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À espera de Benício, Beraldo festeja 2024 de começos vitoriosos em PSG e Seleção: "Ano mágico"

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Em entrevista ao ge, camisa 35 do Paris Saint-Germain detalhou temporada e projetou duelo com o Botafogo no Super Mundial: "Com certeza vai dar trabalho" Veja os gols de Beraldo pelo PSG

Deixar o Brasil muito jovem rumo a um poderoso clube europeu é desafio dos grandes e que às vezes faz garotos baterem e voltarem do Velho Continente. Não foi assim com Beraldo, formado no São Paulo. A cronologia em termos de evolução e conquistas do zagueiro no ano de 2024 foi frenética, e um parágrafo não é suficiente para resumi-la.

+ Beraldo marca, e PSG vence Toulouse no Campeonato Francês

Anunciado em 1º de janeiro, estreou numa decisão dois dias depois, a da Supercopa da França, e sagrou-se campeão. Antes de a primeira semana terminar já constava como um dos titulares do técnico Luis Enrique. O primeiro gol pelo PSG veio em março, mês que também marcou o início de sua trajetória como jogador de Seleção, com direito a vaga entre os 11 iniciais na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, no lendário Estádio de Wembley. Em abril, venceu a liga. Em julho, recebeu a melhor notícia: vai ser papai. Ufa! Como diria o poeta, "haja coração"!

- Acho que foi um ano muito especial para mim. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava chegar no meu primeiro jogo com a camisa do PSG e conquistar meu primeiro título aqui na Europa. Para mim, 2024 foi um ano extraordinário, de muitos aprendizados e muitas conquistas. Consegui ganhar três títulos com a camisa do PSG e me aprimorar muito. Cada vez mais estou crescendo e evoluindo com todas as pessoas ao meu redor. Com treinamentos e as dicas que todos vêm me dando. Todo mundo quer o nosso bem, e a gente percebe muito isso - afirmou, em entrevista ao ge.

Beraldo avalia ano pelo PSG e pela Seleção: "Mágico"

Companheiro de zaga e único compatriota dentro do PSG, Marquinhos foi fundamental para Beraldo viver um 2024 que foi surpreendentemente até para si mesmo.

- O Marquinhos é uma peça fundamental na minha chegada e na minha adaptação. Me acolheu como um filho mesmo. Só tenho coisas boas a falar de 2024, um ano muito melhor do que eu imaginei aqui na Europa. Imaginei que não iria jogar muito por ser mais novo e pela questão de ter que se adaptar, mas consegui isso muito rapidamente. Consegui desenvolver meu futebol, e isso foi muito importante para eu ter a sequência em 2024.

Beraldo comemora gol marcado pelo PSG contra o Toulouse

Tnani Badreddine/DeFodi Images via Getty Images

Campeão da Copa do Brasil em 2023 com o São Paulo, Beraldo já tem uma coleção de troféus na França: duas Supercopas da França, um Campeonato Francês e uma Copa da França. Mas 2024 não foi extraordinário apenas em Paris, a Amarelinha deu mais brilho ao ano do atleta. A primeira convocação com Dorival Júnior, seu treinador no Morumbi, veio em março.

- Simplesmente o fato de estar ali no grupo, no meio de todos os jogadores e vestindo a camisa da seleção brasileira foi um momento único e mágico da minha vida. Nunca vou me esquecer. Foi um momento de muita alegria. E poder saber que eu ia começar jogando de titular vestindo a camisa de uma seleção tão pesada, com grandes nomes na minha posição. E em Wembley, num jogo complicado, contra a Inglaterra... Acho que é viver aquele momento.

Beraldo em ação pela Seleção

Mark Thorstenson/ISI Photos/USSF/Getty Images for USSF

- É viver intensamente o dia de hoje e aproveitar cada momento vestindo a camisa da Seleção. E poder sair com a vitória por 1 a 0 em Wembley. Viver cada detalhe, sentir tudo que tem que sentir em campo, focar em entregar minha melhor performance em campo para ajudar a camisa da seleção brasileira a ganhar. É um ano mágico. Vesti a camisa da Seleção e depois pude ir para a Copa América. Só tenho a agradecer a Deus e espero que eu possa usar muito mais a camisa da seleção brasileira.

