Com multa de 45 milhões de euros, meia-atacante de 16 anos estreia em última rodada do Brasileiro e surge como novidade no Verdão de 2024 Era noite de quarta-feira, dia 6 de dezembro de 2023, quando Estêvão afundou as chuteiras no gramado do Mineirão. O sorriso era o mesmo. A ânsia era nova. Pela primeira vez, aos 16 anos, o atacante vestiu a camisa do Palmeiras como profissional e estreou para abrir as portas de uma nova etapa da própria vida: tornou-se campeão brasileiro e principal joia do Verdão para 2024.
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O mundo de Estêvão: joia de 16 anos vive noite mágica com estreia e título pelo Palmeiras
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Estêvão surge como novo potencial do Verdão, em um elenco marcado por outros nomes criados na Academia do Futebol, como o próprio Endrick, além de Luis Guilherme e Fabinho mas que vinham atuando no profissional. O atacante de 16 anos, portanto, é novidade. Que vinha sendo projetada por Abel Ferreira desde pelo menos novembro de 2022.
Ultimamente fala-se muito do Endrick, já se falou do Veron e do Danilo. Fiquem atentos aos nomes do Estêvão e do Luís Guilherme. Vão ouvir muito falar deles também.
Estêvão treina no Palmeiras sob olhares de Abel Ferreira
Cesar Greco
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Nascido em Franca, no interior de São Paulo e a 400km da capital, Estêvão Willian deixou a cidade aos oito anos para apostar no futebol. Era acompanhado do pai, Ivo Gonçalves, que foi também seu primeiro treinador, organizando atividades e levando-o para os campos. Um pai que não vingou na carreira de atleta e, por isso, ver o filho é como uma realização particular.
– A gente projetou, sonhou, saímos daqui de Franca, e eu sempre colocava isso na vida dele: "Um dia você vai estrear no profissional, um dia você vai jogar". E aconteceu. Eu estava na arquibancada e é uma das maiores emoções que eu tive na vida – contou ao ge.
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A primeira oportunidade do meia-atacante surgiu ainda criança, na escolinha de esportes e no campo pelo Cruzeiro. Foi neste período que terminou batizado com o apelido deixado para trás: Messinho. O motivo? Era a velocidade e habilidade no drible curto, além da inspiração do atleta no argentino.
– O Estêvão tem uma qualidade muito diferente com a bola, porque a prende ao pé com muita velocidade, daí o apelido de Messinho – disse João Paulo Sampaio, diretor da base do Palmeiras, ao jornal espanhol AS neste ano.
– Ele não quer o apelido, chama-se Estêvão. Mas é incrível, muito parecido com Léo. Tem potência na bola parada, é canhoto também. Muito parecido. Não fisicamente, mas faz coisas que lembram Messi. É um fenômeno. O próximo Bola de Ouro – completou o empresário do atleta, Andre Cury, também ao AS.
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Estevão William ainda criança na base do Cruzeiro
Reprodução
Ao completar 14 anos, em 2021, o meia-atacante - que estava sendo citado na polêmica de contratos assinados por Itair Machado, com o Cruzeiro cedendo direitos de crianças - pôde assinar o primeiro vínculo de iniciação esportiva e assim trocou Minas Gerais por São Paulo, para acertar com o Palmeiras.
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No Verdão, não demorou a se destacar pela velocidade, capacidade de drible e maturidade nas tomadas de decisão. São seis títulos desde então, entre Paulista Sub-15 e Sub-17, dois Brasileiros e duas Copas do Brasil Sub-17. E assim recebeu a primeira convocação para a seleção e a primeira chamada para disputar o Mundial.
Fez três gols e deu três assistências, até ser eliminado nas quartas de final para a Argentina. Mesmo sem o pódio, Estêvão brilhou e estampou o nome em páginas dos jornais estrangeiros. O Marca, da Espanha, o chamou de "Fenômeno", enquanto o AS comparou o estilo com Neymar e escreveu, após o hat-trick na goleada por 9 a 0 sobre a Nova Caledônia: "O Brasil tem um novo gênio".
Matéria no Marca após atuação de Estêvão no Mundial Sub-17
Reprodução
Não à toa, Estêvão surge no Palmeiras visto com potencial para ser um dos grandes atletas do futebol mundial. Tem contrato profissional desde os 16 anos, válido até abril de 2026 - no tempo máximo permitido pela Fifa nesta idade - e com uma multa de 45 milhões de euros.
O Verdão chegou a receber uma oferta do Paris Saint-Germain, inclusive, mas não quis. O PSG havia oferecido uma proposta casada por Estêvão e Endrick, com 50 milhões de euros fixos e mais 30 milhões de euros em bônus. Pouco depois, Endrick foi vendido ao Real Madrid em uma transferência que pode chegar até 72 milhões de euros.
Veremos para onde vai o Estêvão, vamos buscar o melhor, mas tenho certeza que é um jogador que vai encantar o mundo.
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Estêvão tem acompanhamento com nutricionista e preparação física em trabalhos complementares para auxiliar no seu desenvolvimento. Bem quisto por Abel Ferreira, passou a participar dos treinos no fim do Brasileiro, foi relacionado contra o América-MG, dia 29 de novembro, pela primeira vez e estreou uma semana depois, contra o Cruzeiro.
– Tenho muito a aprender no ano que vem ainda e está sendo um contato muito incrível. Eles têm me tratado muito bem, me acolhido muito bem lá dentro – conta o atleta.
O meia-atacante deve integrar o elenco do Palmeiras na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro, e voltar a aparecer pelo profissional no Campeonato Paulista. Dando apenas os primeiros passos de uma caminhada que nutre expectativas.
– A geração do Estêvão, Endrick, Luis Guilherme, Fabinho, é muito bem formada. Acredito que o Brasil não sei se agora, mas nos próximos cinco ou 10 anos vai ter uma geração muito boa, mas vai ter que ter paciência para esperar – disse Abel Ferreira, logo após promover a estreia do garoto.
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