Entenda por que Luciano Rodríguez não ficou no Fluminense antes de virar o 'mais caro do Nordeste'

Atacante do Bahia e seu irmão, Emiliano, passaram por período de testes em Xerém, em 2020, mas dificuldade para adaptação o fez voltar ao Uruguai Considerado uma das maiores promessas do futebol sul-americano da atualidade, Luciano Rodriguez tem chance de estar em campo neste sábado, quando o Bahia enfrenta o Fluminense, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Mas você sabia que a compra mais cara da história do Nordeste pode ser considerada um "Moleque de Xerém"? Isso porque ele chegou a ter uma passagem pela categoria de base do Tricolor, apesar de ter ficado pouco tempo.

Veja lances de lances do uruguaio Luciano Rodríguez pelo Liverpool-URU e pela seleção

Para entender essa história, é preciso voltar para 2020. Luciano tinha apenas 17 anos quando foi convidado para um período de testes em Xerém em dezembro daquele ano. Além dele, o seu irmão Emiliano Rodriguez, que hoje está defendendo o Atlético-GO, também foi convidado. Porém, nenhum dos dois teve muito sucesso.

O ge conversou com profissionais que citaram alguns motivos para que Lucho não continuasse em Xerém. Primeiramente, ele não teve atuações de destaque — o que foi considerado normal devido a pouca idade. O uruguaio também relatou ter dificuldade para adaptação ao Brasil. A ponto de, como ainda ter contrato em vigor com o Progreso, preferir voltar ao Uruguai após os testes.

Mais internamente, acredita-se que Luciano pegou um período difícil para ser avaliado. Por ser em dezembro, a categoria Sub-20 estava se preparando para a Copa São Paulo de Futebol Júnior, enquanto a Sub-17 tinha uma sequência de finais a disputar. Além disso, seus concorrentes diretos eram os destaques Kayky e Matheus Martins, que eram frequentemente convocados para as Seleções Brasileiras de base. Faltou espaço.

Por fim, a decisão final sobre a aprovação de Lucho ficou com a comissão técnica. Não passou pela direção técnica ou captação. Juntando todos os fatores, aliando o desempenho de Luciano Rodríguez com o seu desejo de voltar ao Uruguai, ele voltou para o Progreso.

Luciano (à esquerda) e Emiliano Rodriguez no Fluminense

Arquivo Pessoal

No clube uruguaio, veio a profissionalização. Depois, a ida para o Liverpool-URU o fez explodir. A ponto de ser contratado pelo Bahia, com investimento do grupo City, por 12 milhões de dólares (R$ 65,3 milhões). Isso o torna a maior compra da história do futebol nordestino. O valor superou, por muito, o segundo colocado: a compra do volante Jean Lucas por R$ 27,1 milhões.

As maiores compras do futebol nordestino

Luciano Rodríguez (Bahia): R$ 65,3 milhões;

Jean Lucas (Bahia): R$ 27,1 milhões;

Caio Alexandre (Bahia): 24,3 milhões;

Moisés (Fortaleza): R$ 18,4 milhões;

Jhoanner Chávez (Bahia): R$ 18 milhões

Luciano Rodríguez Rosales é natural de Montevideo. Revelado pelo Progreso, do Uruguai, o atacante virou jogador do Liverpool na temporada passada e soma 17 bolas nas redes e uma assistência em 57 jogos. O centroavante foi o herói do título mundial Sub-20 do Uruguai, conquistado no ano passado, na Argentina, ao marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Itália na final.

Além de passagem pela seleção uruguaia, na qual disputou dois amistosos este ano, contra México e Costa do Marfim, Luciano Rodríguez tem 11 gols em 18 partidas pelas seleções de base.

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