Treinador projeta preparação para estreia na Copa América, dia 24, diante da Costa Rica, após o Brasil marcar oito gols e sofrer seis em quatro jogos sob seu comando Avaliações e projeções para o que realmente importa: a Copa América. Foi assim que Dorival Júnior abordou o empate por 1 a 1 entre Brasil e Estados Unidos, em amistoso realizado na noite desta quarta-feira, em Orlando. Mais do que o resultado, o treinador falou sobre a performance e deixou clara a preocupação na busca por equilíbrio.
Confira a coletiva do técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, após empate com os EUA
Em quatro jogos no comando do Brasil, o treinador soma duas vitórias e dois empates. Os oito gols marcados e seis sofridos, no entanto, chamam a atenção e Dorival tem pela frente 12 dias para fazer ajustes. Apesar disso, entende que o saldo os amistosos contra México e EUA foi positivo:
- Saio mais confiante e entendendo que estamos no caminho. Volto a falar que era uma fase preparatória e era mais do que necessário oportunizar praticamente todos os atletas. Vai existir uma disputa saudável dentro de um grupo que está se formando e se conhecendo. Foram dois ótimos jogos no sentido de colocar em campo todos aqueles que estão neste processo de treinamento.
- Pudemos conhecer um pouco mais cada um deles. Vamos intensificar o trabalho e melhorar. Queríamos o resultado, nos abrimos, corremos risco e fomos a frente. Criamos, mas não fomos felizes. Foi um jogo agradável para quem assistiu.
Dorival falou ainda da escolha por duas escalações diferentes e projetou a preparação para a estreia na Copa América, diante da Costa Rica, dia 24 de junho, na Califórnia. A partir de agora, Gabriel Magalhães, recuperado de luxação no ombro, fica à disposição:
Dorival Júnior no amistoso entre Brasil e Estados Unidos
Rafael Ribeiro / CBF
- Não tenho receio em afirmar que estamos em um caminho importante. É natural um equilíbrio durante as partidas. Jogamos com formações diferentes, mas jogadores que estão entendendo o que queremos. Teremos dias pela frente e esperamos dar um salto de qualidade. Todos os jogadores vão estar à disposição a partir de agora, e vamos definir o time para o jogo de estreia, o que será fundamental para a campanha.
Estados Unidos 1 x 1 Brasil | Melhores momentos | Amistoso internacional
A seleção brasileira permanece em Orlando até o próximo dia 20, quando embarca para Los Angeles. A equipe está no Grupo D da Copa América, ao lado de Costa Rica, Colômbia e Paraguai. A tabela indica confrontos com os costarriquenhos dia 24, os paraguaios dia 28 e os colombianos dia 2 de julho.
Confira outros trechos da coletiva
Construção da equipe
Foram dois jogos importantes para nós. Primeiro, porque você coloca em campo tudo o que foi trabalhado. É natural que ainda estejamos distantes do que queremos. Para mim, o futebol parte de um equilíbrio e você tem que ser efetivo. Sem a posse, você precisa estar um pouco mais atento e com os compartimentos mais próximo. Vem melhorando, estamos evoluindo em aspectos. O campo é um pouco menor e estamos buscando uma adaptação rápida. Com certeza, enfrentaremos times que vão se fechar como os EUA e precisamos de uma mobilidade maior, uma troca de passes mais dinâmica e com maior velocidade.
Postura dos EUA
Pegamos um adversário com uma compactação muito boa, baixou as linhas, diferente do que fez contra a Colômbia. Esperamos nos próximos jogos ter uma dinâmica maior na troca de passes. Assim, a criação vai melhorar, além de chegada a área com um pouco mais de homens para quando tivermos muitas bolas cruzadas na área.
Escolha por Alisson
Pela falta do Ederson e do Alisson nas duas partidas anteriores, fizemos a convocação de Rafael e Léo Jardim, dando oportunidade ao Bento, que foi muito bem. Com o retorno do Alisson, eu achava correto que ele voltasse e tivesse as mesmas duas oportunidades. É um teste? Não. É apenas para que entendamos um pouco mais o momento de cada um deles. Temos confiança em todos os jogadores que aqui estão, e isso é importante. Os treinamentos vão nos direcionar para a equipe que vai iniciar a partida seguinte. Espero ser o mais correto possível para colocar em campo jogadores que estejam em suas melhores condições.
Ataque x defesa
Foram quatro amistosos, sofremos três gols praticamente em bola parada e três com bolas em movimento. Nosso nível de atenção precisa estar muito alto. Foram dois pênaltis duvidosos contra a Espanha e fizemos oito gols. Precisamos desse algo mais, desse equilíbrio para voltarmos a ter jogos como precisamos. Tudo isso é trabalho e treinamento para ajustarmos o comportamento de cada setor para termos uma equipe segura e com a mesma agressividade que tem apresentado com potencial de melhora.
Substituição de Rodrygo
Faltavam poucos minutos. Eu queria tentar aproveitar um pouco mais a força do Vini para uma jogada individual. Com o Rodrygo também teríamos, mas é uma última tentativa em cima de um banco que eu preciso valorizar. Martinelli entrou e criou oportunidades. Em determinados momentos, algum jogador vai sentir um pouco mais. Mesmo que faça uma boa partida, temos outro ali fora. O importante é que essas mudanças nos 90 minutos proporcionem ao adversário uma dificuldade maior, e isso nós tivemos. Acredito que tenhamos criado boas dúvidas em relação a como eles nos marcariam. Ainda precisamos de uma dinâmica maior na troca de passes e, principalmente, no balanço lateral dessas equipes. Quanto mais fizermos essa bola rolar com menos morosidade e mais dinâmica, conseguiremos espaços para infiltrações importantes.
Correções defensivas
É uma situação que temos que buscar o equilíbrio. Temos um meio-campo consistente. Estamos jogando com dois pontas bem ofensivos, com atacante com liberdade de movimentação, e a recomposição é importante. Estamos cobrando tudo isso. Diferente do que jogavam em suas equipes, mas com a obrigação de retorno. Precisamos um pouco mais desses jogadores individualmente no sentido defensivo para que tenham maior liberdade. O equilíbrio ainda não existe. São duas partidas, ninguém é mágico, não acontece. Vamos encontrar essa condição com trabalho e treinamento. Tivemos dificuldade para penetrar a equipe dos Estados Unidos, tivemos bolas frontais, esse bloqueio é natural e vai da aproximação, da abordagem, da velocidade da abordagem na marcação. Chama a atenção e vamos buscar as correções necessárias.
Revisão do VAR
Acho que a regra foi respeitada. Lógico que no momento você tem uma reação. Acredito que tenha havido uma discrepância no momento. Mas a decisão não foi correta. Assim como no primeiro lance era um cartão absurdo e na sequência deu cartão para o João Gomes. Vamos encontrar um erro ou outro, é natural, mas não é por isso que o resultado foi esse. Foi um bom jogo, com coisas boas e negativas, mas vi coisas importantes.
Vini e Rodrygo
Cobram do Vinicius as atuações que ele tem no Real. Acho que isso vai acontecer nos momentos mais importantes e decisivos da competição. Vamos aguardar e dar condições para esses garotos encontrarem o seu melhor. O Rodrygo tem evoluído a cada momento. Quanto mais ele participar, será importante para a nossa equipe. Quanto mais ele tiver a bola nos pés, as possibilidades de jogadas importantes se ampliam.