Desgaste físico x ritmo de jogo: em oito dos dez jogos da rodada uma peculiaridade: um time que não atua há mais de dez dias vai enfrentar outro que jogou há três dias (ou pouco mais) Ritmo de jogo versus desgaste físico: entre as peculiaridades desta reta final do Campeonato Brasileiro, oito dos dez jogos desta rodada vão contrapor uma equipe que não atua há mais de dez dias e outra que jogou há três dias (ou pouco mais), diferença considerável que afetam a intensidade física individual.
Fortaleza x Palmeiras: Saiba tudo sobre o confronto da 35ª rodada do Brasileirão 2023
Líder sem asteriscos, já que agora todos os times estão com o mesmo número de jogos, o Palmeiras volta a atuar 15 dias após seu último jogo pela Série A, enquanto o Fortaleza já realizou duas partidas em casa nesse período, sendo a última três dias antes de voltar a campo.
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O mesmo ocorrerá com o Botafogo, vice-líder com potencial para recuperar a liderança nesta rodada. Eram 21 horas de quinta-feira quando sua última partida acabou, fora de casa, contra o Fortaleza, e vai receber o Santos, às 16 horas de domingo, no Nilton Santos, 67 horas após o final da partida no Ceará, enquanto o Santos estará há 14 dias sem um jogo oficial.
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Isso vale também para o terceiro colocado Flamengo e para o quinto, o Bragantino, que se enfrentaram até 23h23 de quinta-feira e voltarão a campo 67 horas depois para efrentar como visitantes, respectivamente, América-MG e Internacional, que estarão há duas semanas sem atuar.
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Analisamos 102.033 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 4.139 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
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Espião Estatístico
Favorito >> Corinthians
As duas equipes não atuam há 12 dias. O Corinthians é o 11º mandante (6 V, 10 E, 1 D, 55%), e o Bahia, o quarto pior visitante (3 V, 3 E, 11 D, 24%). O Bahia precisará de atenção defensiva em relação a pênalti porque já foram marcados seis pênaltis contra a equipe (12ª marca defensiva) e sete a favor do Corinthians (quarta maior marca).
Um ponto de tensão na partida é o fato de o Bahia ser o visitante que mais finalizou em contra-ataques (38) e o que mais gols marcou dessa forma (seis). Apesar de o Corinthians ser o terceiro mandante que mais permitiu finalizações em contra-ataques de adversários (37), só sofreu um gol assim em casa (segunda melhor marca), mas estará enfrentando um especialista desta vez. O Bahia levou cinco gols em contragolpes quando visitante (quinta pior marca), mas o Corinthians só fez três gols assim em casa, 13ª marca.
O ataque do Corinthians marcou cinco dos últimos seis gols a partir de jogadas aéreas, mas o Bahia só sofreu dessa forma um dos últimos sete gols. A equipe paulista precisará de atenção para não ser surpreendida pelo jogo aéreo que tem utilizado porque o Bahia marcou dessa forma seus três últimos gols, e o Corinthians sofreu assim quatro dos últimos seis gols (e seis dos últimos dez gols sofridos).
Espião Estatístico
Favorito >> Athletico-PR
O último jogo do Athletico-PR ocorreu 13 dias antes deste confronto se realizar, enquanto o Vasco jogou na última quarta-feira, três dias antes desta partida.
O Athletico-PR tem a maior produtividade ofensiva mandante, com média de 16,8 finalizações por partida, e a quinta maior eficiência, um gol a cada 9,5 tentativas. O Vasco tem a sexta menor resistência defensiva visitante, um gol sofrido a cada 9,6 conclusões contrárias, e média de 15,2 finalizações sofridas por jogo. No ataque o Vasco tem um go a cada 10,1 tentativas quando visitante, com média de um gol por jogo (a cada 10,1 finalizações feitas). O Atlético-PR sofreu um gol a cada 10,2 finalizações (12ª marca), com média de 11,4 finalizações sofridas por partida.
O Athletico-PR marcou e sofreu seis dos últimos dez gols utilizando bolas aéreas, sendo que levou dessa forma cinco dos últimos sete gols sofridos. O Vasco marcou e sofreu metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas e metade em passes rasteiros.
Espião Estatístico
Favorito >> Fluminense
O Coritiba ficou 14 dias sem jogar pela Série A, enquanto o Fluminense atuou três dias antes deste confronto. O Fluminense tem a segunda maior posse de bola do campeonato (57,9%), e o Coritiba é o segundo que menos fica com a bola (45,4%). É de se esperar por cartões na partida já que se são as duas equipes mais punidas com amarelos para atletas neste Brasileirão: o Coritiba é o time com mais punições para jogadores (112; média 3,29), e o Fluminense é o segundo mais punido (108 amarelos; média 3,18). O Fluminense ainda é o terceiro time com mais vermelhos (oito) para atletas. O Coritiba recebeu quatro vermelhos (sexta marca).
