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Sobre(viver) através de arte: a pintura como forma de expressão para uma mulher pansexual, indígena e autista em RO


Série do g1 conta a história de pessoas da comunidade LGBTQIA+ que se descobriram através da arte. Eryle utiliza a pintura como uma grande forma de expressão

Redes Sociais/Reprodução

Uma mulher pansexual, indígena e autista colocando em pinturas pensamentos e sentimentos: essa pode ser uma pequena definição de Eryle Aguiar, mas ela é mais do que isso e busca expressar cada traço da identidade através de várias formas artísticas.

“Não só na pintura, mas na arte, você pode ser você mesma(o). Meus quadros são eu. Toda felicidade, tristeza, melancolia, raiva e muito mais está lá, cada detalhe da Eryle”.

Este é o quinto e último episódio da série "Sobre(viver) através de arte", produzida pelo g1 para contar histórias de jovens rondonienses da comunidade LGBTQIA+ que utilizam a arte para expressar a própria identidade, medos, desejos e vivências.

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Arte e Identidade

Nascida em Guajará-Mirim, Eryle Aguiar é descendente de indígenas por parte de pai e mãe. Seu avós e bisavós moravam em um local da cidade - que não existe mais - onde viviam indígenas de várias etnias.

Desde criança, a artista sempre utilizou as pinturas como forma de se expressar em meio a dificuldade de se comunicar. Já na juventude, recebeu o diagnóstico de autismo, que, para ela, foi uma “grande revelação” sobre si.

A arte plástica também foi fundamental na adolescência de Eryle, quando ela se encontrava em quadro anoréxico por conta de um transtorno alimentar. Foi quando ela desenvolveu o dom até se tornar seu trabalho.

Atualmente com 20 anos, ela atua profissionalmente como artista há quase dois anos. Nesse tempo de carreira, a artista já fez sete exposições e, em um futuro não tão distante, planeja construir a própria galeria para expandir mais ainda sua arte.

Por meio das vendas nas redes sociais e exposições em galerias, os quadros que ela pinta são sua principal fonte de renda.

Nas pinturas Eryle explora conexão com a natureza e espiritualidade

Redes Sociais/Reprodução

Sem medo de ser quem é

Em um vídeo recentemente divulgado nas redes sociais, Eryle decidiu falar abertamente sobre ser uma mulher pansexual. No depoimento ela relata que a informação ficou “escondida”, de certa forma, por conta das mensagens de ódio que enfrentou antes.

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“No momento em que eu falei quem é Eryle, eu sofri muito preconceito. Mas sim, a Eryle é uma mulher pansexual, autista, indígena e artista plástica e tem muito orgulho disso”.

Ela contou ao g1 que publicou o vídeo depois que decidiu não ter mais medo de dizer quem realmente é.

“Eu não peço que vocês entendam, eu só peço que respeitem. Porque eu não tô falando só de mim, é uma voz de muitas pessoas que passam preconceitos por serem quem elas são. O que vocês chamam de: "o que é isso?", na verdade, o "isso" sou eu”.

Arte e inspiração

Em seus quadros é onde deposita o que é. Com pincel, mão e outros objetos, ela cria uma arte abstrata que tem o objetivo de fazer o público procurar por formas entre as misturas de tintas. Outro ponto que ela busca acentuar em suas pinturas é a conexão com a natureza e espiritualidade.

Quadros de Eryle buscam fazer o público procurar formas entre as misturas de cores

Redes Sociais/Reprodução

“Minha mente é minha inspiração, sonhos e momentos fazem minha Arte ser quem ela é. Não é algo tão fácil colocar seus sentimentos ou lembranças mais profundas e doloridas. Se torna desafiador, mas nunca deixará de ser único e mágico”.

Além de artista plástica, Eryle também é poeta, dançarina, atriz e transita entre muitas outras formas de arte.

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