Clube costurou acordo por desligamento depois de novo revés; vestiário após jogo do Vasco teve reunião com Victor e presidente, além de Deyverson chorando Quando o árbitro Facundo Tello apitou o fim de jogo na final da Conmebol Libertadores, o técnico Gabriel Milito estava decidido a pôr fim a sua passagem pelo Atlético-MG. Abatido, entendia que seria difícil tirar algo a mais do time para seguir o trabalho. Nessa quarta-feira, clube e treinador chegaram a um acordo pela saída imediata, interrompendo o contrato válido por duas temporadas.
+ ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Galo no WhatsApp!
Vasco 2 x 0 Atlético-MG | Melhores momentos | 37ª rodada | Brasileirão 2024
Mais notícias do Atlético
Atlético define saída de quatro jogadores: saiba quem são eles
Atlético faz consulta por Luís Castro, ex-Botafogo
Atlético decide pela saída de Gabriel Milito
O ge traz os bastidores da saída do técnico argentino. Na última rodada do Brasileiro, o auxiliar da casa, Lucas Gonçalves será o responsável por comandar o Alvinegro. Enquanto isso, a cúpula inicia a busca por um treinador. Luís Castro foi consultado.
Gabriel Milito se mostrou esgotado mentalmente após o vice da Libertadores — o segundo do Galo na temporada. O entendimento era que não estava conseguindo fazer o time render, sem dar sinais de reação. A família de Milito também estava longe. Esposa e filhos ficavam na ponte área Argentina - Belo Horizonte, e a distância da família somou ao desgaste.
O clube o ouviu e entendia que o treinador ainda teria condições de reverter a situação. Por parte da cúpula alvinegra, incomodou algumas pessoas o fato do treinador não ter mexido na equipe ainda no primeiro tempo da final, quando tinha um jogador a mais.
Os donos do clube contavam e muito com a ida para Copa Intercontinental, SuperMundial de 2025 e Libertadores do ano que vem. Ficar fora colocou em xeque o projeto de transformar o clube em potência mundial a curto prazo e também impactou nas finanças de um clube endividado.
O treinador sempre teve o respaldo do diretor de futebol do Galo, Victor Bagy. Inclusive, após a final na Argentina, disse que Milito tinha contrato e nada havia mudado.
Mudou. A derrota para o Vasco — o 12º jogo sem vencer — deixou a situação insustentável. E, após o pedido para sair, o Atlético costurou uma saída em comum acordo com Milito.
River Plate x Atlético-MG; Gabriel Milito
JUAN MABROMATA / AFP
No vestiário, a conversa durou bastante tempo. Envolveu jogadores, comissão técnica, diretor de futebol e presidente do clube. Quando a reunião terminou, alguns atletas saíram abalados. Deyverson foi um dos que mais sentiram, chorando muito.
O diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, saiu do vestiário e se dirigiu para a sala de imprensa. Comunicou e deu detalhes da saída.
— Depois de uma conversa longa no vestiário, no qual debatemos muito o nosso atual momento, conversando muito com o Milito, percebendo o cansaço, percebendo todos os esforços que ele fez nesses últimos jogos e não tivemos uma resposta efetiva e de resultados. Conversamos que o cansaço mental, aliado aos resultados, nos fizeram a chegar a um consenso, tanto da parte dele quanto da parte do clube, de que nós não continuaríamos o trabalho.
— Foi perceptível o esgotamento do Milito e o entendimento de que não conseguiríamos extrair mais performance do que nós estamos tendo.
Gabriel Milito; Victor Bagy; Atlético-MG
Pedro Souza / Atlético-MG
Gabriel Milito iniciou o trabalho de forma avassaladora. Alcançou uma sequência invicta de 12 partidas. Deixou boa impressão e aumentou a expectativa dos torcedores por mais títulos no ano.
Em 62 jogos, conquistou 23 vitórias, empatou 20 vezes e foi superado 19 vezes. O treinador foi contratado pelo Atlético para a vaga de Luiz Felipe Scolari em 24 de março, assinando com o Galo até o fim de 2025.
Termina a passagem com uma seca de 12 jogos seguidos sem ganhar. No currículo, um título Mineiro e dois vices (Copa do Brasil e Libertadores).
Assista: tudo sobre o Atlético no ge, na Globo e no Sportv
???? Ouça o podcast ge Atlético ????