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Obra faz homenagem visual à megafauna e a rica história natural de Rondônia. A estátua da preguiça-gigante fica na residência do Serviço Geológico do Brasil (SGB), na capital. Megafauna na Amazônia: SGB em Porto Velho inaugura escultura de preguiça-giganteEspécie de preguiça pré-histórica gigante que habitava a região amazônica há cerca de 10 mil anos ganhou uma escultura artística em Porto Velho. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), criador do projeto, a obra faz uma homenagem visual à megafauna e a rica história natural de Rondônia.A estátua da preguiça-gigante fica na residência do SGB na capital. Com quatro metros de altura, a peça foi construída em cimento e ferro pelo escultor rondoniense Bruno Ferreira. A ideia dos criadores é, através da arte, divulgar ciência e conscientizar a população sobre biodiversidade e a preservação do patrimônio natural. Escultura de preguiça pré-históricaDivulgação SGBDe acordo com o SGB, o bicho-preguiça foi escolhido para ser homenageado pois ele materializa a história geológica da região que tem registros de fósseis do animal e guarda a maior paleotoca do Brasil, localizada em um distrito de Porto Velho.Além da obra artística, através do projeto SGBeduca, um espaço infantil educativo, lúdico e interativo, será oferecido para as crianças. O ambiente disponibiliza livros de ciência e mapa escolar de rochas e minerais. A população pode visitar a escultura e o espaço educativo de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Avenida Lauro Sodré, 2561.Sobre a espécieAs preguiças gigantes habitavam a região amazônica no período Pleistoceno há 10 mil anos atrás. A espécie fazia parte da "megafauna" da Amazônia e foi extinta durante a "Era do Gelo". De acordo com a bióloga especialista em paleontologia, Ednair Rodrigues, a espécie mais comum de preguiça-gigante do Brasil é a Eremotherium laurillardi.Diferente dos bichos-preguiça que existem hoje, as pré-históricas eram terrestres. Com até 5 toneladas, elas andavam apoiadas nas 4 patas e ficavam "em pé" apenas para alcançar alimentos na copa das árvores.Os dentes da espécie eram eficientes na trituração dos alimentosIlustração Rodolfo Nogueira"As que existem hoje são espécies arborícolas [vive principalmente em árvores] e muitas vezes quando elas descem ao chão elas correm sérios riscos de vida, predação, não só pelo homem mas também pelo próprio ambiente", compara Ednair.Hábitat e extinçãoAs preguiças-gigantes são características da América do Sul. No Brasil, registros delas já foram encontrados em quase todos os estados. Os animais existiram por milhões de anos e foram extintos durante o período glacial conhecido como "Era do Gelo".De acordo com a pesquisadora, o fato das preguiças serem "apegadas" a um determinado hábitat e ter uma alimentação muito específica contribuiu para que elas fossem extintas, assim como outros animais da megafauna. A baixa taxa reprodutiva também é um fator relevante.Confira como é maior paleotoca do Brasil por dentro:Exclusivo: G1 visita maior paleotoca do Brasil construída por preguiças-gigantesLEIA TAMBÉM: Após 40 anos, descoberta de fóssil de feto de preguiça gigante encontrado no país é divulgadaApós perder o útero, mulher se torna mãe ao adotar gêmeas em RO: 'Sempre foi meu maior sonho'