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Eliminações na Copa de 2023 e nas Olimpíadas do Rio e de Tóquio têm em comum a falta do gol no momento decisivo Empate com a Jamaica elimina o Brasil na fase de grupos da Copa?Clique aqui para seguir o canal ge Futebol Internacional no WhatsAppNas duas últimas grandes competições internacionais, um gol fez a diferença para o Brasil ficar pelo caminho. Em 2021, a seleção feminina caiu nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio diante do Canadá, nos pênaltis, após empate em 0 a 0 no tempo normal. O placar em branco se repetiu ano passado, contra a Jamaica, e custou a decepcionante eliminação brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina, na Austrália.Na convocação para os Jogos de Paris, o técnico Arthur Elias deixou claro que um dos seus objetivos nos treinamentos seria aprimorar as finalizações. Às vésperas da estreia, a lição parece bem assimilada pelo grupo.- Todas que estão aqui são muito profissionais, são grandes jogadoras, e a gente ali da frente já tem esse entrosamento, já jogamos juntas, eu, Marta, Kerolin, Portilho... Então isso facilita um pouco o nosso desempenho ali na frente por nos conhecermos um pouco melhor. Agora é treinamento, aprimorar essa parte da finalização, que vai ser o principal. Quando tivermos uma chance temos que ir lá e matar - afirmou a meia-atacante Adriana, colega de Marta no Orlando Pride e ex-companheira de Gabi Portilho no Corinthians.Com destaque para Marta, Brasil tem três atletas entre os 100 maiores do século XXI"Marta mudou o jogo dentro e fora de campo", diz a australiana Alanna KennedyBrasileiras do Orlando Pride levam entrosamento como trunfo para a seleção femininaAdriana comemora um gol pelo Brasil na Copa Ouro FemininaOmar Vega/Getty ImagesEm Bordeaux, base da equipe durante a primeira fase dos Jogos, Arthur Elias vai acrescentar outra atividade, especificamente voltada para eventuais disputas de pênaltis: nos treinos de penalidades, as jogadoras serão divididas em dois grupos no centro do campo, de onde sairão para cada cobrança, tentando simular uma disputa real.- A gente tenta reproduzir o mais próximo possível do que chama de estado de jogo, que pode ser o desfecho de um mata-mata. Tem a distância que precisa ser percorrida até a marca do pênalti. É como se fosse um duelo mental - detalhou o auxiliar técnico Rodrigo Iglesias."Se pudesse fazer algo diferente, teria treinado mais finalizações", admite Pia SundhageO Brasil está no Grupo C dos Jogos de Paris e vai estrear contra a Nigéria, dia 25 de julho, em Bordeaux. Uma vitória na primeira rodada é considerada fundamental antes dos confrontos contra Japão e Espanha.- A gente tem que conseguir os três pontos, até porque sabemos que vamos enfrentar duas equipes muito qualificadas como Japão e Espanha. A estreia é o jogo que vai ditar muito o ritmo da seleção. Então precisamos muito dessa vitória para começar bem e poder seguir na competição com mais tranquilidade - comentou a zagueira Rafaelle, também do Orlando Pride.Melhores momentos: Canadá 0 (4) x (3) 0 Brasil pelas quartas de final do futebol feminino nas Olimpíadas de TóquioTreino traz confiança, diz TamiresUma das mais experientes da seleção, a lateral-esquerda Tamires vai disputar pela terceira vez as Olimpíadas. A jogadora de 36 anos sabe que o gol é fruto da preparação tanto física quanto mental.- É treinamento diário, para que você ganhe essa confiança, e também talento. Se você treina, você aprimora. E aí, em situações de jogo, em que você está um pouco mais nervosa, com toda aquela atmosfera que envolve o jogo, vai ser mais simples para você executar - observou ela.Tamires em ação pela seleção feminina contra o CanadáMarcos RibolliNos Jogos do Rio-2016, foi também depois de um 0 a 0 com a Suécia na semifinal, no Maracanã, que o Brasil se despediu do sonho do ouro. As decepções dos últimos anos podem ser, também, um aprendizado para a equipe, acredita Tamires.- Muitas coisas que a gente aprendeu em jogos passados servem para não cometermos o mesmo erro. Isso vai ser fundamental. Vamos viver muitos jogos de mata-mata nas Olimpíadas, e temos que estar preparadas para esses momentos - disse a lateral do Corinthians.A lembrança do 0 a 0 com a Jamaica, ano passado, ainda pesa sobre a seleção feminina, que disputará as Olimpíadas com nove jogadoras que estiveram na Copa de 2023. Para Tamires, a ênfase no treinamento de finalizações pode trazer a confiança necessária para, dessa vez, o Brasil encontrar o caminho do gol na hora decisiva. - A gente consegue estar preparada para o momento de um gol, que talvez tenha faltado para a gente na Copa do Mundo (de 2023), com o treinamento, trazendo essa questão mental e já visualizando mentalmente essa situação para que caso aconteça de novo a gente consiga ser mais feliz dessa vez - afirmou.