No comunicado ao mercado, a Gol afirma que avaliará "ativamente alternativas de capitalização e/ou transações alternativas disponíveis" a partir de um processo que chamou de "competitivo".
A empresa afirmou ainda que "examinará oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital", mas que o processo não começou e que nenhuma negociação foi iniciada.
A Folha de S.Paulo revelou que as conversas entre Azul e Gol estão sendo conduzidas com os sócios da Abra Group, empresa que controla a companhia aérea. Para isso, a Azul contratou o Citi e o Guggenheim Partners.
Mesmo tendo concluído um processo de renegociação de dívida com seus credores, a Azul considera que tem condições de levar a proposta adiante e não descarta uma aquisição. Fontes que participam das negociações afirmam que seria possível até a emissão de ações em pagamento, caso haja necessidade de injetar dinheiro novo.
A consolidação do mercado brasileiro com duas operadoras é algo que preocupa as autoridades regulatórias.
No entanto, a sobreposição de voos entre Azul e Gol é de cerca de 18%, algo considerado contornável, apesar de afetar o filé mignon do negócio: as rotas da ponte-aérea e os destinos partindo de Congonhas e Guarulhos, ambos em São Paulo.
Os defensores da operação dizem que o argumento a ser apresentado ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é o de que, na União Europeia, as companhias têm elevadíssima concentração de mercado e isso não é um problema.
Mesmo assim, teriam de lidar com possíveis remédios aplicados pelo Cade: abrir mão de muitas rotas.
Outro argumento é o de que a Gol entrou em recuperação judicial 30% menor do que era em 2019, quando disputava a liderança. Hoje ela é a terceira do mercado.
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Fonte: noticias ao minuto