Lateral-esquerdo assumiu o tantã no pagode do capitão Rafinha depois da decisão contra o Palmeiras; jogador tem contrato até dezembro e desvia do assunto renovação "Moro na roça iaiá, nunca morei na cidade, compro o jornal da manhã pra saber das novidades". O verso da música "Moro na roça", de Clementina de Jesus, embalou a roda de samba promovida por Rafinha depois da conquista da Supercopa, domingo, contra o Palmeiras, no voo de volta.
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Rafinha cutuca Caio Paulista após título da Supercopa
Com provocações a rivais e a Caio Paulista e exaltação às conquistas do Tricolor, a brincadeira rolou noite adentro. Titular da lateral esquerda e do pagode de Rafinha, já que foi o primeiro a se juntar a ele no campo do Mineirão para assumir o tantã, Welington deu entrevista ao ge para contar as novidades:
– Vocês acompanharam, né? (risos). Com o Rafinha fica fácil, ele fica ali no banjo e eu só vou acompanhando, a gente sabe um pouquinho. No calor, na euforia, a gente desenrola no pagode. Fui o primeiro a chegar, ele já tinha me convocado antes, né? "Fica esperto: se a gente for campeão, chega junto que vai rolar o pagode pós-jogo". Eu já estava preparado – contou na entrevista.
Antigo titular da lateral, Caio Paulista foi um dos alvos do elenco, já que optou por trocar o São Paulo pelo Palmeiras. Dono da posição, Welington diz considerar normais as brincadeiras com o rival:
– Faz parte do futebol. Tenho certeza que se o Palmeiras tivesse ganhado, ia ter zoação da parte deles. É levar na esportiva a brincadeira. É aproveitar o momento, a gente foi campeão, tem que zoar mesmo.
Welington com o tantã no pagode do título do São Paulo
Marcelo Braga
A temporada com Thiago Carpini, a chance recebida com a transferência do ex-companheiro para o Palmeiras e a negociação ainda enrolada para renovação contratual estiveram em pauta. Com vínculo até o fim do ano, o jogador deixa o futuro nas mãos de seu empresários e do clube tricolor:
– Esse é um assunto muito delicado, procuro deixar isso com meus empresários, com a diretoria. Meu foco é, enquanto estiver defendendo a camisa do São Paulo, dar sempre o meu melhor. A torcida pode esperar isso de mim. Deixo aos meus empresários e à diretoria. Espero que dê tudo certo.
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Abaixo, veja a entrevista completa com Welington:
Globo Esporte: se a gente comprar o jornal da manhã para saber as novidades sobre o Welington, o que a gente ficaria sabendo?
Welington: – Cara, acho que a maior novidade é meu início de temporada. Depois da lesão que tive, a maior novidade é esse começo de campeonato que estou fazendo. Comecei muito bem. Acho que essa é uma das maiores novidades.
Welington, do São Paulo, em entrevista ao ge
Felipe Ruiz
Como foi começar o ano sabendo que você seria titular, já que Caio Paulista saiu. Mentalmente isso pesou para você?
– Não, mentalmente não pesou. Em 2022, o Caio não tinha chegado ainda e tinha só eu na posição. Comecei o ano como titular, mas infelizmente veio uma lesão. Então esse ano para mim não foi uma novidade. O maior risco é esse, né? Quando não tem uma sombra. Você tem que estar mais focado ainda, para sempre procurar melhorar.
A saída do Caio Paulista para o Palmeiras gerou uma revolta dos torcedores do São Paulo e da própria diretoria do Tricolor, mas você se beneficiou muito, né? Como viu essa saída dele?
– Com certeza, pra mim foi bom, foi excelente. A gente estava tendo uma disputa até que boa, eu tive uma lesão quando era titular, ele foi feliz, foi se encaixando no time na forma como o Dorival Júnior jogava, mas com a saída dele, agora é vida que segue, ele está no Palmeiras, tenho que pensar aqui.
Caio Paulista após a derrota do Palmeiras na Supercopa
Reprodução
Como tem sido trabalhar com o técnico Thiago Carpini?
– A chegada do professor Carpini veio só para agregar na minha carreira. Ele me dá bastante confiança e oportunidades. É um excelente treinador, tendo a cada vez mais ganhar espaço na equipe. Essa confiança é o mais importante para um jogador (...) Carpini é parecido com o Dorival Júnior, é mais paizão, dá bastante conselhos.
Ele chega e derruba um tabu de quase dez anos contra o Corinthians em Itaquera. O quanto isso de fato incomodava os jogadores?
– Incomodava bastante. Dez anos que não ganhava lá, toda vez que a gente ia jogar contra o Corinthians lá dentro era sempre a mesma história, que a gente não derrubava o tabu, então chegou uma hora que isso tinha que acabar. A gente foi bem focado para isso, preparado, e agora não tem mais tabu. É vida que segue.
Rafinha provoca rivais ainda no gramado do Mineirão
No Boleiragem, Carpini explicou nesta semana sobre a escolha do Nikão na final da Supercopa na vaga do Lucas, sobre a ideia de fazer uma dobra na esquerda. Como foi pra você essa mudança?
– Acho que a equipe do Palmeiras vinha marcando mais individual. Como Marcos Rocha acompanhava bastante o Nikão, a gente abria espaço para entrar essa bola no corredor. Carpini conversou bastante com a gente, o Nikão é um grande jogador e a gente sabia que ele estaria preparado para isso. Ele fez uma excelente partida.
Você chegou ao São Paulo aos 13 anos e vai completar 23. O que mudou nesta década?
– Tenho bastante tempo aqui dentro. Sempre sonhei em chegar ao profissional, hoje estou realizado, fui campeão do Paulistão (2021), da Copa do Brasil (2023) e da Supercopa. Passou bastante jogadores aqui que não conseguiram isso. Sou grato a Deus por viver esse momento. Tenho muita gratidão ao clube que me formou.
E como vê essa relação da torcida com os meninos de Cotia?
– A gente se identifica bastante com a torcida desde a Copinha (título de 2019). Foi nosso primeiro contato com a torcida. Ela acolhe bastante os meninos de Cotia e isso ajuda muito, principalmente na nossa chegada ao profissional. Claro que acontecem críticas, mas são normais do futebol, temos de estar preparados. A torcida faz um grande trabalho nas arquibancadas e isso nos deixa felizes.
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Marcos Ribolli
Depois de começar um ano com título, o que você para a temporada do São Paulo?
– Começamos o ano da melhor forma possível. Derrubamos o tabu, somos campeões da Supercopa. Mas temos de botar nas nossas cabeças que a gente tem que continuar almejando coisas grandes. Tem o Paulista, a Copa do Brasil de novo, a Libertadores. O que passou já ficou para trás, temos que olhar para frente. O vencedor tem que se acostumar com isso e não estacionar. Foi campeão uma vez? Tem que ser duas ou três para fazer história. É nisso que estamos empenhados.
Vão ter mais pagodes neste ano então?
– Com certeza, tem que ter.
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