Para tornar o ano completo, Benício foi "convocado" em julho do ano passado e reforça o time da família Beraldo na próxima quarta-feira.

Rafaela e Beraldo estão à espera de Benício

Reprodução

- Não tem nada nesse mundo que consiga explicar a sensação. Ainda não vi meu filho, não consegui senti-lo nos braços, mas só de saber que vou ser pai junto com a minha esposa maravilhosa... Muito ansioso com a chegada dele, espero ser um ótimo pai e que eu possa ajudá-lo de todas as formas possíveis. Ano mágico em que pude descobrir que a minha esposa estava grávida. Demora para passar esses nove meses, não chega a hora de ele nascer (risos).

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Vocês terão pela frente o Botafogo no Super Mundial. Como está a expectativa para enfrentá-los, o que acompanhou do Botafogo e o que representa esse duelo?

Beraldo projeta duelo com o Botafogo: "Vai dar trabalho"

- O ano do Botafogo foi extraordinário. A gente não acompanha tanto devido a horários, mas viu que o Botafogo ganhou os títulos. Vamos nos preparar da mesma maneira, é uma competição nova para todo mundo. Independentemente de contra quem for jogar, a gente tem que estudar e se preparar porque o Botafogo é uma grandíssima equipe, tem muita qualidade. Tenho certeza que eles vão dar trabalho para nós, vai ser um jogo duro e espero que a gente possa ganhar deles para poder ganhar de um time brasileiro (risos).

Grupo difícil ao lado de Atlético de Madrid, Botafogo e Seattle Sounders

- Independentemente do grupo, a gente vai se comportar da mesma maneira. A nossa equipe gosta muito de jogar grandes jogos. Pode ser um grupo difícil, mas tenho certeza que toda a equipe vai se preparar da melhor maneira possível para que possamos ganhar os jogos da fase de grupos e nos classificarmos.

Você vai ser papai do Benício, mas falou do "paizão" Marquinhos. Por que ele é tão importante para você?

Beraldo fala da paternidade e do "paizão Marquinhos"

- Realmente ele foi um pai para mim na minha chegada e ajudou muito a mim. A esposa dele ajudou muito a minha também. Nos acolheram muito. Ele me ajuda de todas as formas, dentro do CT e na vida. Me incentiva de ir na academia e fazer um pouquinho mais, no campo também. Me estimula sempre a estar alegre e a dar o máximo dentro de campo.

- Por ele ser o único brasileiro que está aqui e por ser da mesma posição, acho que é muito proveitoso poder aprender com ele todos os dias na minha vida e de em todos os treinos poder estar convivendo com ele. Tudo que ele conquistou eu também quero conquistar. Também quero ser um pilar aqui no PSG e ser um pilar na seleção brasileira.

Exemplo de Thiago Silva com Marquinhos

- É seguir os passos dele aqui. Ele me conta que quando chegou o Thiago Silva era um pouco mais velho que ele também. Ele é um irmãozão de coração. Não imaginava que ele fosse dessa forma, mas o conhecendo pessoalmente e vendo o quanto acolhe a todos, eu só tenho a agradecer por tudo que ele fez e faz por mim. E agradecer à família dele.

Beraldo e Marquinhos em duelo entre PSG e Borussia Dortmund pela Champions

Kai Pfaffenbach/Reuters

Você vem sendo convocado frequentemente pelo Dorival. Como se vê na briga por vagas na Copa do Mundo de 2026?

- A gente sempre sonha em poder estar numa Copa do Mundo, sempre vai dar o melhor para ir. Tem muita concorrência, mas é normal em todas as posições, ainda mais na seleção brasileira, que tem grandíssimos jogadores. Poder estar em todas as convocações até a Copa do Mundo seria um privilégio. Sempre darei o meu máximo para vestir a camisa da seleção brasileira.