O Fluminense é o melhor mandante do Brasileirão (12 V, 4 E, 1 D, 78%), com o quinto melhor ataque (29 gols; média 1,71) e a quinta defesa (14 gols sofridos; 0,82). Não sofreu gol em oito dos 17 jogos em casa (47%), terceira melhor marca defensiva. O Coritiba é o quinto pior visitante (4 V, 2 E, 11 D, 27%), com o quarto melhor ataque forasteiro (23 gols; 1,35), mas com a pior defesa (42 gols sofridos; 2,47). Só não levou gol em dois dos 17 jogos fora de casa (12%), quarta pior marca defensiva.
Jogos do Coritiba também têm potencial para pênalti porque o time já teve nove marcados a favor (segunda maior marca) e nove contra (segunda pior marca defensiva). O Fluminense teve quatro a favor e cinco contra.
O Fluminense precisará de atenção especial ao jogo aéreo porque o Coritiba marcou assim quatro dos últimos cinco gols (e seis dos últimos dez), e foi a partir de bolas altas que o Fluminense sofreu cinco dos últimos oito gols. A seleção brasileira de Fernando Diniz, por exemplo, sofreu pelo alto seis de sete gols que levou (nas últimas três temporadas de clubes, times de Diniz sofreram mais gols pelo alto do que em trocas de passes, entre 10% e 14% mais. Embora o Fluminense tenha feito seis dos últimos dez gols usando bolas altas, quatro dos últimos seis gols foram marcados em trocas de passes, que foi como o Coritiba levou os últimos cinco gols.
Espião Estatístico
Favorito >> Botafogo
O Botafogo atuou em Fortaleza três dias antes deste confronto, enquanto o Santos teve 14 dias sem atuar. A contar pela formação titular da rodada 34, a diferença na média de idade dos titulares é superior a quatro anos, a maior entre todos os jogos da rodada: Botafogo com 30,6 anos, e o Santos com 26,3 anos.
O Botafogo é o quinto melhor mandante do Brasileirão (11 V, 2 E, 4 D, 69%, com o melhor ataque mandante (35 gols, média 2,06) e a nona defesa (16 gols sofridos; 0,94). O Santos é o nono visitante (5 V, 2 E, 10 D, 33%), com o terceiro pior ataque forasteiro (12 gols; 0,71) e a quarta pior defesa (32 gols sofridos; 1,88).
Em campo estarão o time com mais gols em contra-ataques, o Botafogo, com 12, sexta equipe que mais finalizações fez assim (68), e o terceiro time com mais gols assim, o Santos, o segundo com mais finalizações assim (74). O Botafogo é o mandante que mais gols fez assim (nove) e o 14º em gols sofridos em contragolpes (quatro). O Santos só fez um gol quando visitante, quinta pior marca, e sofreu quatro, 11ª defesa forasteira.
Botafogo e Santos marcaram sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, o Botafogo com seis dos últimos sete marcados assim, e o Santos, com cinco dos últimos seis. Defensivamente a diferença é muito maior: o Botafogo sofreu metade dos últimos dez gols após bolas altas e três dos últimos quatro, mas o Santos só sofreu assim dois dos últimos dez gols, mas foram os últimos dois.
Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
As duas equipes terão ficado 14 dias sem jogar pela Série A quando se encontrarem em Belo Horizonte. O Grêmio é o visitante que mais sofreu gols a partir de contra-ataques (oito) e o terceiro que mais sofre finalizações dessa forma (40). O Atlético-MG é o quinto mandante que mais finalizou em contragolpes (39) e o quinto com mais gols (quatro).
O Atlético-MG é o nono mandante (9 V, 3 E, 5 D, 59%), com o 14º ataque caseiro (23 gols; 1,35) e a sexta defesa (15 gols sofridos, média 0,88). Não sofreu gol em seis dos 17 jogos em casa (35%), oitava marca defensiva. O Grêmio é o oitavo visitante (6 V, 3 E, 8 D, 41%), com o segundo melhor ataque forasteiro (26 gols; 1,53) e a terceira pior defesa (35 gols sofridos; 2,06). Sofreu gol em todos os 17 jogos fora de casa.
