Escolhido no Atlético-MG, Coudet foi campeão contra o clube em 1995, e é sobrinho de Filpo Núñez

"Chacho" Coudet ganhou este apelido por se parecer com atacante amigo de Turco Mohamed Eduardo Coudet conhece o Atlético-MG de outros carnavais. Anunciado como novo técnico da equipe, "el Chacho" venceu o primeiro título da carreira de jogador contra o Galo, em 1995 - a Copa Conmebol.

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Uma final recheada de polêmicas, na qual o Rosário Central derrotou o Galo nos pênaltis, em um Gigante de Arroyito abarrotado. Em 2020, quando Coudet enfrentou o amigo Sampaoli no Brasileiro, o ge lembrou da relação com o Atlético.

O Galo já havia vencido o torneio em 1992, e estava na segunda final. Goleou o Central no jogo de ida por 4 a 0. A torcida já preparou a faixa do bi - que só viria, de fato, em 1997. Mas, sob o comando do histórico Ángel Tulio Zo, os "muchachos" do Rosário deram a volta.

Eduardo Coudet fez parte de virada histórica do Rosário Central

Eduardo Deconto/GloboEsporte.com

Não tomaram conhecimento do histórico goleiro Taffarel. Devolveram o placar da ida e venceram nos pênaltis. "Foi uma virada impressionante. Pelo que aconteceu. Pelo que falarma. Antes da primeira partida contra o Mineiro, estávamos jogando a "Copa do Leite". Quando perdemos de 4 a 0, parecia que tínhamos perdido a Copa do Mundo. E agora, desfrutamos desse título, vamos festejar em casa", disse Coudet.

Reza a lenda que Chacho deu a ideia ao presidente do Rosário Central de abaixar os preços dos ingressos para 5 pesos. Foi a tática para lotar o estádio do clube e pressionar o Atlético, que era treinador pelo também histórico Procópio Cardoso, campeão da Conmebol de 1992.

A Super Copa Conmebol de 1996, reunindo os campeões do torneio em Cuiabá, também teve o encontro Rosário Central x Galo. O Atlético, desta vez, ganhou nos pênaltis de 10 a 9 (perderia a final), com Coudet em campo.

Filpo Núñez

A relação de Coudet com o futebol brasileiro é antiga. Na participação do Bem, Amigos! em 2020, ainda no comando do Internacional, Coudet revelou que era sobrinho de Filpo Núñez, o técnico que comandou a primeira Academia do Palmeiras (década de 1960), e que começou a longa trajetória no Brasil no comando do agora rival Cruzeiro, em 1955.

Ele foi quem iniciou com a Academia do Palmeiras. E foi o único argentino a treinar a seleção brasileira

De fato, "don Filpo" foi o primeiro e único comandante estrangeiro da seleção brasileira. E, de novo, uma ligação com Minas Gerais. Na inauguração do Mineirão, em 6 de setembro de 1965, houve dois jogos. O primeiro foi Brasil x Uruguai, com o time canarinho representado 100% pelo Palmeiras. No segundo jogo, seleção mineira x River Plate.

Filpo não está entre os maiores técnicos da história do Cruzeiro, mas detinha um recorde superado este ano por Paulo Pezzolano: era o estrangeiro com mais jogos no comando da Raposa, com 29 partidas.

O apelido "Chacho"

Eduardo Coudet começou a carreira profissional de jogador no Platense, por volta de 1993/94. Na época, devido ao cabelo longo estilo roqueiro, Coudet foi comparado fisicamente com o atacante Cláudio "Chacho" Cabrera, que jogou por Huracán, Boca e Vélez Sarsfield.

Curiosamente, Cabrera tinha ligação com Antonio Mohamed no início dos anos 1990, por ter o "look de rock", como destacou uma matéria da revista argentina El Gráfico. Com "coincidência", já que Mohamed e Chacho já dividiram o mesmo agente, os dois treinadores foram comandantes do Tijuana, no México, Celta de Vigo, na Espanha e agora o Galo.

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