Jogador entende ter direito a quantia milionária após rescindir contrato; veja os detalhes "Corinthians parece uma bomba relógio", afirma Rizek
O Corinthians enfrenta um turbilhão de problemas e, entre eles, está a disputa de mais de R$ 40 milhões com o meia paraguaio Matías Roja.
A Fifa agendou para a última semana deste mês a audiência sobre o caso. A sentença deve ser proferida dias depois, provavelmente na primeira semana de julho.
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A entidade máxima do futebol já encerrou a fase de investigação, tendo recebido as alegações das duas partes.
Hoje defendendo o Inter Miami, dos Estados Unidos, Matías Rojas moveu em março uma ação contra o Corinthians cobrando 8 milhões de dólares, cerca de R$ 42 milhões na cotação atual.
O valor representa todos os salários, direitos de imagens e outras verbas que constam no contrato dele com o ex-clube, que tinha validade até junho de 2027.
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Rojas, ex-Corinthians, está no Inter Miami, time de Messi nos Estados Unidos
Reprodução: @InterMiamiCF
O ex-camisa 10 do Timão pediu o rompimento unilateral do contrato por justa causa. O jogador alega que o clube pagou a primeira parcela do acordo feito com ele em janeiro, mas não quitou a de fevereiro. A dívida é referente a direitos de imagem de 2023, inicialmente no valor de R$ 5 milhões.
Tal inadimplência, na visão do atleta, o respaldou para pedir o encerramento do contrato, mediante ao pagamento integral dele.
O ex-camisa 10 corintiano se vê amparado pelo acordo firmado no início deste ano, no qual o clube reconheceu a dívida com ele. O documento previa o rompimento em caso de atraso de qualquer parcela.
Em entrevista recente ao "Canal do Benja", o presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou que o ex-diretor de futebol Rubens Gomes errou na condução do caso:
– Estávamos em Maringá e, de repente, estoura a cobrança do Rojas. Ele (Rubão) diz: "Falei com o empresário do jogador e pode pagar dia 5". Então fiquei tranquilo. Quando a gente volta para São Paulo, vem o advogado e fala: "O Rojas foi embora". Como não pagou? Aí eu ligo para o empresário do Rojas, que me disse que estava há mais de dez dias tentando falar com o Rubão, e ele não deu satisfação – declarou Augusto Melo.
Erros e falsas promessas marcam atual gestão do Corinthians
– Aí eu vim para o CT e falei: "Rubão, você falou com o empresário do jogador?". "Falei. Ele só fala em dinheiro". Abri o celular e falei: "Você está mentindo". Ele é mentiroso. Foi aí que perdeu totalmente a confiança.
Ainda em dezembro, na gestão do ex-presidente Duilio Monteiro Alves, Rojas notificou formalmente a diretoria sobre os atrasos e as possíveis consequências da falta de pagamento. A solução acabou ficando para a nova gestão, encabeçada desde 2 de janeiro por Augusto Melo.
Dias depois, um acordo foi fechado.
Em caso de condenação na Fifa, além de pagar indenização a Rojas, o Corinthians pode sofrer punições disciplinares. Por ter sido contratado no ano passado, Rojas se enquadra no que é chamado de "período protegido" da entidade – as primeiras três temporadas do contrato.
Nesses casos, como forma de inibir o rompimento unilateral de contrato, a entidade máxima do futebol prevê a aplicação de sanções desportivas a clubes que cometerem justa causa para rescisão – entre elas, a falta de pagamento ao atleta por período superior a dois meses.
Uma das punições é a aplicação de "transfer ban", a proibição do registro de novos jogadores. Em casos de "período protegido", essa medida é aplicada mesmo se o clube pagar a dívida.
O fato de ser réu primário nesse tipo de caso (as condenações recentes na Fifa foram em disputas contra clubes) joga a favor do Corinthians.
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Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Ao anunciar Rojas (na gestão de Duilio Monteiro Alves), o Corinthians informou que o contrato dele teria duração até junho de 2026. Porém, o registro na Federação Paulista de Futebol constava com validade até julho de 2027.
Vale ponderar que, mesmo se condenado na Fifa, o Timão poderá recorrer à Corte Arbitral do Esporte.
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