Timão foi dirigido por quatro comandantes diferentes e não conseguiu conquistar títulos; temporada foi marcada ainda por atos violentos e fim de dinastia de grupo de Andrés Sanchez Não foi um ano fácil para o Corinthians. 2023 ficará marcado pelas sucessivas trocas no comando da equipe, frustrações em campo e até episódios de violência, como invasões ao centro de treinamento do clube e até mesmo a um motel em que estava o meia Luan.
Retrospectiva do Corinthians: qual foi o melhor e pior momento no ano?
No ano que se encerrou, o Corinthians teve quatro técnicos diferentes, sem contar os interinos. A temporada começou com Fernando Lázaro, que durou no cargo até abril. Ele deu lugar a Cuca, que ficou apenas uma semana no posto, pedindo para sair por causa de protestos de torcedores, indignados com a contratação dele após condenação por estupro na década de 1980, ainda quando era jogador.
Depois de Cuca o escolhido foi Vanderlei Luxemburgo, que acabou demitido em setembro para a chegada de Mano Menezes.
Em meio a tantas trocas, o Timão mais uma vez não conseguiu levantar taças. Sem gritar "campeão" desde 2019, o Corinthians vive o maior jejum em 35 anos.
Zebra no Paulistão
O Corinthians começou a temporada com poucos reforços. Chegaram o lateral-esquerdo Matheus Bidu, o meia-atacante Chrystian Barletta e o atacante Romero.
Com a base de 2022 mantida, a equipe encerrou a primeira fase do Paulistão na liderança do Grupo C, invicto em clássicos: venceu São Paulo e empatou com Santos e Palmeiras.
Porém, a equipe foi eliminada precocemente pelo Ituano, nas quartas de final do torneio, em plena Neo Química Arena. Após empate em 1 a 1 no tempo normal, o Timão foi derrotado nos pênaltis por 7 a 6.
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Frustração na Libertadores
Assim como no Paulistão, o Corinthians caiu precocemente na Libertadores. O início foi bom, com vitória fora de casa sobre o Liverpool, do Uruguai, por 3 a 0. Porém, dali em diante tudo ruiu.
A equipe foi batida em casa para o Argentinos Jrs (na última partida de Fernando Lázaro) e também para o Independiente del Valle. Fora de casa, ainda levou 3 a 0 dos equatorianos, chegando na última rodada da primeira fase já sem chance de classificação.
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Violência
O mau desempenho em campo resultou em episódios de vandalismo e violência fora das quatro linhas. Em março, torcedores organizados invadiram o CT Joaquim Grava e tiveram uma conversa com os atletas.
Já em julho, um grupo de homens invadiu um motel na capital paulista e agrediu o meia Luan, que dava uma festa no local. Semanas depois, o jogador se transferiu para o Grêmio.
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Por fim, em outubro, houve confusão e protestos no hotel em que a equipe estava hospedada em Fortaleza.
Além destes episódios, houve protestos sem violência em diferentes oportunidades, na Neo Química Arena, no CT e em hotéis em que a equipe ficou hospedada.
Vai e vem de jogadores
Na janela do meio do ano o Corinthians contratou dois jogadores: o zagueiro Lucas Veríssimo, emprestado pelo Benfica, de Portugal, e o meia Matías Rojas, que estava no Racing, da Argentina.
Por outro lado, o clube perdeu seu artilheiro na temporada: Róger Guedes recebeu proposta do Al-Rayyan, do Catar, pediu para ser negociado e teve seu desejo atendido pela diretoria alvinegra.
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Mais decepções
No Brasileirão, o Corinthians passou quase todo o campeonato na parte de baixo da tabela e flertou com o risco de rebaixamento. O alívio veio somente após a vitória sobre o Vasco, em São Januário, na antepenúltima rodada: 4 a 2.
Já na Copa do Brasil, o Timão conseguiu viradas emocionantes sobre Remo, Atlético-MG e América-MG, mas acabou sucumbindo na semifinal, sendo eliminado pelo rival São Paulo.
Foi também na semifinal que o Corinthians caiu na Copa Sul-Americana. O Timão iniciou o torneio com reservas e jovens da base, mas aos poucos foi dando mais importância para a competição. Após superar Universitario-PER, Newell's Old Boys-ARG e Estudiantes-ARG, a equipe foi eliminada pelo Fortaleza.
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Corinthians em 2023
Fim da dinastia
O ano acabou com uma mudança importante no Corinthians fora de campo. Após 16 anos, o grupo político liderado por Andrés Sanchez viu acabar a sua dinastia no comando do clube.
Augusto Melo foi eleito presidente do Timão em 25 de novembro com 66,2% dos votos. Ele tomará posse em 2 de janeiro, mas já vem tomando ações e até acertando reforços para a próxima temporada.
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