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Esporte

Copa do Mundo 2022: confira cinco polêmicas do torneio no Catar


Questões envolvem violações de direitos humanos e homofobia; veja lista A Fifa até pediu para as seleções focarem no futebol, mas é quase impossível ficar alheio à política em um cenário tão polêmico fora das quatro linhas quanto é o da Copa do Mundo no Catar. Escolhido como sede em 2010, o país vem acumulando controvérsias e gerando um debate acalorado na sociedade.

O ge listou algumas polêmicas que fazem parte da Copa do Catar:

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Faixa com mensagem de boicote pela Copa do Mundo no Catar, em Schalke 04 x Bayern de Munique pela Bundesliga

REUTERS/Wolfgang Rattay

Mulheres sob tutela masculina

O Catar é conhecido pelas suas violações aos direitos humanos. Mulheres não têm direitos assegurados em um país com leis machistas. De acordo com o Human Rights Watch, o país adota regras discriminatórias de tutela masculina, negando às mulheres o direito de tomar decisões sobre suas vidas.

O código penal do Catar criminaliza todas as formas de sexo fora do casamento, com sentenças que podem ir até os sete anos de prisão, com a possibilidade de açoitamento ou apedrejamento caso a mulher seja muçulmana. No país, a denúncia de estupro pode ser considerada como uma confissão, destacou a instituição.

Discriminação contra os LGBTQIA+

Os LGBTQIA+ também sofrem com o desrespeito aos direitos humanos no país. O grupo é impossibilitado de exercer seu afeto e sua sexualidade. O Código Penal do Catar proíbe a homoafetividade para homens e mulheres e prevê, como pena máxima, até o apedrejamento.

Apesar de prever em seu estatuto, no artigo 3, a proteção dos direitos humanos, a Fifa tem evitado se posicionar sobre a questão. Entidades que lutam por direitos da população LGBTQIA+ esperavam que a Fifa pressionasse por uma reforma na lei do Catar, o que não ocorreu.

Torcedores da Alemanha protestam contra violações de direitos humanos no Catar, país da Copa do Mundo

Stefan Matzke - sampics/Corbis via Getty Images

O presidente da entidade, Giani Infantino, até tentou se aproximar de uma defesa dos grupos, mas não obteve sucesso ao traçar um paralelo com sua própria situação na infância, alegando que sofria bullying por ser um italiano de cabelo ruivo e sardas vivendo na Alemanha.

Operários em situação análoga à escravidão

Há denúncias de veículos internacionais e entidades com o Human Rights Watch sobre as condições de trabalho que os operários das obras da Copa do Mundo, em sua esmagadora maioria imigrantes, passaram no país.

O jornal inglês "Mirror" afirmou que os trabalhadores viviam em condições desumanas, obrigados a morar em lugares sujos e bebendo água salgada. Além disso, a publicação diz que muitos deles tiveram seus passaportes apreendidos e foram impedidos de retornar aos seus países de origem, em um regime análogo à escravidão.

A Human Rights Watch aponta ainda outros abusos generalizados sofridos pelos trabalhadores, incluindo a cobrança de taxas ilegais de recrutamento , não pagamento de salários, ferimentos e milhares de mortes.

Obras para a Copa de 2022 no Catar foram alvo de denúncias de violações de direitos humanos

Getty Images

Acusações de corrupção

Em 2020, o departamento de Justiça dos EUA indicou o pagamento de propina em assuntos relacionados à candidatura do Catar para a Copa de 2022. O caso veio à tona em meio ao "Fifagate", maior investigação da história sobre corrupção no futebol. Na época, o comitê da Copa do Mundo de 2022 também emitiu uma nota oficial na qual nega as acusações e diz que há anos são feitas falsas afirmações sobre a candidatura do país.

Proibição da cerveja

Apesar de não se comparar à gravidade dos casos anteriores, a medida mostra que o país desconsiderou as regras da Fifa nos mais diversos aspectos - inclusive quando o assunto mexe no bolso da entidade.

A dois dias do jogo de abertura da Copa do Mundo, as autoridades do Catar restringiram ainda mais o consumo de cerveja no torneio. Na última sexta-feira, a família real do país decidiu proibir a venda de cerveja no entorno dos estádios, como a Fifa e o Comitê Organizador haviam anunciado.

Venda de cervejas é restrita na Copa do Mundo do Catar

Martin Fernandez

Diante desta nova decisão, o único local em que haverá venda de cervejas para "torcedores comuns" será no Fifa Fanfestival, e apenas numa janela de seis horas, entre 19h e 1h. Um copo de meio litro custa quase R$ 75 (ou US$ 14), a cerveja mais cara da história das Copas do Mundo.

A AB-Inbev, dona da Budweiser, paga 75 milhões de dólares a cada ciclo de 4 anos para a Fifa, em troca de ser a patrocinadora oficial de cerveja da Copa do Mundo. O caso pode render uma multa à entidade por conta do desrespeito a cláusulas contratuais.

Ge

Globoesporte.com

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