Suspeitos foram presos preventivamente e prestarão depoimento nesta quinta-feira (2). Alfrânio Barbosa Neves foi morto em 2019, em Porto Velho Suspeito de matar homem após ser cobrado por Auxílio Emergencial
PC RO/ Divulgação
Dois suspeitos de envolvimento do homicídio de Alfrânio Barbosa Neves, em 2019, foram presos pela Polícia Civil em Porto Velho nesta quinta-feira (2). O suspeitos foram identificados como Neném e Bodó.
A ação da Polícia Civil para prender a dupla foi realizada por intermédio da 2° Delegacia de Homicídios, que cumpriu durante a manhã quatro medidas cautelares, sendo duas de busca domiciliar com o intuito de encontrar a arma usada no crime. Neném e Bodó, os dois suspeitos, foram presos.
De acordo com a polícia, as investigações tiveram início em 14 novembro de 2019, quando Alfrânio Barbosa Neves foi morto com tiro no bairro Nova Esperança.
Dia do crime
De acordo com a Polícia Civil, a vítima retornava para casa quando Bodó e Neném saíram de dentro de um terreno baldio e abordaram Alfrânio. Os homens estavam com uma arma em punho.
A investigação descobriu que Neném foi quem efetuou os disparos de arma de fogo contra a vítima. Um dos tiros acertou as costas de Alfrânio. Ferido, ele recebeu socorro de algumas pessoas que estavam em uma igreja.
Na ocasião, Alfrânio foi encaminhado hospital João Paulo II, onde ficou internado por 10 dias. Ele chegou de receber alta hospitalar, mas passou mal e morreu dez dias depois.
Motivação do crime: Auxílio Emergencial
Após ouvir testemunhas, o delegado responsável pelas investigações, Cícero Cavalcante, descobriu que Alfrânio foi morto porque pediu para reaver os próprios documentos que estavam sendo usados por uma vizinha que o ajudava a receber um auxílio do governo.
"A vítima estava recebendo um benefício do Governo Federal e teve problemas para o recebimento deste beneficio. Ele resolveu pedir a ajuda de uma vizinha e ela repassava o valor do benefício à vítima. Isso aconteceu por dois meses, mas no terceiro, ela disse à ele que estava com problemas e não tinha o dinheiro", contou o delegado.
"Mas depois, ele descobriu que ela recebeu o valor, mas não tinha repassado o dinheiro. Diante disso ele começou a cobrar, mas a mulher não gostou e contou para os familiares. Bodó e Neném tomaram as dores dela e decidiram atirar contra a vítima, que dias depois morreu", finalizou Cícero.
Os suspeito serão ouvidos nesta quinta-feira pelo delegado Cicero, na 2ª Delegacia de Homicídio na capital. Em seguia eles serão encaminhado aos presídio, onde ficarão a disposição da justiça.
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