O jogo tem forte potencial para gol do Atlético-MG a partir de jogada aérea porque o time marcou assim todos os seus últimos cinco gols (e oito dos últimos dez) e foi como o Grêmio levou seis dos últimos oito gols. O Grêmio marcou oito dos últimos dez gols trocando passes rasteiros, e o Atlético-MG sofreu metade dos últimos dez gols dessa forma.
O Atlético-MG é o quinto time com maior posse de bola (53,2%), e o Grêmio, o quarto que menos fica com a bola (45,8%). Curiosamente, apesar de o Atlético-MG ficar muito com a bola, ainda é o time que mais faz ações de combate (32,8 por jogo): é o time que mais desarma (16,6) e o terceiro que menos comete faltas (16,2), mas na soma dos eventos, acaba sendo o mais combativo. O Grêmio, ao contrário, mesmo sendo o quarto time que menos fica com a bola (45,8%), tem a segunda menor marca de combatividade (26,4), sendo o quarto time que menos desarma (13,9) e o que menos comete faltas (12,4). A consequência é que o Grêmio quando visitante é o terceiro que mais sofre finalizações (16,5), com a terceira menor resistência defensiva, um gol sofrido a cada 8,2 conclusões contrárias, potencial para sofrer dois gols quando atua fora de casa. O Grêmio sofreu gol em todos os seus 17 jogos quando visitante.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> São Paulo
O São Paulo jogou quatro dias antes deste confronto, enquanto o Cuiabá não terá atuado pela última vez 14 dias antes. O São Paulo é o time que mais mantém a posse de bola (58,5%), e o Cuiabá é o quinto que menos fica com ela (45,9%). Até por isso, como fica muito com a bola, o São Paulo é o quinto time que menos desarma (14,2) e o nono em faltas cometidas (14,4). O Cuiabá, como fica menos com a bola, é o segundo time com mais desarmes (16,3) e consegue isso com a segunda menor média de faltas cometidas (12,7).
Em um jogo que deve ser de muito combate, há potencial para pênalti: o São Paulo é o segundo time que mais pênaltis teve marcados contra (nove), e o Cuiabá é o sétimo time com mais pênaltis a favor (seis). O São Paulo já teve oito pênaltis marcados a favor, e o Cuiabá, quatro contra.
O São Paulo marcou metade dos últimos dez gols trocando passes, e o Cuiabá levou em jogadas rasteiras seis dos últimos dez gols (quatro dos últimos seis). No ataque, o Cuiabá marcou seis dos últimos dez gols usando bolas altas, mas o São Paulo só sofreu um dos últimos sete gols dessa forma (dois dos últimos dez).
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100%
Espião Estatístico
Favorito >> Bragantino
O último jogo do Internacional pela Série A foi realizado 15 dias antes deste compromisso, enquanto o Bragantino terá enfrentado o Flamengo três dias antes no Rio de Janeiro para menos de 72 horas depois jogar em Porto Alegre.
O Internacional tem a oitava eficiência mandante, um gol a cada 9,7 tentativas, e média de 14,2 finalizações por jogo. O Bragantino está com a quinta maior resistência defensiva forasteira, um gol sofrido a cada 13,2 conclusões contrárias, e média de 13,9 finalizações sofridas por jogo. No ataque, o Bragantino é visitante que mais finaliza, 14,1 por jogo, com a 13ª eficiência, um gol a cada 12,0 tentativas, 13ª marca. O Internacional está com a quinta menor resistência defensiva, um gol sofrido a cada 9,2 conclusões contrárias e média 10,8 finalizações sofridas por jogo (12ª marca).
São duas equipes que atacam e são atacadas principalmente em trocas de passes rasteiros: marcaram assim sete dos últimos dez gols e sofreram dessa forma seis dos últimos dez gols.
Espião Estatístico
Favorito >> Fortaleza
Desde que o Palmeiras fez sua última partida, 15 dias antes de entrar em campo para este compromisso, o Fortaleza já atuou duas vezes em casa, contra Cruzeiro e Botafogo, a última vez, três dias antes deste confronto, que tem potencial para ser disputado com as maiores diferenças de ritmo de jogo e desgaste físico. Nesta reta final pela disputa do título, o Palmeira tem como trunfo sua força defensiva: no segundo turno, não sofreu gol em nove de seus 15 jogos, melhor marca. O Fortaleza só não levou gol em um, pior marca defensiva.
