Danilo Caixeiro, sócio da Matix Capital, empresa responsável por trazer Textor ao Alvinegro, defende janelas milionárias do clube e comenta sobre Fair Play financeiro Botafogo x Vasco: saiba tudo sobre o jogo da 32ª rodada do Brasileirão Série A 2024
Desde a chegada de John Textor, acionista que comprou a SAF do Botafogo em 2022, o clube ficou conhecido por janelas de grande investimento na compra de jogadores. Nesta temporada, por exemplo, foram mais de R$ 320 milhões gastos (considerando valores de transferências cheios e não incluindo bônus) com atletas.
Danilo Caixeiro, sócio da Matix Capital, empresa responsável por apresentar Textor ao Botafogo, deu detalhes sobre a estratégia do Alvinegro de fazer grandes compras já de primeira.
- A ideia era essa. Por que o Botafogo virou SAF e trouxe investimento? Porque precisava do aporte de capital. A conta nunca fecharia no exercício de receitas e juros. A ideia sempre foi financiar perdas iniciais, fazer investimentos da Eagle, do John Textor na época, para fazer essa subida - afirmou o executivo, em entrevista à "Sports Market Makers".
Uma das críticas voltadas ao clube carioca é em relação ao fair play financeiro, regra adotada no futebol europeu que indica que um clube não pode gastar mais do que arrecada, além de um conjunto de medidas que visam que as instituições se tornem sustentáveis no longo prazo.
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Danilo Caixeiro, John Textor e Thairo Arruda
Arquivo pessoal
A previsão da Eagle Football, empresa de Textor e que Danilo faz parte, é que as receitas do Botafogo em 2024 serão de, no mínimo, R$ 570 milhões - em 2023, este valor foi de R$ 388 milhões. O plano de gastar muito agora é para tentar recuperar o dinheiro a médio prazo, explica o executivo.
- O John tem falado de fair play financeiro. "Ah, está perdendo dinheiro". Sim, a gente tem que perder dinheiro por um tempo para fazer o turnaround (reviravolta). Esse era o plano - afirmou.
- A gente vai investir e vai aparecer nossa queima de caixa, o dinheiro saindo do nosso bolso e vai aparecer no resultado uma amortização grande do valor desses atletas. Um atleta que tem 21 anos, ainda tem mais cinco anos de contrato, está jogando em um time que está performando lá em cima, o valor econômico dele aumentou. Se a gente fosse marcar mercado, é um ganho. A gente está disposto a fazer esse nível de investimento porque temos essa visão. Tomamos esse risco, mas já vimos os resultados. Quadriplicamos a receita do Botafogo em dois anos ainda com poucas vendas de jogadores. Hoje os jogadores que estão lá são super valiosos. A lógica é continuar investindo se a gente achar que tem retorno - completou.
O Botafogo é líder do Brasileirão e está na final da Conmebol Libertadores pela primeira vez na história do clube.
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