Artilharia é liderada por Pedro, do Flamengo, lesionado há mais de um mês e que não atua mais nesta temporada Ídolos de Fla e Flu, Gabigol e Cano vivem seca de gols
De volta após a paralisação pela data Fifa, o Campeonato Brasileiro se encaminha para a reta final. Restando nove rodadas, um fato chama atenção na edição 2024 do certame nacional: o baixo número de gols da artilharia. O goleador deste ano pode ser o com menos gols na história dos pontos corridos.
Atualmente, Pedro lidera o ranking com 11 gols. No entanto, o centroavante do Flamengo sofreu lesão ligamentar no joelho esquerdo há mais de um mês, quando estava com a seleção brasileira. O jogador não atua mais nesta temporada.
Desde a lesão de Pedro, foram disputadas quatro rodadas do Brasileirão. Ainda assim, ninguém ultrapassou o camisa 9 do Flamengo na artilharia.
Abaixo dele, Hulk chegou a 10 gols em jogo atrasado do Atlético-MG na última semana e desgarrou de quatro jogadores com nove – Vegetti (Vasco), Estêvão e Flaco López (ambos do Palmeiras) e Luciano, que entrou em campo na rodada, marcou contra o Vasco e também chegou ao mesmo número de gols.
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Além da possibilidade inusitada de o Brasileirão terminar em dezembro com o artilheiro lesionado há três meses, o tímido número de gols pode ser histórico. Em 21 edições do campeonato na era dos pontos corridos, sem contar o atual, a temporada com menos gols foi em 2016.
Naquele ano, três jogadores dividiram o posto com 14 gols: Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e William Pottker (Ponte Preta). Uma média de 0,37 gol por jogo, considerando as 38 rodadas do Brasileiro.
– Os times não jogam mais com o centroavante fixo, jogo jogado para eles. E isso acaba não monopolizando os gols, eles acabam mais distribuídos. Por isso que o artilheiro ainda é o Pedro. Talvez teremos um artilheiro com um número baixo – analisa Grafite, comentaristas dos canais Globo.
– Acho que a maneira de jogo também, a prioridade é os jogadores pelos lados. Eles têm um volume muito maior de jogo, e o fato de não termos centroavante, camisas 9. Acho que esse sistema de jogo, que não prioriza mais os camisas 9, ajuda para esse número baixo dos artilheiros nessa temporada – acrescenta o ex-centroavante.
Artilheiros do Brasileirão (era dos pontos corridos):
2023 – Paulinho (Atlético-MG) – 20 gols
2022 – Cano (Fluminense) – 26 gols
2021 – Hulk (Atlético-MG) – 19 gols
2020 – Claudinho (Bragantino) e Luciano (São Paulo) – 18 gols
2019 – Gabriel (Flamengo) – 25 gols
2018 – Gabriel (Santos) – 18 gols
2017 – Henrique Dourado (Fluminense) e Jô (Corinthians) – 18 gols
2016 – Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e Pottker (Ponte Preta) – 14 gols
2015 – Ricardo Oliveira (Santos) – 20 gols
2014 – Fred (Fluminense) – 18 gols
2013 – Éderson (Athletico-PR) – 21 gols
2012 – Fred (Fluminense) – 20 gols
2011 – Borges (Santos) – 23 gols
2010 – Jonas (Grêmio) – 23 gols
2009 – Adriano (Flamengo) e Diego Tardelli (Atlético-MG) – 19 gols
2008 – Keirrison (Coritiba), Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense) – 21 gols
2007 – Josiel (Paraná) – 20 gols
2006 – Souza (Goiás) – 17 gols
2005 – Romário (Vasco) – 22 gols (42 rodadas)
2004 – Washington (Athletico-PR) – 34 gols (46 rodadas)
2003 – Dimba (Goiás) – 31 gols (46 rodadas)
Para que o campeonato de 2024 não seja marcado negativamente neste quesito, os postulantes à artilharia precisam de, no mínimo, seis gols nas rodadas finais. O que representa dobrar a média atual de gols em quase 29 rodadas completas.
Uma curiosidade, por outro lado, é que este Brasileirão está longe de ter uma das menores médias de gols, no geral. Antes do início da 30ª rodada, o campeonato teve 287 partidas, com 690 gols, média de 2,40. Sete edições dos pontos corridos tiveram média inferior – a de 2018 a menor da história, com 2,18 gols por jogo.
Vegetti, Hulk e Estêvão estão na briga pela artilharia do Brasileirão
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