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Juiz de paz é preso em RO por patrocinar vandalismo de bolsonaristas e tentativa de invasão a prédio da PF


Joel Pires Santana, que também é pastor, é um dos suspeitos de patrocinar apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL) que tentaram invadir a PF e acabaram incendiando carros e ônibus no DF. Joel Pires Santana, juiz de paz e pastor, foi preso pela PF nesta quinta-feira por patrocinar vandalismo em Brasília

Reprodução/Facebook

A Polícia Federal (PF) prendeu um juiz de paz de Rondônia, identificado como Joel Pires Santana, por patrocinar atos de vandalismo ocorridos no último dia 12 de dezembro em Brasília. No episódio, apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir um prédio da PF e acabaram incendiando carros e ônibus.

O g1 apurou que Joel Pires Santana, de 40 anos, trabalha como juiz de paz no cartório de São Francisco do Guaporé (RO) e se apresenta também como pastor de uma igreja na cidade.

Juiz de Paz, segundo a legislação, é um juiz não concursado mas que pode desempenhar funções específicas, como a celebração de casamentos civis.

Em suas redes sociais, Joel Pires fazia várias postagens mostrando as cerimônias de casamentos realizadas em São Francisco do Guaporé. Em uma das últimas fotos, na quarta-feira (28), o juiz de paz aparece assinando uma certidão de casamento.

Joel postou foto um dia antes de ser preso, onde assina certidão de casamento

Reprodução/Instagram

Joel Pires Santana foi preso nesta quinta-feira (29), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A TV Globo apurou Joel frequentou atos bolsonaristas na frente do Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU) em Brasília, e que o suspeito foi um dos patrocinadores dos atos de vandalismo ocorridos no DF.

Joel Pires Santana na frente do Quartel-General do Exército, em Brasília, durante ato antidemocrático

Reprodução/Facebook

Operação em Rondônia

Cinco mandados de prisão são cumpridos no estado nesta quinta-feira através da Operação Nero, sendo dois deles contra Ricardo Yukio Aoyama, de 33 anos, de Ariquemes (RO), e Joel Pires Santana, de 40 anos.

Até a última atualização desta reportagem, apenas Joel Pires Santana havia sido preso.

A PF também cumpre oito mandados de busca e apreensão no estado, sendo estes nas cidades de Ariquemes, Monte Negro, Alto Paraíso e Comodoro, que fica na divisa com Vilhena (RO). O g1 tenta localizar a defesa dos suspeitos.

Durante as buscas na casa de Ricardo Aoyama, em Ariquemes, os policiais encontraram uma arma, quatro carregadores e diversas munições. Nas redes sociais, o suspeito se identifica como apoiar do presidente Jair Bolsonaro e é ligado a grupos extremistas

Golpe de estado

De acordo com a Polícia Federal, "o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo".

Os crimes investigados são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, bolsonaristas tentaram resgatar José Acácio Serere Xavante, indígena preso pela instituição no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 8 veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

G1 RO

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