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Esporte

Argentina avançou à decisão em todas as semifinais de Copa que já disputou


No sistema de disputa direta, os argentinos alcançaram a final nas quatro vezes em que chegaram na semifinal. Além da equipe que entrou nos eixos e de Lionel Messi completamente em chamas pelos campos do Catar, os argentinos têm outro motivo, este de ordem estatística, para acreditar na vitória contra a Croácia e a consequente vaga na decisão da Copa. Acontece que a Argentina jamais foi eliminada em uma fase de semifinal (no sistema de disputa direta). Desde 1930, nas quatro vezes em que chegou nesta instância, em todas a Albiceleste avançou para a final.

No começo, tudo era mato. Ou pelo menos Pampa. No primeiro Mundial, disputado em 1930 no Uruguai, os argentinos cruzaram na semifinal com um insólito time dos Estados Unidos. Comandados pelo lendário atacante Guillermo Stábile, meteram um sonoro 6 a 1 na equipe norte-americana. No entanto, na decisão contra os anfitriões e vizinhos uruguaios, a Celeste venceu por 4 a 2 para faturar a primeira Copa da história.

A Copa de 1978 não entra na conta, pois a fase equivalente à semifinal era um quadrangular. E foi aquilo que bem conhecemos: Brasil e Argentina foram para a última rodada disputando a vaga na decisão pelo saldo de gols, e os peruanos engoliram nada menos do que 6 a 0 do selecionado argentino, que em casa e sob os olhares atentos da ditadura venceria seu primeiro título ao bater a Holanda por 3 a 1.

Tudo que aconteceu depois da atuação contra a Inglaterra ficou meio enevoado na memória, mas a semifinal de 1986 reservou uma das maiores atuações de Diego Maradona, que marcou os dois gols contra a Bélgica e só não fez chover choripan dos céus mexicanos. Com o jogo praticamente definido, entrou em campo Ricardo Bochini, a lenda do Independiente e ídolo de Maradona, que assim o recebeu: "Passe, maestro. Estávamos lhe esperando". Na decisão, vitória por 3 a 2 contra a Alemanha.

Após passar pela anfitriã Itália na semifinal, Argentina encarou a Alemanha na decisão da Copa de 1990.

Getty Images

Quatro anos mais tarde, com Maradona arrebentado e a equipe meio combalida, aquela geração argentina teve um confronto terrível contra os anfitriões italianos. Na verdade, com ares mesmo bélicos: a partida era em Nápoles, segunda casa de Maradona, que insuflou a torcida do sul italiano a torcer pela Argentina. A decisão foi para os pênaltis, onde mais uma vez brilhou o meteórico Goycochea. Antes daquele jogo, a bandeira nacional que ficava na concentração argentina amanheceu aos farrapos e se diz que o responsável teria sido o próprio técnico Carlos Bilardo, na tentativa de pilhar seus jogadores contra os italianos. Na decisão, a Alemanha vingaria a final de 86, vencendo por 1 a 0.

A última semifinal disputada pela Argentina aconteceu em 2014. Na Arena do Corinthians, também um jogo de tensão galopante durante 120 minutos nos quais, segundo Van Gaal, o craque Lionel Messi nem encostou na bola. O camisa 10, no entanto, converteu seu pênalti e contou com a intervenção do arqueiro Sergio Romero para eliminar os holandeses e avançar à decisão, quando novamente caiu para a Alemanha, que fazia justamente no Maracanã, oito anos atrás, sua última partida eliminatória em Copa do Mundo -- desde então foram duas quedas na primeira fase. Certamente, praga rogada em conjunto por argentinos e brasileiros, irmanados na alegria pelo infortúnio germânico.

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