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Conselheiro do Corinthians projeta custo de R$ 1,5 bilhão em novo acordo sobre a Arena


Rozallah Santoro, economista que trabalhou por 20 anos em bancos, analisa termos aprovados no Conselho para pagamento do financiamento do estádio Dois dias após a aprovação unânime do Conselho Deliberativo do Corinthians do novo acordo do clube com a Caixa Econômica Federal, para o pagamento do financiamento da Neo Química Arena, o podcast "ge Corinthians" ouviu um dos conselheiros que esteve na reunião para analisar os termos.

Formado em Engenharia Química e em Economia, ambos pela Universidade de São Paulo, Rozallah Santoro trabalhou por 20 anos em bancos, é um dos fundadores do "Movimento Corinthians Grande" e está em seu primeiro mandato como conselheiro.

Rozallah elogiou o trabalho feito pelo departamento financeiro do Timão, que foi responsável pela apresentação ao Conselho, e fez sua análise sobre o acordo:

– Quando teve a ação da Caixa sobre o Corinthians, a dívida que a Caixa reclamava em agosto de 2019 estava em R$ 480 milhões e era cobrada uma multa de 10% de adicionais pelo ajuizamento da execução. Até janeiro de 2022, esse saldo devedor foi atualizado para R$ 611 milhões. Neste novo acordo, o clube tem um ano de carência para começar a pagar os juros, então vai começar em janeiro de 2023, e depois fiquei em dúvida se em janeiro de 2025 ou 2026 começa a pagar o valor principal. Esses pagamentos vão até dezembro de 2041. Estamos falando de 20 anos para frente.

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Na visão do economista, o grande problema do acordo é a mudança no índice da taxa de juros.

– Fazer um acordo nunca é bom, já quer dizer que a gente não cumpriu alguma coisa. E aí você tem de ceder algumas coisas para ter o meio termo. O que mais chama a atenção de quem analisa é a questão da indexação. A gente tinha uma dívida com a Caixa que tinha como base a linha de incentivo para os estádios da Copa, que tinha uma taxa de juros contratual de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) + 3,6% ao ano. E foi renegociada para CDI (Certificado de Depósito Interbancário) + 2%. Para dar uma ideia do impacto, o primeiro ano de projeção de TJLP + 3,6% ficaria na casa de 10,5% ao ano. O CDI para esse ano já está nos 13,5%. Com mais 2%, ele está nos 15,5%. Então são 5% a mais de juros por ano. Em cima de R$ 611 milhões, quando a gente começar a pagar os juros em janeiro de 2023, já serão R$ 30 milhões a mais do que era na taxa original.

O Corinthians vai arcar com parcelas trimestrais, segundo informado na reunião do Conselho. A projeção é que o valor anual, na soma dos trimestres, seja algo na casa de R$ 70 milhões ao ano.

– Se somarmos todas as parcelas que serão pagas, vai dar algo na casa de R$ 1,5 bilhão ao longo dos 20 anos. Esse é o tamanho da encrenca. Claro que é muito melhor ter um acordo ruim do que uma boa briga. A aprovação foi unânime por, na minha opinião, não haver outra opção.

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O Corinthians conta com R$ 300 milhões vindos da receita dos naming rights da Arena ao longo dos próximos 20 anos, pagos pela Hypera Pharma. O valor é atualizado de acordo com o índice IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado).

– A projeção que a gente (grupo de conselheiros) faz é que a diferença de quanto se recebe do naming rights para o que vamos pagar de parcela por ano será na casa de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões. É alto. Mas tudo vai depender muito das outras receitas que o clube conseguir fazer com a Arena.

Entre as receitas da Arena estão a bilheteria, a venda de camarotes, os acordos de patrocínio e o aumento de uso no dia a dia, com a oferta de academia, clínica médica, lojas e outros parceiros.

Segundo informações repassadas aos conselheiros, o acordo que passou pelo Conselho Deliberativo está pré-aprovado na Caixa, mas ainda depende de homologação. Isso deve acontecer num prazo de dois a três meses para que o documento seja assinado junto com a Caixa.

– Não é um tema fácil. Por mais que a gente torça para que isso dê certo, tudo o que se apresenta nos leva a acreditar que em três ou quatro anos teremos de sentar de novo para aprovar um novo acordo. Salvo alguma mudança radical na capacidade da Arena gerar suas próprias receitas – projetou.

A diretoria do Corinthians, até o momento, não falou sobre o novo acordo da Caixa. Em nota oficial, o clube apenas celebrou a aprovação de seus conselheiros.

Veja a nota:

"O Sport Club Corinthians Paulista informa que, por unanimidade, os membros de seu Conselho Deliberativo aprovaram os termos do acordo entre o clube e a Caixa Econômica Federal, em reunião realizada nesta segunda-feira (27), na sede do Parque São Jorge.

O acordo se destina a quitar pendências referentes ao financiamento para a construção da Neo Química Arena."

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Reprodução

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