Clubes somam polêmicas ao longo dos anos e iniciam um novo capítulo de duelo que já teve relações amigáveis Em 1981, partida entre Flamengo e Atlético-MG pela Libertadores é encerrada por confusão
Domingo, a partir das 16h, um clássico nacional vai agitar o Maracanã. Valendo taça. São 95 anos de história, com grandes personagens, duelos inesquecíveis e polêmicas. Atlético-MG e Flamengo fazem o jogo de ida da final da Copa do Brasil. Um novo capítulo de um duelo que já teve relações amigáveis e, hoje, aquece os bastidores antes mesmo de a bola rolar.
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Um dia depois da definição do Flamengo como adversário do Atlético na final da Copa do Brasil, o presidente do Galo, Sérgio Coelho, solicitou impedimento semiautomático no confronto e disparou:
"Insisto em dizer, o jogo tem que ser limpo e não sujo como foi no passado. Até mesmo os flamenguistas que presenciaram a ladroagem na final do Brasileirão de 1980 no Maracanã e no histórico jogo pela Libertadores de 1981, no Serra Dourada, têm vergonha dos fatos."
Éder faz sinal de "roubo" para José Roberto Wright
Arquivo Nacional
A década de 1980 marcou a virada de chave na relação dos clubes. Até então, eram amistosos para festejar data de fundação, Pelé em jogo beneficente no Maracanã, homenagem a Garrincha no Mineirão.
Com dois esquadrões, que serviam de base para a seleção brasileira, a história mudou. As marcações da arbitragem na decisão do Brasileiro de 1980 (vencida pelo Flamengo) e no jogo desempate pela Libertadores de 1981, no Serra Dourada (quando José Roberto Wright expulsou cinco atleticanos - assista ao vídeo no início da matéria), viraram "ferida aberta" no Atlético.
Em 1980, Flamengo vence o Atlético-MG por 3 a 2 e se sagra campeão brasileiro
Desde então, o reencontro entre alvinegro e rubro-negro é cercado de polêmicas e provocações.
Décadas depois, permanece a discussão. Recentemente, na decisão da Supercopa do Brasil de 2022, as diretorias trocaram farpas antes do jogo. Nos pênaltis, o Galo sagrou-se campeão e provocou: "Cheirinho de campeão".
Na disputa da Copa do Brasil, em 2022, após o Atlético vencer o jogo de ida por 2 a 1, o Flamengo se classificou na volta, e Gabigol exibiu uma placa com a frase "Bem-vindo ao inferno".
No ano passado, o Galo venceu no Maracanã por 3 a 0, pelo Brasileirão, e lançou um "silêncio" no estádio. Postou ainda:
Atlético-MG provoca Flamengo
Reprodução
Agora, as tretas surgiram antes da final da Copa do Brasil. Vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz ironizou o fato de Sérgio Coelho, presidente do Atlético, ter falado em "jogo sujo" no passado.
- Essa pressão do Atlético tem 40 ou 50 anos, desde os anos 80 que tem conversa fiada em relação à arbitragem. Se o segundo jogo fosse aqui, ia falar que a bola era fria, que era ruim e não sei o quê. Então foi até bom o segundo jogo ser lá.
Victor Bagy, diretor de futebol do Galo, rebateu:
- Isso faz parte do futebol. Sabemos que historicamente existiram episódios em que o Atlético foi prejudicado. Mas passado é passado, espero que esses problemas, principalmente com arbitragem, não sejam pauta de noticiários esportivos pós-decisão e que vença aquele que esteja melhor preparado.
Fato é que o confronto será disputado sem o impedimento semiautomático sugerido pelo presidente do Atlético-MG. O confronto promete, já que o Flamengo terá a última chance de título no ano, e o Galo pode dar a primeira volta olímpica no seu novo estádio.
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