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Esporte

O Catar já eliminou o Brasil de um Mundial com um técnico brasileiro


História do Catar no futebol começou, para nós brasileiros, com um vexame na Austrália Evaristo de Macedo não se lembra bem de qual torneio era: "Teve um campeonato, sim, que nós eliminamos o Brasil." A memória falha porque faz tempo. Há 41 anos, Copa do Mundo sub-20, disputada na Austrália, a seleção brasileira tinha Geovani, do Vasco, Júlio César, zagueiro do Guarani que disputaria o Mundial do México, em 1986, Mauro Galvão, Ronaldo Marques, centroavante do Flamengo, Paulo Roberto e Paulo César Magalhães, laterais do Grêmio campeão da LIbertadores e do mundo, em 1983.

O Catar tinha... Bem, o Catar tinha dez anos de independência, proclamada em 1971. E também um centroavante chamado Al Muhammadi, autor dos três gols da vitória por 3 x 2 sobre o Braisl, pelas quartas-de-final. O resultado provocou a eliminação brasileira e a classificação catari para as semifinais, onde eliminariam os ingleses, colonizadores. Perderiam a final para a Alemanha, de Wohnrath e Michael Zorc, vencedor da Champions League pelo Borussia Dortmund, em 1997.

Diferentemente de hoje, quando o Catar escala oito estrangeiros num grupo de 26 convocados, naquela época todos eram nascidos no país asiático. "Como se fazia para fazer um time de nascidos no Catar brilhar num Mundial? Treinando. Ensinando a chutar, a cabecear, a dominar uma bola, a fazer um lançamento", diz Evaristo de Macedo.

O jogo terminou em pancadaria e o jornalista Orlando Duarte, convidado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) invadiu o campo para contestar o árbitro Antonio Márquez Ramírez, do México. Vexame total.

Foi a primeira vez que se ouviu falar em Catar -- pensando em futebol -- no Brasil. Muita coisa mudou. Em 1995, esforçou-se para entrar na comunidade do futebol e sediou uma Copa do Mundo Sub-20 condenada ao cancelamento, por causa da desistência da Nigéria, que passava por uma epidemia de menngite. O Brasil levou um time forte, enfrentou e venceu os cataris por 2 x 0, na fase de grupos, gols de Caio -- hoje comentarista Caio Ribeiro -- e Élder, depois volante do Santos.

Salvar o Mundial Sub-20 de 1995 foi uma das primeiras "generosidades" feitas pelos cataris para a comunidade Fifa. Quinze anos depois, a escolha do Catar para 2022 se deu no mesmo dia da decisão de a Rússia promover o campeonato de 2018. A esta altura, o Catar já tentava há tempos crescer como seleção, sem jamais alcançar sucesso.

Jogo amistoso: Brasil x Catar - 05/06/2019

As seleções profissioinais só se enfrentaram num amistoso, às vésperas da Copa América de 2019. Em Brasília, o Brasil ganhou do Catar por 2 x 0, gols de Gabriel Jesus e Richarlison. Jogo em que Neymar se machucou e ficou fora da campanha do último título da seleção brasileira.

Desta vez, diferentemente de 1995, em vez de salvar, os cataris criaram um constrangimento para a Fifa, ao proibirem cervejas nos arredores dos estádios, como estava prometido. A Fifa se arrepende de levar a Copa ao Oriente Médio, embora não diga isto com todas as palavras Seu presidente, na época do processo afirma em letras garrafais. Sepp Blatter já afirmou que foi um erro.

Será a Copa de toda a observação. Dos olhares atentos, vigilantes. Contra o desrespeito aos Direitos Humano e das Mulheres. Também com respeito pela cultura do povo árabe e com a lembrança do dia em que Evaristo de Macedo, o Catar mandou o Brasil mais cedo de volta de uma Copa do Mundo sub-20

Ge

Globoesporte.com

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