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Esporte

Reforma de São Januário: veja os próximos passos do Vasco após a lei do potencial construtivo

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Com regulamentação da lei na sexta-feira, clube concluiu etapa importante para viabilizar o início das obras no estádio Vasco se reúne com Renato Gaúcho no Rio

Com a regulamentação da lei do potencial construtivo de São Januário, o Vasco deu um passo importante no processo para viabilizar o início das obras no estádio. Após análise da Procuradoria Geral do Município, o decreto foi publicado no Diário Oficial na sexta-feira. Mas e agora? Quais são os próximos passos do clube para a reforma?

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Criação de SPE e apresentação de projetos

Agora, o próximo objetivo é criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A SPE é uma empresa - controlada pelo clube - com o propósito específico de tocar a reforma do estádio. Ela vai emitir, vender e receber os recursos pelos certificados de potencial construtivo, além de conduzir todo o processo de reforma.

O processo está em andamento. Após análise da proposta, o Vasco chegou a um valor final e autorizou os advogados a darem continuidade ao processo. A expectativa é que a criação da SPE esteja finalizada até o início do próximo ano.

Projeto de reforma de São Januário, estádio do Vasco

Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

Após a regulamentação, o Vasco também vai apresentar à Prefeitura o projeto com o estudo para as obras no entorno de São Januário e as intenções de melhorias para a região. O decreto publicado na sexta-feira fala sobre a "Operação Urbana Consorciada" - um pacote de melhorias que serão feitas a partir da aprovação da lei: a reforma do estádio do Vasco, as obras do entorno e a própria venda do potencial construtivo para outras regiões da cidade, como a Barra da Tijuca.

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Resposta do mercado

Além da aprovação da lei do potencial construtivo do estádio, foi publicado um segundo decreto, que cria uma tramitação mais rápida para análise e aprovação de projetos de construtoras que comprem esse potencial construtivo.

Com esse facilitador, há uma expectativa no Vasco de que o mercado responda positivamente para acelerar o processo. O clube entende que entra em vantagem nas negociações por ser, por ora, o único com o decreto de regulamentação já publicado.

O clube negocia com uma empresa para vender um valor significativo do potencial construtivo de São Januário. As conversas seguem em fase de troca de minutas e caminham para conclusão. Caso o negócio seja fechado, será a venda de maior valor até o momento. A diretoria vascaína tem outras negociações finalizadas, com cartas de intenção assinadas, mas envolvendo cifras menores.

Pedrinho e Eduardo Paes em reunião sobre potencial construtivo de São Januário

Reprodução

Previsão para início das obras?

Neste momento, não há previsão estabelecida pelo clube para o início das obras de São Januário. Antes, havia a expectativa de que as obras começassem em janeiro de 2025, mas acabou não dando certo a negociação com uma construtora para a compra de 210 mil m² do potencial construtivo, que já estava bastante encaminhada, em fase de troca de minutas.

Em entrevista coletiva em novembro, o próprio presidente Pedrinho comentou o atraso nas obras:

- Eu assumo essa responsabilidade. Eu falei que iria iniciar em janeiro, fiz muita força com a Prefeitura, fui muitas vezes na Câmara pedir para acelerar os processos, porque eu tinha 100% de certeza de que a gente estava fechado com um comprador total. Estava tudo muito certo, só que a gente não tinha assinado. E abriram outras possibilidades de outros locais de potencial, o possível comprador saiu da mesa. Era muito concreto. Serve de experiência, eu assumo essa responsabilidade - afirmou o presidente.

São Januário

Matheus Lima / CRVG

E a capacidade do estádio?

O associativo do clube e a SAF trabalham em conjunto para promover um estudo de viabilidade financeira e técnica do projeto arquitetônico para o novo estádio. Ainda não há, porém, definição sobre a capacidade final de São Januário após a reforma.

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Há um estudo em andamento sobre a ocupação e operação do estádio, assim como a viabilidade técnica do projeto — que influenciam na decisão. O clube trabalha com uma previsão mínima de 40 mil e máxima de 57 mil torcedores no novo São Januário.

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