Treinador mantém o 5-4-1 do ano passado com variações na linha de três zagueiros Tiago Nunes topou o desafio de reconstruir o Botafogo após uma temporada que deixou marcas no torcedor. Com elenco reformulado e estabilidade garantida por John Textor, o treinador mandou a campo escalações diferentes nas duas vitórias do Fogão no começo do Campeonato Carioca.
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Tiago Nunes comanda dos treinos antes do duelo com o Coritiba
Vitor Silva / Botafogo
Na estreia contra o Madureira, vitória de 1 a 0 com a linha de três formada por Danilo Barbosa, Halter e Alexander Barboza. Na vitória sobre o Bangu por 2 a 0, a linha foi formada por Newton, Bastos e Montes.
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Apesar dos nomes diferentes, a forma de jogar foi a mesma e mostra uma ideia que já era esboçada no fim da última temporada: uma estrutura com três zagueiros que participam bastante da saída de bola e têm como missão dar a bola direto para os atacantes. Um estilo de jogo de valorização da posse e ataques mais diretos, com poucos passes até o gol.
É por isso que Nunes escala Danilo e Newton, volantes de origem, como zagueiros pelos lados. Eles possuem a missão de conduzir a bola e esperar um atacante se colocar virado de costas para oferecer uma linha de passe. Em um só passe, a bola vai de zagueiro a atacante.
Danilo Barbosa, um dos destaques do ano passado, fez essa função. Veja como ele carregava até perto de Tchê Tchê e Marlon Freitas, com Jeffinho se projetando para receber. Além de encurtar o tempo e número de passes da bola chegando na frente, essa linha de três ofensiva permite que Halter e Alexander façam a cobertura ofensiva naquele lado. Se o Botafogo perde a bola, todo mundo está próximo pare recuperar.
Danilo Barbosa conduz até o ataque e passa direto a Jeffinho
Reprodução
Newton fez a mesmíssima função contra o Bangu. Não fossem os nomes, daria até para achar que é o mesmo time. Os movimentos sõa iguais: o zagueiro que avança e toca ao ala e ao atacante e os dois zagueiros que cobrem o movimento.
Newton fez a mesma função de Danilo contra o Bangu
Reprodução
Nunes explicou que essa variação de um lateral ou volante compor a linha de três deve ser frequente:
Hoje foram dois zagueiros de origem e um volante pelo lado de campo, que facilita a saída. Quando se fala em linha de três, eu posso jogar com um zagueiro, um volante ou um lateral, ou dois laterais e um zagueiro. Penso que a linha com três ou com cinco é muito mais complexa de acertar rodagens, pressão, subida de pressão, comportamentos e conexões táticas, que exigem inteligência tática. Existe uma série de oportunidades iniciando o jogo e dentro da própria partida.
Tiago Nunes fala após vitória do Botafogo contra o Bangu pelo Campeonato Carioca
Mesmo com um volante ou lateral na linha de três, o esquema tático não muda. Em números, é possível traduzir o Botafogo num 5-2-3. O que vale mesmo é o que eles fazem em campo. Tanto que na hora de defender, o Fogão forma um alinhamento de cinco defensores na frente do goleiro.
Botafogo se defende com linha de cinco: mesmo esquema de 2023
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As variações devem continuar a acontecer nos próximos jogos do ano. Tiago Nunes irá testar vários jogadores nesssa mesma estrutura e forma de jogar para entender quem dá a melhor resposta na sequência da temporada e principalmente nos clássicos: o Botafogo encara o Flamengo no dia 07 de fevereiro e depois o Vasco no dia 18 de fevereiro.
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