Grêmio sai da fila e volta a ter técnico estrangeiro após 20 anos; veja ranking

Santos lidera lista desde 2019, quando sucesso de Jorge Jesus impulsionou entrada de treinadores de fora do país ao futebol brasileiro Rizek analisa a 'grande saída' para os treinadores brasileiros: "Estão em baixa"

Nos últimos anos, tem sido comum a presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro. Especialmente após 2019, quando o sucesso de Jorge Jesus no Flamengo impulsionou a busca por profissionais de outros países. Por outro lado, há equipes que até hoje não apostavam em gringos, embora sejam minoria na história recente da elite nacional.

Ao analisar os times do Campeonato Brasileiro deste ano, mais os quatro que subiram para a Série A em 2025, apenas seis clubes não tiveram nenhum estrangeiro no comando no período: Fluminense, Vitória, Juventude, Criciúma, Atlético-GO e Mirassol.

O Grêmio integrava o seleto grupo, mas anunciou o argentino naturalizado boliviano Gustavo Quinteros como novo comandante para 2025. Antes dele, o último estrangeiro a comandar o time gaúcho foi o uruguaio Hugo de León, ídolo dos tempos de jogador, em 2005.

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Divulgação/Vélez

Agora, além do Grêmio, 17 clubes tiveram ao menos um gringo após 2019, com crescimento constante de novas contratações. Há cinco anos, a temporada do futebol brasileiro havia terminado com apenas Jesus no Flamengo e o argentino Jorge Sampaoli no Santos.

No começo da temporada seguinte, a onda já se alastrou por outros times, como Atlético-MG, com o venezuelano Rafael Dudamel, e Internacional, com o argentino Eduardo Coudet, além do português Jesualdo Ferreira no Santos, substituindo Sampaoli.

Por falar no Peixe, o anúncio do português Pedro Caixinha faz a equipe do litoral paulista liderar a lista de gringos nos últimos anos. Foram seis no total, seguido por Flamengo e Atlético-MG, com cinco cada.

Jorge Jesus e Jorge Sampaoli

Burak Akbulut/Getty Images

No total, 42 treinadores estrangeiros diferentes, de oito nacionalidades, passaram pelas equipes do levantamento no período, alguns deles por mais de um time. Os preferidos são portugueses (17) e argentinos (14).

Neste momento, sete dos 20 clubes da Série A de 2025 são treinados por estrangeiros (Corinthians, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Santos, Fortaleza e Sport), contra 12 brasileiros. O Botafogo, campeão brasileiro e da Libertadores, procura um substituto para o português Artur Jorge.

Os dois trabalhos mais longevos do Brasil na atualidade são gringos. O português Abel Ferreira está há mais de quatro anos no Palmeiras, e o argentino Juan Pablo Vojvoda passou de três anos e meio no Fortaleza.

Vojvoda e Abel em Fortaleza x Palmeiras na Série A

Thiago Gadelha/SVM

Técnicos estrangeiros no futebol brasileiro (2019-2024):

Santos - 6

Jorge Sampaoli (Argentina - 2019)

Jesualdo Ferreira (Portugal - 2020)

Ariel Holan (Argentina - 2021)

Fabián Bustos (Argentina - 2022)

Diego Aguirre (Uruguai - 2023)

Pedro Caixinha (Portugal - 2025)

Atlético-MG - 5

Rafael Dudamel (Venezuela - 2020)

Jorge Sampaoli (Argentina - 2020-2021)

Antonio Mohamed (Argentina - 2022)

Eduardo Coudet (Argentina - 2023)

Gabriel Milito (Argentina - 2024)

Flamengo - 5

Jorge Jesus (Portugal - 2019-2020)

Domenec Torrent (Espanha - 2020)

Paulo Sousa (Portugal - 2022)

Vítor Pereira (Portugal - 2023)

Jorge Sampaoli (Argentina - 2023)

Athletico-PR - 4

António Oliveira (Portugal - 2021)

Juan Carlos Osorio (Colômbia - 2024)

Martín Varini (Uruguai - 2024)

Lucho González (Argentina - 2024)

Botafogo - 4

Emiliano Díaz* (Argentina - 2020)

Luís Castro (Portugal - 2022-2023)

Bruno Lage (Portugal - 2023)

Artur Jorge (Portugal - 2024)

* Ramón Díaz, pai de Emiliano, deveria ser o comandante, mas estava em recuperação de cirurgia e acabou demitido antes de assumir. Emiliano foi o treinador principal em três jogos.

Internacional - 4

Eduardo Coudet (Argentina - 2020 e 2023-2024)

Miguel Ángel Ramírez (Espanha - 2021)

Diego Aguirre (Uruguai - 2021)

Alexander Medina (Uruguai - 2022)

Bahia - 3

Diego Dabove (Argentina - 2021)

Bruno Lopes (Portugal - interino em 2021 e 2022)

Renato Paiva (Portugal - 2022-2023)

Corinthians - 3

Vítor Pereira (Portugal - 2022)

António Oliveira (Portugal - 2024)

Ramón Díaz (Argentina - 2024-atual)

Cruzeiro - 3

Paulo Pezzolano (Uruguai - 2022-2023)

Pepa (Portugal - 2023)

Nicolás Larcamón (Argentina - 2024)

Cuiabá - 3

António Oliveira (Portugal - 2022 e 2023-2024)

Ivo Vieira (Portugal - 2023)

Petit (Portugal - 2024)

Sport - 3

Gustavo Florentín (Paraguai - 2021-2022)

Mariano Soso (Argentina - 2023-2024)

Pepa (Portugal - 2024-atual)

Vasco - 3

Ricardo Sá Pinto (Portugal - 2020)

Ramón Díaz (Argentina - 2023-2024)

Álvaro Pacheco (Portugal - 2024)

Ceará - 2

Lucho González (Argentina - 2022)

Gustavo Morínigo (Paraguai - 2023)

São Paulo - 2

Hernán Crespo (Argentina - 2021)

Luis Zubeldía (Argentina - 2024-atual)

Bragantino - 1

Pedro Caixinha (Portugal - 2022-2024)

Fortaleza - 1

Juan Pablo Vojvoda (Argentina - 2021-atual)

Grêmio - 1

Gustavo Quinteros (Argentina/Bolívia - 2025)

Palmeiras - 1

Abel Ferreira (Portugal - 2020-atual)

Total de estrangeiros por nacionalidade:

17 portugueses

14 argentinos

4 uruguaios

2 paraguaios

2 espanhóis

1 boliviano

1 colombiano

1 venezuelano

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