameaças, tenho inquérito apurando, minhas filhas tem sentido isso, gestos de violência. Recentemente uma filha minha foi ameaçada, inclusive tiveram que buscá-la na escola. Eu sinto não só pela minha segurança, mas da minha família e de vários conselheiros. Inclusive, um foi agredido lá fora, isso é muito preocupante, então acho que a Polícia tem que tomar providência, o Ministério Público – reclamou.
– Precisa acabar com isso no futebol. As pessoas não podem mais ser intimidadas, sofrer agressão, violência, por conta de questões políticas internas. Isso precisa acabar, é uma vergonha. Onde vamos chegar com isso? Por que no basquete não tem isso? No vôlei? Precisa acabar com isso, o futebol vai acabar se isso continuar. É inadmissível o que está acontecendo – encerrou.
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