Vini na direita, Fred absoluto? O que Tite debate na Seleção a 15 dias da estreia na Copa

Comissão estuda ponta do Real como alternativa a Raphinha, mas dificilmente vai inverter posicionamento. Grande fase de Bruno Guimarães torna segura opção por meia que se ausentou de amistosos por lesão Alisson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva, Alex Sandro; Casemiro, Fred, Lucas Paquetá; Raphinha, Neymar e Richarlison. É esse o time titular da seleção brasileira para a estreia contra a Sérvia, na Copa do Mundo, dia 24? Difícil cravar antes dos treinos em Turim e dias antes do pontapé inicial do Mundial do Catar.

A comissão técnica ainda estuda variações a 15 dias da estreia na Copa do Mundo, o que inclui também esquema tático do adversário, e a possibilidade bem remota de adaptar Vini Jr, um dos melhores brasileiros em atividade no futebol europeu.

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Lucas Figueiredo / CBF

Nem mesmo a eleição como oitavo melhor jogador do mundo garante vaga na equipe titular de Tite. A comissão debateu a inversão de Vinicius para o ponta do Real Madrid concorrer com a vaga que hoje é de Raphinha, do Barcelona.

Para encaixá-lo no esquema atual da Seleção, investigou mais a fundo o passado do jogador na base do Flamengo e da própria Seleção - no sub-15, sub-17 e sub-20, no qual pouco atuou, jogava pela esquerda, com Paulinho, ex-Vasco, pela direita . Mas Tite e seus auxiliares entendem que a opção tiraria muito da naturalidade de movimentos de Vinicius em campo.

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Dúvida sobre chegada de Richarlison

Na prática, o jogador do Real Madrid vai concorrer por vaga em alteração do sistema tático que Tite considera o mais equilibrado, com um "ponta-ponta" pela direita (Raphinha) e outro "ponta-flutuador" pela esquerda (Lucas Paquetá). No meio, Tite tem Casemiro e Fred, que vem sendo titular desde as Eliminatórias. Mas também não tem vaga garantida.

A ascensão de Bruno Guimarães impressiona a comissão técnica. Tite se encontrou com o jogador do Newcastle na Inglaterra recentemente. Nos amistosos na França, a Seleção lamentou não contar com o meia para as partidas contra Gana e Tunísia - ele sofreu uma lesão e não foi relacionado.

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A comissão técnica avalia que a proposta de jogo do ex-Athletico é diferente da de Fred, envolve mais presença ofensiva, com toques mais verticais e também jogo aéreo - no que ele evoluiu - e, hoje, Bruno consegue ajudar mais do que antes na recomposição rápida sem a bola, o que talvez seja a grande vantagem de Fred.

O ex-jogador do Internacional e do Shakhtar Donetsk iniciou a temporada no Manchester United na reserva, o que acendeu um sinal de alerta na Seleção.

– Não digo que preocupa (Fred reserva), mas gostaríamos que ele estivesse jogando mais. Ele fez bons jogos, a gente entendeu que ele iria jogar mais, principalmente quando fez bons jogos contra o Leeds United, foi bem contra o Newcastle, foi bem contra o Tottenham fazendo gol e não teve uma sequência tão forte. Ele é um atleta que vem se mantendo bem, tem sido utilizado praticamente todos os jogos, mesmo não tendo uma minutagem tão grande, a gente entende a importância que ele tem para a nossa equipe e as funções que pode exercer para a gente – avalia Matheus Bachi, filho e auxiliar de Tite.

Com sete gols nos últimos sete jogos pela Seleção, Richarlison sai na frente como camisa 9 do Brasil. Mas Gabriel Jesus tem força na concorrência direta. Inclusive, a dúvida sobre a forma física de Richarlison para a estreia - o Pombo ainda se recupera de lesão no Tottenham - pode ser preponderante para a definição de Tite. A comissão técnica indica que vai usar atletas na melhor forma possível partida a partida e aposta num elenco homogêneo para isso.

As dúvidas começarão a ser sanadas na segunda-feira, quando os jogadores se apresentam à Seleção em Turim, na Itália. Na próxima sexta (19), o grupo embarca para o Catar, onde estreia na Copa do Mundo no dia 24, contra a Sérvia, às 16h (de Brasília).

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