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Fernando Diniz prevê dificuldades da Seleção contra o Peru e freia euforia: "Precisa ter o pé no chão"

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Por Virtual Rondônia em 11/09/2023 às 20:47:21
Treinador projeta duelo dessa terça-feira, em Lima, e explica escolha de escalação Fernando Diniz não esconde a satisfação pela estreia no comando da seleção brasileira com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia, mas tenta frear qualquer euforia por parte dos seus comandados e também do torcedor. O técnico prevê dificuldades contra o Peru, fora de casa, nessa terça-feira, e diz que é preciso ter os pés no chão.

Em entrevista coletiva na véspera da partida da segunda rodada das Eliminatórias, Diniz voltou a elogiar o legado deixado por Tite, antecessor dele, e analisou o duelo contra o Peru:

– Eu acho que peguei um time muito bem estruturado pelo Tite. Tanto na parte tática, numa forma diferente de jogar, tanto na base relacional também. A gente colocou algumas coisas. A euforia é típica do torcedor, ganhamos de 5 a 1 e a gente não pode esconder que time jogou muito bem contra a Bolívia. Mas já passou, a gente precisa ter o pé no chão. Agora é outro jogo aqui, fora de casa. Tem uma certa rivalidade. Equipes que já se enfrentaram em semifinal e final da Copa América. A gente tem que saber encarar a realidade. Pensar no Peru com todo cuidado que a gente tem que pensar e entregar o nosso melhor – comentou Fernando Diniz, que destacou a força do adversário em mais de uma oportunidade.

– O Peru é uma grande equipe. A gente viu cinco jogos do Peru, muito forte fisicamente, bem treinado. Espera dificuldade aqui no jogo. Tem bons recursos técnicos, bons jogadores. A gente tá esperando um grande confronto.

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Fernando Diniz, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva

Reprodução / CBF TV

A partida entre Brasil e Peru acontece às 23h (de Brasília), no Estádio Nacional, em Lima, e terá transmissão ao vivo da Globo, do sportv e do ge.

Para esse jogo, Diniz repetirá a escalação usada contra a Bolívia. Além de ter aprovado a atuação da última sexta, ele tomou essa decisão por ter pouco tempo para treinar - foram apenas duas atividades em campo antes do jogo em Lima.

– Gostei do time bastante e também com o tempo, jogadores vão ganhando mais entrosamento. Se começa a fazer muita troca, perde o ganho que tiveram – explicou.

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Assim, o Brasil vai a campo com: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Raphinha, Rodrygo e Richarlison.

Embora busque um jogo ofensivo e também vistoso, Diniz ressaltou que sua prioridade é ter uma equipe equilibrada:

– A minha ideia, embora não pareça às vezes para o público, também é de montar de trás para frente. No sentido de ser primeiro um time que se protege bem. Criamos muitas chances contra a Bolívia e não oferecemos quase nada. Isso é o ideal para a gente. Tenho muita preocupação defensiva, embora eu goste que o time jogue para frente e tenha a bola. A única chance de não tomar gol jogando futebol é quando você está com a bola. Ter a posse da bola, uma das coisas que te favorece, já é a impossibilidade de tomar o gol – opinou, antes de emendar:

– Esse cuidado defensivo sempre tenho nos meus trabalhos, a vida inteira procurado melhorar. Depois a gente vai implementando as ideias que a gente tem, para que seja um time criativo, que goste de jogar, que os jogadores sintam prazer e esse prazer passe para o torcedor. Tenho muita alegria quando tem esse vínculo, como teve lá em Belém. Isso não é a primeira coisa, você sempre joga para vencer, mas se você consegue jogar bem, vencer e criar esse sentimento no torcedor é o melhor cenário possível.

Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Diniz:

Posicionamento do Neymar

– Eu acho que jogadores que têm a qualidade acima da média, quanto mais pegarem na bola, melhor. Tem jogos que se apresentam com característica distintas. Mas ele vai ter essa liberdade. Se ele não pegar lá na frente, vai ter que pegar a bola em algum lugar. Sempre que a gente puder entregar bola de qualidade para ele, já no terço final para decidir o jogo, também é uma das regras. Mas ele vai ter essa possibilidade de flutuação, como teve na Bolívia. O que você viu no treino, no jogo aconteceu. Pelo menos duas construções começaram com ele jogando mais ou menos na posição do Casemiro no início da jogada.

Análise do Peru

– Peru é uma equipe muito forte, com jogadores muito bons. A gente viu jogos diferentes do Peru, é uma equipe que joga de maneiras distintas. Sendo mais pressionante, em outros jogos jogando um pouco mais atrás, em alguns jogando um jogo mais de construção mais apoiada, em outros jogando de maneira mais direta. É uma equipe que a gente procurou mapear, estudar todas as formas de atuar para estar preparado para amanhã.

– A gente espera as duas situações. O Peru jogou de maneira distinta nos jogos que a gente assistiu. Em alguns jogos esperou mais, em outros foi mais pressionante. E a gente tem que estar preparado para todos os cenários.

Aproximação dos atletas

– É um pouco parecido quando você chega num clube novo e trabalhou junto com pouca gente. Coisa similar, jogador do Fluminense, São Paulo, tem em comum. Onde eu chego tento me aproximar e criar um vínculo rapidamente, e a gente tá conseguindo. Está indo numa velocidade boa esse estabelecimento de boas relações humanas com os jogadores. Somado a isso a gente vai conseguir implementar aos poucos a parte tática que a gente deseja.

Nino e André

– É muito bom tê-los aqui, a gente trabalha junto no Fluminense. Mas não é essa a maior importância que eles têm aqui. Importância como os outros, com a qualidade que têm, de integrar o grupo da Seleção. Ganhar seu espaço, cada um do seu jeito.

Impressões dos convocados

– Tudo é levado em conta, mas aqui todo mundo cumpriu completamente aquilo que era esperado. Os jogadores se dedicaram demais. Todos, sem exceção. Então nesse quesito eu teria que convocar sempre os mesmos. Mas obviamente tem outros jogadores no radar, outros que não estavam aqui e vão se incorporar. Algo digno de elogio da minha parte. Teve uma entrega e adesão muito fiel ao que a gente pretendeu fazer nesses dias. Espero que a gente consiga terminar de uma maneira positiva diante do Peru.

Defesa

– A gente vai fazer de tudo para não tomar gol. É uma equipe que se defende muito bem, contra a Bolívia a gente ofereceu pouca chance. E nos jogos que o Brasil jogava com o Tite, era uma equipe que sofria muito pouco na parte defensiva. Então a gente espera estar num padrão muito bom amanhã, defensivo, para fazer o máximo para não tomar gol.

Oportunidade na Seleção

– Eu nunca fiquei imaginando estar aqui. Eu sou muito focado no que estou fazendo. Me entrego de corpo e alma em todo lugar que estive. A Seleção de alguma forma já estava dentro de mim desde o Votoraty até o Fluminense, todos os clubes. Momento orgânico, acontece com naturalidade. Não fiz um plano de carreira para estar na Seleção, absolutamente não. É uma experiência com muito esforço, mas depois do esforço necessário foi uma coisa que aconteceu com muita naturalidade.

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Fonte: Ge

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