O processo vivia um impasse por causa da comprovação de residência da primeira-dama na capital paulista. A decisão de Jardon argumenta que, ainda que Janja more com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio da Alvorada, em Brasília, desde janeiro de 2023, ela comprovou nos autos o domicílio na cidade de São Paulo.
Ela alega ter tido a honra e imagem violadas por Mané, que publicou ofensas machistas, misóginas e que vão "além dos limites do direito constitucional à liberdade de expressão".
Em dezembro de 2023, Mané escreveu no X (ex-Twitter): "Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo e a putana da Janja e os quarenta ladrões".
"Ora, o viés ofensivo das palavras proferidas pelo réu é patente, que busca, por meio do seu tom ultrajante, diminuir o papel da mulher, da profissional, que a Autora desempenha perante a sociedade brasileira", diz a petição inicial.
O conselheiro corintiano apresentou à Justiça, em fevereiro, um pedido de improcedência do processo movido pela primeira-dama. Ele nega os crimes e diz que não há teor misógino em sua publicação.
A advogada que representa Janja nessa ação é Valeska Zanin Martins, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, indicado por Lula à vaga na Corte, em agosto de 2023.
A reportagem tentou contato com Janja e com as juristas envolvidas no caso, além de Mané, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: noticias ao minuto