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Como pode jogar a França com meio time fora da Copa por lesão? ge analisa


Corte de Benzema abre espaço novamente para o artilheiro Giroud no time titular Para relembrar a última vez que o técnico Didier Deschamps escalou Kimpembe, Kanté, Pogba e Benzema juntos na seleção, o torcedor francês precisa ter boa memória - ou, vá lá, fazer uma longa pesquisa - até chegar ao empate em 3 a 3 com a Suíça, que marcou a eliminação dos Bleus nas oitavas de final da Eurocopa, em 28 de junho de 2021.

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Didier Deschamps comanda o treino da França no Catar

REUTERS/Annegret Hilse

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Desde então, uma das principais tarefas do treinador da França tem sido driblar problemas de lesão que se acumulam. Os quatro citados, todos titulares absolutos, ficaram fora da Copa do Mundo do Catar por lesão, assim como o goleiro Mike Maignan e o jovem meia-atacante Christopher Nkunku, ambos reservas.

O corte de Benzema, sábado, foi o baque mais recente na equipe, cinco dias após a saída de Kimpembe. Kanté, com uma lesão muscular desde agosto, e Pogba, com sucessivas lesões nos últimos meses e sem jogar na atual temporada após uma cirurgia no joelho, sequer puderam ser convocados.

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Missão: remontar o time

E, assim, Deschamps chega à véspera da estreia, nesta terça, contra a Austrália, com a missão de remontar o time. Para aumentar o drama, o zagueiro Raphaël Varane, outro titular absoluto, só voltou a treinar com o grupo nesta segunda e deve ser poupado do primeiro jogo.

- Tudo depende. É sobre equilíbrio. Se tivermos a bola, estamos bem contra qualquer time. Já pensei em mudar o sistema, pensei em diferentes formações, sobre como eu quero definir meus jogadores. Eu poderia começar com qualquer 11 inicial, desde que tenhamos a posse de bola. Porque sabemos que quando tivermos a bola, o adversário será compacto na defesa - despistou o treinador da França na entrevista coletiva desta segunda, véspera da estreia.

Didier Deschamps em treino da França no Catar

REUTERS/Annegret Hilse

3-4-3 ou 4-4-2?

O que Deschamps pode fazer, após tantas incertezas? A primeira dúvida é sobre a formação: manter o esquema com linha de três zagueiros, que ele passou a usar com mais frequência nos últimos dois anos, ou apostar no modelo 4-4-2?

A julgar pelos dois últimos jogos, em setembro - 2 a 0 na Áustria e derrota pelo mesmo placar para a Dinamarca, ambos pela Liga das Nações -, a tendência seria que Deschamps apostasse no 3-4-3 ou 3-4-1-2. Nas duas ocasiões, ele já não contava com os quatro titulares que acabaram fora da Copa.

A dúvida seria na zaga, caso Varane, titular naquelas partidas, não seja escalado contra a Austrália. Segundo o jornal francês "L'Equipe", este deve ser o caso na estreia, e Upamecano jogaria ao lado de Konaté. No meio, o longo período sem Kanté e Pogba deu tempo para Deschamps preparar uma nova formação, provavelmente com Rabiot e Tchouameni (Camavinga corre por fora).

Giroud herda vaga de Benzema

No ataque é que há poucas dúvidas. Sem Benzema, a solução natural é o retorno de Olivier Giroud, o atacante que é criticado por "não fazer gols", mas é o vice-artilheiro histórico da seleção francesa, com 49 gols, apenas dois atrás de Thierry Henry. Deschamps defendeu Giroud.

- Ele é um veterano, tem suas habilidades. Isso o torna importante mesmo quando ele não está marcando gols. Porque nós sabemos que ele passou por um período de seca, mas foi importante para o time que estava jogando na época. Agora ele está aqui e está pronto.

Titular na Copa de 2018, Giroud retoma a posição com o corte de Benzema

Eric Verhoeven/Soccrates/Getty Images

Se optar pelo 4-4-2, Deschamps teve como último exemplo a derrota para a Croácia por 1 a 0, em 13 de junho, pela Liga das Nações. Curiosamente, na ocasião o técnico escalou quatro jogadores que ficaram fora da Copa por lesão: Maignan, Kimpembe, Nkunku e Benzema.

- Todo mundo passou por sua própria jornada para chegar aqui com jogadores que estavam em forma. Jogadores que se lesionaram, jogadores que não entraram no plantel, jogadores que ficaram incertos para diferentes fases da competição. Mas o que vamos fazer é seguir em frente com a equipe que temos à nossa disposição - concluiu Deschamps na coletiva.

Segundo o jornal "L'Equipe", Deschamps deve mesmo mandar a França para o jogo num 4-4-2 ou 4-2-3-1 com a seguinte formação: Lloris, Pavard, Konaté, Upamecano e Lucas Hernández; Tchouaméni e Rabiot; Dembélé, Griezmann e Mbappé; Giroud.

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