O Fortaleza já teve sete pênaltis marcados a favor (quarta maior marca) e sete contra (terceira pior marca). A favor do Palmeiras foram quatro (13ª marca), e contra, cinco (sexta melhor marca). Esse potencial cresce por se tratar de duas equipes que fazem muitas finalizações em contra-ataque (empatadas na terceira colocação com 70) e que permitem muitos contragolpes, o Fortaleza o quinto que mais sofreu (65), e o Palmeiras o sexto mais (65). Em casa, o Fortaleza fez quatro gols em contra-ataque e sofreu um. Fora, o Palmeiras fez dois gols assim e sofreu quatro.
O Fortaleza vinha baseando seu ataque em jogadas aéreas, com sete gols seguidos dessa forma, mas depois marcou apenas dois dos últimos sete dessa forma. O Palmeiras sofreu seis dos últimos dez gols após bolas altas, mas levou assim dois dos últimos cinco. Defensivamente, o Fortaleza vem sofrendo mais com o jogo aéreo, com seis dos últimos dez gols sofridos dessa forma, mas o Palmeiras marcou sete dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros.
Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
O Flamengo atuou há três dias, menos de 72 horas antes deste confronto (o jogo com o Bragantino acabou cerca de 43 horas antes do início deste jogo), enquanto o América-MG não terá atuado pela Série A há 14 dias. Desde 2011, o melhor visitante é o campeão brasileiro. E é o Flamengo que está com esta condição no momento e terá a oportunidade de defender seu posto contra o último colocado América-MG, pior mandante da competição (4 V, 2 E, 11 D, 27%), com a pior defesa caseira (33 gols sofridos 1,94). O Flamengo tem 8 V, 4 E, 5 D, 55%, com o melhor ataque forasteiro (27 gols; 1,59).
Estarão em campo as duas equipes menos punidas com cartões amarelos para jogadores (73 para o Flamengo e 75 para o América-MG). Curiosamente, o América-MG é o time mais punidos com cartões vermelhos para jogadores (dez), e o Flamengo recebeu cinco (décima marca). O Flamengo é o time com mais pênaltis marcados a favor (nove), e o América-MG teve seis (sexta marca). Contra o América-MG fora sete (sexta pior marca), e contra o Flamengo, seis (12º). Jogo com potencial para pênalti.
O América-MG pode surpreender a partir de jogada aérea porque marcou assim seis dos últimos oito gols, e foi como o Flamengo levou três dos últimos quatro gols (metade dos últimos dez). No ataque, o Flamengo trocou passes para fazer seis dos últimos dez gols (cinco dos últimos sete), e embora o América-MG tenha sofrido assim metade dos últimos dez gols, foram só dois dos últimos seis em trocas de passes.
Espião Estatístico
Favorito >> Goiás
O Goiás jogará 15 dias após sua última partida pela Série A, enquanto o Cruzeiro atuou duas vezes nesse período, a última cinco dias antes deste jogo. Em uma disputa direta pela permanência na Série A, a diferença de ritmo de jogo e desgaste físico chama atenção. Estarão em campo os dois piores ataques do Brasileirão: o Goiás fez 34 gols, e o Cruzeiro, 32. A diferença é que o Cruzeiro tem a terceira melhor defesa (30 gols sofridos), enquanto o Goiás, a quinta pior defesa (49 gols sofridos).
No agregado dos mandos, são duas das três equipes de menor eficiência ofensiva: o Cruzeiro tem a pior eficiência, um gol a cada 15,3 tentativas, e o Goiás, a terceira pior, um gol a cada 12,7 tentativas. O Goiás é o quarto pior mandante do Brasileirão (4 V, 7 E, 6 D, 37%), com o quarto pior ataque caseiro (18 gols; média 1,06) e a terceira pior defesa (24 gols sofridos; 1,41). Não sofreu gol em cinco dos 17 jogos (29%), 13ª marca defensiva. O Cruzeiro é o sétimo visitante (6 V, 5 E, 6 D, 45%), com o sétimo ataque forasteiro (20 gols; 1,18) e a terceira melhor defesa (15 gols sofridos; 0,88). Não sofreu gol em oito dos 17 jogos fora (47%), melhor desempenho defensivo forasteiro.
O Goiás marcou e sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Cruzeiro fez e sofreu metade dos últimos dez gols dessa forma e metade em trocas de passes rasteiros. O Goiás pode surpreender no jogo aéreo porque fez assim quatro dos últimos seis gols, e foi como o Cruzeiro levou cinco dos últimos sete gols. O Cruzeiro marcou seus últimos quatro gols em passes rasteiros, e o Goiás levou assim apenas um dos últimos cinco gols.
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 102.033 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.139 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Gabriel Leonan, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Victor Gama.