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Mega réveillon na Estrada de Ferro Madeira Mamoré é cancelado

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Segundo a organização, a multa diária de R$ 100 mil tornou a realização da festa inviável. Prédio do Relógio e Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Sáimon Flores

A mega festa de réveillon que estava prevista para acontecer na Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi cancelada pela produção nesta segunda-feira (30). Antes disso, a Justiça já havia determinado a suspensão do evento. Segundo a organização, a multa diária de R$ 100 mil tornou a realização da festa inviável.

?? Entenda: O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrou com uma ação civil contra a Amazon Fort, administradora da EFMM pedindo o cancelamento da festa por preocupação com a preservação do bem tombado.

Na última semana, a Justiça Federal concedeu uma liminar ao Iphan ordenando a suspensão da festa. A Amazon Fort tentou recorrer da decisão, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou o pedido.

Segundo a produtora Pisa Festival, que coordena o evento, até a noite desta segunda-feira foram feitas tratativas para tentar reverter a decisão judicial.

"Entendemos a decepção de pagantes e toda a população que essa notícia pode trazer, e gostaríamos de expressar nossa profunda frustração com a situação, a qual não se resume somente ao valor gasto no ingresso adquirido, mas a toda a experiência que somente a Pisa Festival poderia proporcionar", comentou a produtora em uma nota de esclarecimento.

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E como fica o pagamento?

Segundo a organização, será feito o reembolso total do valor dos ingressos. As datas para o pagamento ainda não foram divulgadas.

Por que o evento foi cancelado?

Segundo o Iphan, os pedidos para análise do evento foram feitos em curto prazo, impossibilitando a fiscalização de possíveis prejuízos ao bem tombado.

A Pisa Menos, organizadora do evento, aponta que "todas as tratativas com o Iphan deveriam partir da Amazon Fort, empresa responsável pela gestão do Complexo".

Assim que o Iphan se pronunciou sobre o caso, a Amazon Fort informou ao g1 que estava surpreendida com a nota emitida pelo Iphan à Prefeitura e demais instituições, alegando que a concessionária não está cumprindo os prazos estabelecidos. Segundo a empresa, essa afirmação não condiz com a realidade, pois as recomendações e determinações tanto para este evento quanto para os demais já programados, têm sido atendidas pela empresa.

A pisa também se diz, em nota, surpresa com o pronunciamento:

"Essa notificação do IPHAN, alegando pendências, bem como a necessidade do prazo de 45 dias para a realização da análise junto ao Órgão, foi uma surpresa para nossa equipe".

O g1 entrou em contato com a Amazon Fort para comentar sobre os desdobramentos do caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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