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Esporte

Análise: França paga caro por apatia de quase 80 minutos em final


Seleção passa um tempo e meio sem um chute a gol sequer. E depois mostra que poderia ter saído do Catar com o bicampeonato histórico Final da Copa do Mundo, 22 minutos do segundo tempo. Após escanteio da esquerda, Kolo Muani sobe, tenta um cabeceio. A bola pega em sua nuca, no ombro, e sai para fora, sem qualquer perigo. Era a primeira finalização da França, contra a Argentina.

Kolo Muani há três anos jogava a Terceira Divisão francesa. Há cinco anos, trabalhava como entregador de pizza. Pensou em desistir da carreira de jogador. Ainda bem que não o fez. Pois neste domingo, ele teve que mostrar para a França que ela estava decidindo um Mundial. E quase foi essencial no bicampeonato histórico do time de Didier Deschamps.

A França teve uma atuação histórica. Mas por pouco mais de 50 minutos em um jogo de 120.

Melhores momentos: Argentina 3 (4) X (2) 3 França pela final da Copa do Mundo 2022

Enquanto a Argentina fazia do Estádio Lusail a sua Bombonera pulsante, com a cara da decisão de Libertadores, a França vivia uma noite fria de uma rodada qualquer do Campeonato Francês. De uma estreia com reservas na Copa da França. E pagou caro por isso, pois mostrou que tem um dos jogadores que vão entrar para a história.

Mbappé teve uma atuação épica. Mas só a partir dos 30 do segundo tempo.

Enquanto todos os argentinos corriam, davam carrinho, se apresentavam para o jogo e vendiam a alma por Messi e obsessão de um Mundial, a França não entendia o que se passava em campo. Mesmo que cinco jogadores da equipe titular tivessem conhecimento exato do que significa ser campeão mundial.

Mas não.

Argentina x França, Mbappé lamenta derrota nos pênaltis na final da Copa do Mundo

REUTERS/Bernadett Szabo

Dembélé saiu de campo aos 40 minutos do primeiro tempo com sete bolas perdidas, uma falta e nenhum duelo ganhado. Foi o símbolo de uma seleção apática que desperdiçou a chance de fazer história. Na verdade, não desperdiçou. Sequer tentou. Mesmo.

Pela primeira vez desde 1966, quando estatísticas mais precisas começaram a ser medidas, a França passou um primeiro tempo de Copa do Mundo sem finalizar. E mais 22 minutos da segunda etapa. Levou 74 minutos para ter uma tentativa.

É bom lembrar. Era uma final de Copa do Mundo.

Didier Dechamps, que esteve a um passo de se tornar o segundo técnico bicampeão do mundo consecutivo, teve que entrar em ação. E agiu. Coman, Marcus Thuram e Muani deixaram claro para os agora ex-campeões mundiais o que se disputava. E abriram os espaços que Mbappé tanto queria durante todo o jogo.

Ge

Globoesporte.com

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