Em sua primeira resposta, você disse que evoluiu muito na Europa. Quais aspectos você destaca de melhora? E acredita que pode melhorar em quê?

- Independentemente da idade, a gente tem muito a aprender e a evoluir. Sou um menino de 21 anos e quero muito aprender. Falo com o Marquinhos, converso com ele sobre o que vê em mim e no que ele pode me ajudar nos treinos e nos jogos. Sobre que dicas pode me dar. A evolução foi em geral, não tem um ponto específico. Acho que é o entendimento maior do jogo, um jogo mais rápido e mais físico. Você tem que entender um pouco mais os posicionamentos para não somente se ajudar, mas também para ajudar os companheiros que estão em campo.

Com a bola na barriga, Beraldo comemora seu gol pelo PSG contra o Toulouse

REUTERS/Abdul Saboor

- Acredito que tenho muito mais a evoluir. Estou pronto para ouvir todas as pessoas que querem meu bem. Quando o treinador me chama para conversar e fala que tenho que melhorar em determinadas coisas, eu foco e melhoro naquilo para sempre conseguir fazer o meu melhor com a camisa do PSG.

Sua primeira temporada foi de muitos jogos como titular (21 de 24 disputados), mas ultimamente você tem recebido menos oportunidades (iniciou nove das 11 partidas jogadas). O que acredita que precisa fazer para recuperar uma vaga no time?

- Na temporada passada, acabei chegando e jogando um pouco mais. Nessa, eu tenho jogado um pouco menos, mas continuo trabalhando e me dedicando da mesma forma. É uma escolha do treinador, e ele sabe que pode contar comigo sempre, independentemente da posição. De lateral-esquerdo ou de zagueiro. Estou aqui para somar, posso não ter jogado muito nos últimos jogos, mas sinto a minha evolução. Estou me dedicando e me esforçando nos treinos para voltar a jogar mais, porém não pressiono ninguém. Acho que estou fazendo meu trabalho da maneira certa, estou todos os dias ali feliz e sorrindo. Muito grato por poder vestir a camisa do PSG e sempre disposto a poder ajudar o clube em qualquer situação que esteja.

Beraldo tem 35 jogos (30 como titular), três gols marcados e quatro títulos conquistados pelo Paris Saint-Germain.

O mês de janeiro reserva um confronto direto pela Champions, contra o City, que estava em crise e voltou a vencer nos últimos jogos. Como encara esse duelo, apesar de acontecer somente no dia 22?

- São jogos completamente difíceis, a gente sabe a qualidade que tem o Manchester City, todos seus jogadores e o treinador. Tem que se preparar da melhor forma possível porque a gente tem que ganhar deles jogando na nossa casa. É conseguir propor o nosso jogo da melhor forma para que possamos conseguir induzi-los a fazerem o que nós gostaríamos que eles fizessem.

- E ganhar. Temos que ganhar de qualquer forma, precisamos desses três pontos importantíssimos na tabela. É um jogo muito duro, eles foram campeões da Europa dois anos atrás. A qualidade do time deles é imensa, mas a gente está bem preparado para poder enfrentá-los e, se Deus quiser, sair vitorioso.

O PSG sofre sempre a pressão pela inédita Champions e no momento não está nem no grupo dos que se classificam ao playoff anterior às oitavas. É possível avançar ao mata-mata para tentar conquistar esse título tão esperado? Além do City, o confronto com o Stuttgart também é direto.

- Só depende de nós. É poder ganhar esses dois últimos jogos que faltam para podermos nos classificarmos. É um sonho do PSG poder ganhar a Champions League, é um sonho de todas as equipes ganhar o campeonato mais importante da Europa. Temos que somar os seis pontos, dependemos apenas de nós. É um mês para a gente se preparar ainda mais, acredito que a gente vai dar o nosso melhor e vai dar tudo certo. É o momento mais decisivo da temporada, temos que nos preparar da melhor maneira possível e estudar todos os adversários para conseguir os seis pontos.

Beraldo aponta mês decisivo para o PSG na Champions contra City e Stuttgart

Ge

Globoesporte.com

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