Estrelas na base, Isaque e Riquelme miram "novo início" no profissional do Fluminense: "Tudo do zero"

Dupla carrega expectativa para levar sucesso do Sub-17 para os profissionais. Neste Carioca, têm chances de ser titulares contra Sampaio Corrêa, neste domingo Logo de cara, Isaque e Riquelme ficam frente a frente para sanar a dúvida: quem conhece melhor o outro? Maior ídolo, onde nasceu, comida preferida... Várias perguntas foram feitas até constatarmos o óbvio empate. A conexão entre os jovens de 17 anos vale dentro e fora de campo. Símbolos da 'Esquadrilha 07', uma das gerações mais vitoriosas de Xerém, eles despertam a curiosidade dos torcedores do Fluminense, que querem vê-los entre os profissionais neste Carioca. Para quem não os conhece, vale a apresentação.

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Isaque e Riquelme demonstram parceria dentro e fora do campo

Sou Isaque, tenho 17 anos, nasci em 2007, sou meia-atacante. Minhas características são passe, inteligência, fazer gols, dar assistências, drible, velocidade e um pouquinho de marcação também (risos)

Me chamo Riquelme, tenho 17 anos, vim do interior de São Paulo, de Araçatuba, e minhas características são de um jogo mais ousado. Gosto de ir para cima, fazer gols… marcação eu não sou muito bom (risos). Acho que meu estilo é esse: ousadia e fazer gols.

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Isaque e Riquelme pelo Fluminense

Marcello Neves/ge.globo

O hype se explica. A dupla vem de importantes títulos no Sub-17: no Brasileirão, Isaque brilhou na final para garantir a taça; já na Copa do Brasil, o gol decisivo veio dos pés de Riquelme, que já foi citado pelo jornal inglês The Guardian como um dos melhores do mundo da categoria. Porém, eles se mostram cientes de que nada brilhar na base e não vingar no profissional. Por isso, a regra é clara: ambos irão viver um "novo início".

— Quando chega aqui (profissional) começa tudo do zero, é uma nova etapa. Claro que não apaga o que fizemos lá atrás, vai ficar marcado. Mas aqui é um novo início. Com a ajuda de todos os companheiros, que nos receberam bem, e o trabalho de psicólogos também… É o que a gente ama, que a gente faz com alegria. Quando entramos em campo, esquecemos tudo e só pensamos em ser felizes e jogar bola — afirma Isaque.

— É uma mudança muito grande do profissional para a base, é muito diferente o estilo de jogo, mas acho que não tem pressão alguma. Temos que entrar em campo e fazer aquilo que a gente sabe fazer de melhor, leve e solto, e dar muitas alegrias à torcida tricolor — completa Riquelme.

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Para manter os pés no chão, eles contam com a ajuda do departamento de psicologia do Fluminense e com o apoio familiar. Isaque, inclusive, é motivo de elogios dentro do clube pelo seu comportamento. Já Riquelme é considerado autêntico e que não costuma abaixar a cabeça mesmo nos momentos de pressão. Os dois, no entanto, lembram do esforço dos seus pais para dar condições de viver o atual momento.

— É muito bom (viver esse momento), melhor ainda é saber que todo o esforço que fizemos lá atrás não foi em vão e está valendo a pena. Estamos realizando mais um sonho nosso e da nossa família também. Estamos dando mais um grande passo na nossa carreira. Agora é manter a sequência e estrear muito bem — diz Riquelme.

— Ele falou tudo. A gente para para pensar um pouquinho e lembrar de uns anos atrás, tudo o que passamos com a família, e estarmos perto da estreia com o Fluminense no Carioca, é a realização de um sonho, que teve esforço e renúncia de coisas que não foram em vão. Estar podendo realizar este sonho é maravilhoso — completa Isaque.

Isaque e Riquelme pelo Fluminense

Marcello Neves/ge.globo

Por fim, quando se trata de jogar pelo profissional do Fluminense, eles tratam como um sonho. Isaque tatuou a data de estreia, diante do Cuiabá, pela 37ª rodada do Brasileirão do ano passado. Riquelme ainda espera receber a oportunidade, mas também tatuado a sua presença como atleta. Tudo indica que eles ganharão um novo capítulo para recordar no próximo domingo.

— A expectativa é a melhor, a gente vai realizar mais um sonho, que é estrear pelo profissional, estamos na luta desde novinhos… Vai ser a realização de um sonho e é um prazer vestir a camisa do Fluminense pela equipe profissional agora — afirma Riquelme.

— É basicamente o que ele falou, expectativa muito alta. Creio que é a realização de um sonho tanto nosso quanto das nossas famílias, que largaram tudo lá atrás para viverem o nosso sonho. Estar à beira de realizar este sonho é uma felicidade imensa. Espero que a gente possa dar muitas alegrias ao torcedor do Fluminense — diz Isaque.

Veja outras respostas da dupla:

Trabalho mental:

Riquelme: "Temos um mental muito bom, com a ajuda da família e da psicóloga também. O principal é ter o apoio familiar. E aí a gente esquece tudo, os problemas… Quando entramos em campo fazemos o que sabemos de melhor"

Isaque: "Na nossa idade nós ainda não pensamos muito nas coisas, não sabemos o tamanho da responsabilidade, então a gente entra em campo querendo ser feliz e fazer o que a gente sabe, com ousadia e alegria, sempre tentando dar nosso máximo e mostrar nosso futebol. É uma coisa que a gente não percebe muito, só queremos entrar em campo e ser felizes"

Comemoração de título no Maracanã

Riquelme: "Um momento incrível. A gente para e pensa em tudo o que passamos lá atrás. A gente olha e pensa que nunca imaginamos viver isso tão novos, tão cedo. Como eu sempre falo, é a realização de um sonho. Ainda não pude estrear lá (Maracanã), mas, se Deus quiser, logo, logo vou pisar naquele gramado"

Isaque: "É sempre bom ser recebido por essa torcida maravilhosa, ainda mais depois de um título tão importante para a nossa categoria"

Estreia contra o Cuiabá

Isaque: "Era um jogo que tinha uma responsabilidade muito grande para o Fluminense, um jogo muito delicado. Um menino que sai de uma cidade com vários sonhos, com a mãe e os irmãos. Foi muito difícil no começo, não tínhamos muitas condições e passamos por muitas coisas. E vê-los na arquibancada, mesmo que poucos minutos, entrar no Maracanã lotado, a gente para e pensa que conseguimos, realizamos um sonho. Foi muito gratificante ver minha família depois do jogo, chorando e emocionados. Só tenho a agradecer"

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