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Esporte

Futebol feminino ainda não tem calendário de 2025 divulgado pela CBF

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Entidade que comanda o futebol nacional retorna às atividades dia 13 de janeiro e irá marcar data de reunião com os clubes para aprovação de fórmula e calendário A CBF ainda não divulgou as datas-bases e os regulamentos das competições do calendário do futebol feminino do próximo ano. A princípio, a entidade continuará promovendo as três divisões do Campeonato Brasileiro, Supercopa e Brasileirão de bases. A Confederação Brasileira de Futebol está em recesso até o dia 13 de janeiro, mas avisou no final de 2024, via ofício aos clubes, que iria convocar uma reunião no primeiro mês do ano para debater com as equipes tanto datas quanto regulamentos.

Em 2024, a Supercopa, competição que abre a temporada de futebol feminino no Brasil, foi disputada em fevereiro. O torneio aconteceu na segunda semana do mês e teve Corinthians e Cruzeiro na final. O time paulista conquistou o título após vencer por 1 a 0.

De acordo com apuração do ge, a CBF já tem todo o calendário desenhado, mas quer o aval dos times. O encontro proposto pela entidade para bater o martelo sobre 2025, no entanto, ainda não tem data nem hora definidos. O objetivo será discutir o calendário e o formato das competições. Há uma proposta de aumento no número participantes nas duas primeiras divisões do Brasileirão.

Com o novo desenho proposto, primeira e segunda divisão teriam 20 clubes cada, em vez de 16. O objetivo é dar mais competitividade aos torneios. Para ter esse número de times, a ideia da CBF é que tenha uma seletiva no início da temporada para preencher as quatro vagas disponíveis em cada divisão.

- Acho que é muito agressivo caírem quatro clubes de 16. Eu gosto muito de isonomia e, se temos competições que são 20 clubes para cair quatro, essa proporcionalidade não estava existindo nos campeonatos. Em 16 e caindo quatro, é lógico que cai a qualidade daquelas que sobem. Não desmerecendo, mas nunca vêm no patamar de quem vem investindo bastante. A CBF tem tratado dessa situação com a diretoria de competições. Estão fazendo um estudo do que gostaria de ter, juntamente com uma competição que fosse de acesso para clubes da Série A1 - afirmou Ednaldo Rodrigues em entrevista ao ge em setembro.

Final do Brasileirão Feminino, Corinthians x São Paulo, Neo Química Arena

Marcos Ribolli

Parte dos clubes, como Atlético-MG e Cruzeiro por exemplo, se apresentam esta semana. No caso da Raposa, o time aguarda o calendário para saber quando estreia na Supercopa Feminina. O Galo, por sua vez, aguarda para saber se vai ter a chance de tentar a permanência na elite do Brasileirão, já que foi rebaixado neste ano.

- Seria importante que a CBF manifestasse qual a dificuldade de divulgar o calendário do feminino, que é muito mais óbvio para organizar, no início de dezembro. Fechar o ano sem ter o calendário é desastroso e impacta diversas áreas dentro do Departamento. Da relação com patrocinadores a programação de treinos da pré-temporada - declarou Bárbara Fonseca, diretora do futebol feminino do Cruzeiro.

A proposta de aumento de número de participantes nas Séries A1 e A2 só será colocada em prática caso os clubes concordem com a ideia da CBF na reunião em janeiro. A entidade enviou comunicado com exclusividade ao ge nesta segunda-feira, dia 6. Informou que irá ampliar o investimento nas três divisões do Brasileiro feminino e que irá respeitar a opinião dos clubes.

- A CBF aguardou o inicio do ano para promover uma ampla discussão sobre o calendário do futebol feminino de 2025. O encontro inédito comandado pelo presidente Ednaldo Rodrigues vai reunir os representantes de todos os clubes que disputam as 3 divisões do futebol feminino. A CBF pretende conduzir o processo de forma democrática, sem imposições e ouvindo todas as reivindicações. O crescimento do futebol feminino é uma das prioridades da atual gestão, que conseguiu trazer para o Brasil a próxima Copa do Mundo, que será disputada em 2027 . Na próxima temporada, a CBF vai ampliar os seus investimentos nas três divisões, criar novas competições e também aumentar os investimentos na base para formar novos talentos. A entidade respeita a opinião de todos os representantes dos clubes, faz questão de ouvi-los e acredita que esse inédito debate vai construir avanços significativos para o futebol feminino, que a cada ano cresce mais - informou por meio de nota a CBF.

Alguns times já se posicionaram sobre mudanças sugeridas. O comando do futebol feminino do Grêmio acredita que um playoff atrasaria o calendário e não seria justo em relação à competitividade subir equipes que caíram em 2024. No entanto, vê com bons olhos o aumento de jogos e alterações para a temporada 2026.

- Quanto aos playoffs, não somos a favor porque atrasa o Brasileiro e seria corrido de novo. Quanto a ter 20 equipes, nas enchentes demos sugestão de não haver rebaixamento devido a tudo que aconteceu e não fomos ouvidos. Agora querem beneficiar algumas equipes que caíram este ano e colocar 20 equipes. Influenciaria na competitividade então não somos a favor disso este ano, mas sim somos a favor de um Campeonato Brasileiro longo de turno e returno com mais jogos, e uma Copa do Brasil como estão falando - disse Karina Balestra, diretora adjunta do Departamento de Futebol Feminino do Grêmio.

Em contato com a reportagem, o Palmeiras lamentou o atraso na divulgação do calendário, pois afirma ser prejudicial para o planejamento do clube em relação ao time feminino. Além disso, ressalta que o crescimento da modalidade deve respeitar os regulamentos vigentes e possíveis propostas de alterações serem colocadas no congresso técnico mais adiante.

- O atraso na divulgação do calendário prejudica muito nosso planejamento, mas continuamos aguardando a CBF. O crescimento da modalidade deve respeitar os regulamentos e ser orgânico. A opinião do Palmeiras é manter o regulamento atual e colocar as propostas para o futuro no congresso técnico - informou o Palmeiras.

Ofício da CBF agendando reunião sobre calendário do futebol feminino

Reprodução

Ofício da CBF agendando reunião sobre calendário do futebol feminino

Reprodução

Ge

Globoesporte.com

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