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Esporte

Um pouco de resultado, um pouco de desempenho: a Seleção de Dorival Jr. é um time pela metade

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A pontuação do Brasil na tabela das Eliminatórias é, ao mesmo tempo, suficiente e decepcionante, exatamente como o desempenho da equipe em campo. Venezuela 1 x 1 Brasil | Melhores Momentos | 11ª Rodada | Eliminatórias da Copa do Mundo 2024

Faz uns bons anos que jogar contra a Venezuela não é garantia de vitória fácil e três pontos protocolares acrescentados na tabela, como comprovam os empates recentes da Vinotinto contra Argentina e Uruguai. O futebol venezuelano hoje é bem mais competitivo do que Chile e Peru, por exemplo. Assim, o ponto conquistado pela Seleção Brasileira em Maturín, cidade ao norte da Venezuela, pode ser considerado modesto, mas está longe de ser trágico.

O ponto é modesto se levarmos em consideração a atuação no primeiro tempo, quando o time de Dorival Jr. teve amplo domínio. Abriu o placar com um golaço de Raphinha, quando todos já pensavam nos vestiários, mas mesmo antes disso teve Gérson sendo maestro do time e Vinicius Jr. com atuação infernal, construindo (e perdendo) grandes chances, ainda com o resultado da Bola de Prata parecendo muito indigesto (para ele e para todos nós).

O empate venezuelano, um golaço de Segovia logo no começo da segunda etapa, colocou outras perspectivas na partida. E também alguma justiça, se considerarmos que o Brasil, mesmo com boa atuação, cedia todos os espaços possíveis e ainda contava, desde o primeiro tempo, com atuação um pouco desastrada do arqueiro Ederson, que protagonizou duas saídas de bola horripilantes. O Brasil de hoje defende-se como a Venezuela de trinta anos atrás.

Dorival Júnior, da seleção brasileira, em ação contra a Venezuela

Rafael Ribeiro/CBF

Tanto a atuação como o resultado são um bom resumo do que vem sendo a Seleção Brasileira sob a prancheta de Dorival Jr. O time convincente do primeiro tempo se transformou em uma massa desprovida de alternativas na etapa complementar. O pênalti perdido por Vinicius Jr. não pode ser avalista do resultado -- o atacante do Real Madrid deve ser considerado sempre solução, sem aspas ou reticências. Mesmo perdendo a penalidade, foi um dos melhores do time.

Até agora, com uma pouco convincente terceira colocação, atrás de Argentina e Colômbia, a pontuação do Brasil na tabela das Eliminatórias é, ao mesmo tempo, suficiente e decepcionante, exatamente como o desempenho da equipe em campo. Um time que apresenta momentos de futebol consistente, contando com atuações como as que tiveram Raphinha e Gérson na primeira etapa, também se mostra afoito e improdutivo para se impor contra um adversário acessível, mesmo com um jogador a mais, como aconteceu com a Venezuela após a expulsão do lateral González.

Com pouco desempenho e algum resultado, a Seleção Brasileira de Dorival Jr. parece sempre um time pela metade. Pode ser a metade de um jogo. Talvez pouco mais que a metade da tabela. Ou, pior de tudo, hoje é muito menos que a metade de qualquer expectativa.

Vini Jr. em Venezuela x Brasil

REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

Ge

Globoesporte.com

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