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Robert Renan se prepara para trote e tietagem na Seleção e promete voltar ao Corinthians no futuro


Novidade em convocação para amistoso contra Marrocos, zagueiro fala dos aprendizados com o técnico Ramon Menezes, adaptação na Rússia e carinho pelo clube no qual foi revelado Robert Renan nem tenta fingir naturalidade com tudo o que tem vivido desde o começo do ano. Vendido pelo Corinthians ao Zenit, da Rússia, o zagueiro de 19 anos foi campeão sul-americano no mês passado e agora desfruta do momento mais especial da carreira: a primeira chance na seleção brasileira principal.

– Tudo na minha vida foi muito rápido, minha transição para o profissional, convocações, essa ida para a Rússia. Até agora estou sem entender nada, só seguindo – contou o garoto ao ge, sem tirar o sorriso do rosto.

Uma das muitas caras novas na convocação do técnico interino Ramon Menezes para o amistoso contra Marrocos, no sábado, Robert Renan se prepara para o trote recebido pelos novatos na Seleção. Fã de funk e de rap, ele pensa em cantar a música "A vida é desafio", do grupo Racionais MC's, a mesma que escolheu quando foi chamado pela primeira vez para defender o Brasil, ainda na equipe sub-16.

Além de uma oportunidade de aprendizado e crescimento na carreira, o jovem zagueiro viu na convocação uma chance de estar ao lado de alguns de seus ídolos no futebol. O maior deles, porém, virou desfalque de última hora. No último sábado, Marquinhos, do Paris Saint-Germain, foi cortado por lesão e deu lugar a Bremer, da Juventus, frustrando os planos de Robert, que já se preparava para tietar a sua maior referência no futebol.

– Eu não estou nem acreditando que eu vou ver o Marquinhos. Ele é meu ídolo desde menor, também por ele sair do Corinthians. Desde que eu subi (para o time profissional), a torcida falava: “Você é o melhor desde o Marquinhos”. Eu falava: será? Pegar convocação com ele não tem explicação. Quando eu vê-lo não vou nem saber como agir – afirmou o zagueiro, antes da notícia do corte do ídolo.

– Com certeza vou dar uma de fã. Ele vai estar do meu lado e eu vou falar: Marquinhos, grava um vídeo para mim (risos). Aproveitar o momento, né?

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Robert Renan comemora o título do Sul-Americano Sub-20

Rafael Ribeiro/CBF

Confira outros trechos da entrevista de Robert Renan ao ge:

Ramon Menezes

– Uma das coisas que mais aprendi é ser simples, não preciso inventar, dar um passe longo toda hora, às vezes é mais cadenciar, fazer o simples, foi uma das coisas que aprendi com ele. Momento de dar chutão, de sair jogando, ele me ensinou bastante.

Mudança de posição

– Quando comecei a jogar futebol, nunca fui zagueiro, era meia e atacante. Quando virei zagueiro... Tenho um problema até hoje, que é o cabeceio. Mas venho melhorando, fazendo treinos específicos. É uma coisa que mais me pega, a bola aérea. E para zagueiro é importante.

– Acho que é mais o posicionamento (que precisa melhorar), eu não era acostumado a cabecear. Eu virei zagueiro de três anos para cá. Foi no Corinthians, o Zé Augusto era treinador. Eu jogava mais pela lateral-esquerda. Eu tive a primeira experiência como zagueiro no Novorizontino. Fiquei bravo no começo. Quando o cara é um 10 e vai descendo para a zaga, fica bravo, né? Eu chutava o balde, dava caneta na zaga, o treinador ficava bravo. Depois que eu fui entender, era importante para mim e para minha carreira, não tinha muito zagueiro técnico. Aprendi muito, mas fiquei bravo nos primeiros dias.

– A mudança foi pela minha estatura e porque não tinha zagueiro na época. Um estava machucado e o outro estava suspenso. Aí fui de zagueiro. Entendi que era importante ser zagueiro, meus pais falaram bastante comigo.

Relação com o Corinthians

– Sempre dou uma olhada, o fuso-horário atrapalha, mas o primeiro tempo dos jogos dá para assistir. Esse ano sai algum título.

– Converso principalmente com os moleques que estão lá jogando, Pedrinho, Giovane... Eu acompanho bastante o Corinthians, falo com eles, digo que estou com saudade.

– Com certeza, se Deus quiser vai correr tudo bem, vou voltar um dia para o Coringão.

– A escolha da camisa 77 no Zenit foi uma homenagem. Eu pensei: vou fazer em forma de gratidão. No dia que eu ia escolher o número, vi uma foto do Jô com a 77 do Corinthians. Aí foi isso... meu pai também gostou do número.

Robert Renan deixou o Corinthians no começo do ano

Rodrigo Coca / Ag.Corinthians

Saída precoce do Timão

– Tudo na minha vida foi muito rápido. Quando eu soube dessa proposta, conversei com meus pais e acreditei que o Zenit seria uma grande porta para mim na Europa. Não pensei duas vezes em ir. E o Corinthians precisava bastante do Yuri Alberto, isso ajudou muito na minha escolha e da minha família. Na época, meu pai já estava sentindo pressão no Corinthians. Nem de torcedor, nada... mas ele sofreu muito assédio de empresário, porque eu surgi do nada. Toda hora meu pai recebia ligação. Aí ele falou: "Vamos dar uma esfriada, pensar um pouco mais." Essa proposta do Zenit fez eu gostar.

– Quando vim para o Zenit, sabia que seria uma grande porta para mim, não só na Europa, mas também para pegar seleção. Quando saiu a convocação, fiquei sem acreditar. Até agora não estou entendendo o que está acontecendo, mas estou muito feliz por tudo o que Deus está fazendo na minha vida.

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Adaptação na Rússia

– Em tão pouco tempo já estou bem adaptado, não só em campo, mas fora também, minha família gostou bastante daqui. Os brasileiros também vêm me ajudando bastante, todo dia perguntando, isso está me ajudando muito. É pouco tempo, mas me sinto adaptado. Vim com minha mãe, meu pai e minha namorada. Nos primeiros dias meu empresário também estava comigo, mas ele já voltou para o Brasil.

– Só estou saindo de casa para ir para restaurante. Está com muita neve aqui, é difícil. Foto eu já tirei bastante, ainda mais de neve. Nunca tinha visto neve, pô. Foi a primeira vez. Quando eu vi, gravei vídeo, tirei 30 fotos.

– A comida é boa, mas eu sinto falta de um feijão, uma farofa... Eu esqueci de trazer. Mas na próxima vez que voltar eu vou trazer uma bagagem só de feijão, farofa, esses negócios.

Diferenças do futebol russo

– Os outros times são mais físicos, mas o Zenit, por ter muitos sul-americanos, fica mais brasileiro, né? Não teve muita diferença do esquema tático, estilo de jogo... mas os outros times são mais forte fisicamente, os zagueiros são muito fortes. É isso é diferente.

– Dentro do clube tem muita gente que fala espanhol, na comissão também tem brasileiro, é muito fácil. Só o treinador que é russo mesmo. Aí na preleção sentam os brasileiros e os colombianos de um lado, perto do tradutor. O idioma é muito difícil. Eu só sei falar obrigado, bom dia, boa noite e vamos.

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Ge

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