Abel Ferreira e elenco assistem premiação do São Paulo no campo, traçam lições e trabalham confiança para sequência da temporada: "A gente tem o ano todo pela frente" Abel Ferreira permaneceu em silêncio durante os quase 20 minutos de premiação na Supercopa Rei. As mãos no bolso, os braços cruzados, os dedos no queixo. E enquanto todos ao redor conversavam, após a derrota do Palmeiras para o São Paulo, o treinador tinha o olhar vidrado. Fez questão de assistir o rival levantar a taça e orientou os atletas a fazerem o mesmo.
– Esperamos por respeito – explicou, após a derrota nos pênaltis no Mineirão.
Abel Ferreira, comissão técnica e elenco do Palmeiras esperam entrega do troféu ao São Paulo na Supercopa Rei
Camila Alves
Desceram ao vestiário, contudo, com a certeza de que não será este o confronto responsável por decidir o futuro do Palmeiras na temporada de 2024. E foi esse o tom do discurso do treinador, que tira lições e trabalha para evitar o impacto negativo do resultado.
– Ele nos disse: "Seguir. Seguir em frente. Porque a gente tem o ano todo pela frente" – confidenciou Rony, minutos antes de deixar o estádio com a delegação.
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Ainda em início de temporada, a Supercopa Rei foi somente o quinto confronto disputado pelo Palmeiras em 2024 e deixa lições para o decorrer do ano. A principal delas, na visão de Abel, é muito clara: a eficácia.
O Verdão arriscou quase o triplo de finalizações em relação ao São Paulo - foram 14 contra cinco -, mas só quatro delas acertaram o alvo e nenhuma balançou as redes. Reflexo do bom desempenho do goleiro Rafael, que fez sete defesas no tempo normal - além dos dois pênaltis -, mas também do baixo índice de acerto do Alviverde.
– Eficácia é um ponto que temos que melhorar, porque essa equipe cria e faz muitos gols, mas infelizmente não tivemos essa capacidade – disse Abel.
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Há de se considerar também que as próprias substituições pouco auxiliaram neste quesito. Mayke comandava a zona de escape pelo lado direito e Flaco López dividiu a referência com Rony no ataque, mas ambos saíram no início do segundo tempo e o time perdeu ritmo ofensivo.
Setor, aliás, que perderá Endrick no meio do ano, vendido ao Real Madrid, e para o qual o Palmeiras tem duas contratações encaminhadas: o atacante Lázaro, do Almería, da Espanha, e o meia-atacante Rômulo, do Novorizontino.
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Uma certeza, contudo, de Abel Ferreira, comissão técnica e diretoria, é de não sofrer impacto negativo com a derrota.
– Digo sempre aos nossos jogadores: quando temos este tipo de atitude que tivemos, só devemos baixar a cabeça para beijar o símbolo. Só – disse o treinador.
Abel Ferreira e jogadores do Palmeiras aguardando a premiação da Supercopa Rei
Camila Alves
A presidente Leila Pereira, por sua vez, também acompanhou a premiação da Supercopa dentro de campo, e cumprimentou todos os jogadores do Palmeiras individualmente antes de deixar o gramado. Lembrando que a disputa não prevê premiação de medalha ao vice.
Leila Pereira cumprimenta jogadores do Palmeiras após derrota
Camila Alves
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E essa concepção de confiança aparenta estar incutida no elenco. É tanto que o atacante Rony, único a falar na zona mista após a partida, repetiu seis vezes o termo "faz parte" do futebol em relação ao resultado. Demonstrou tranquilidade e é essa ideia que carregam para o restante da temporada.
– Acredito que somos um time muito cascudo e sabemos lidar com esse tipo de situação. Nossa mentalidade é muito além do que perder um título como esse. Dentro do clube não tem esse tipo de mentalidade de uma derrota nos pênaltis afetar. Somos uma família -- disse o atacante.
– A gente consegue ligar o alerta para não sofrer mais derrotas e seguir em frente. É manter a cabeça erguida.
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Marcos Ribolli
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