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Esporte

Fantasma das quartas de final reaparece, e Seleção aumenta lista de decepções recentes

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Sexto colocado nas eliminatórias, fora das Olimpíadas e sem avançar às semis fora de casa há 15 anos, Brasil vê pressão crescente em ciclo onde já está no terceiro treinador Fracassos, eliminações precoces e um jejum que corre risco de se tornar o maior de todos os tempos.

A queda na Copa América diante do Uruguai nos pênaltis é apenas mais uma na lista de frustrações recentes da Seleção. Fardo que bota nas costas de Dorival Júnior e seus comandados uma pressão que vai além da campanha ruim nos Estados Unidos.

Jogadores da seleção brasileira unidos antes de pênaltis contra o Uruguai

Ethan Miller/Getty Images

As cobranças carregam consigo também o que aconteceu nas gestões anteriores, em especial sob os comandos de Ramon Menezes e Fernando Diniz. O Brasil não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris, está apenas em sexto nas eliminatórias para a Copa de 2026, e e teve em 2023 o pior desempenho dos últimos 80 anos.

O próximo compromisso oficial é a Copa do Mundo daqui a dois anos, novamente nos Estados Unidos. E a responsabilidade é grande: a Seleção chegar, tal qual em 1994, com o maior jejum de títulos mundiais da história (24 anos) e precisa buscar o hexa para não superar a marca.

Todo esse pacote faz com que a paciência do torcedor seja minada, por mais que o trabalho de Dorival ainda esteja no início. São oito jogos, com três vitórias e cinco empates. Após perder nos pênaltis para os uruguaios, pelas quartas de final da Copa América, o treinador fez uma análise do trabalho.

"Acho que é um trabalho moroso, paciencioso, tudo o que queremos é acelerar para voltar a ter essa equipe. Todo esse sentimento que estamos tendo, olhando, observando, será importante"

- Alinharmos tudo isso, sentarmos com a CBF, conversarmos sobre tudo o que se passou, tivemos coisas positivas ao longo deste período de treinos e jogos, não foram os resultados que gostaríamos, tenho de reconhecer, chamando a responsabilidade dos resultados para o treinador. Mas temos tudo para evoluir, crescer, melhorar muito além do que foi apresentado.

Uruguai 0 (4) x (2) 0 Brasil | Melhores Momentos | Quartas de final | Copa América 2024

Os resultados ruins, por sua vez, não são de hoje. O Brasil voltou a cair em uma quartas de final de competição, o que se repete há mais de uma década quando não é o país-sede. A última semifinal longe de gramados brasileiros aconteceu em 2009, nas Copa das Confederações da África do Sul, quando foi campeã.

Desde então, o Brasil venceu a Copa das Confederações de 2013 e a Copa América de 2019 em casa, e viveu ainda derrotas traumáticas em fases mais agudas. O 7 a 1 para a Alemanha na Copa de 2014, no Mineirão, e o 1 a 0 para Argentina na final da Copa América de 2021, no Maracanã.

Dorival Júnior durante partida contra o Uruguai pela Copa América

Pedro Martins / Foto FC

A eliminação em Las Vegas nos pênaltis faz o Brasil repetir o cenário das quedas para o Paraguai em 2011 e 2015, também nas penalidades - em 2016, nos Estados Unidos, sequer passou da fase de grupos.

Em Copas do Mundo, o drama é ainda maior. Depois do penta, o Brasil caiu nas quartas em 2006 (França), 2010 (Holanda), 2018 (Bélgica) e 2022 (Croácia) em competições fora de casa.

De volta para casa, a Seleção volta a se reunir em setembro, quando recebe o Equador, provavelmente no Beira-Rio, e visita o Paraguai, em Assunção. E a vitória também é emergencial para não complicar o caminho para a Copa do Mundo.

"É uma geração que pode fazer com que o Brasil fique no seu maior jejum sem títulos de Copa do Mundo" comenta Cahê Mota após derrota do Brasil para o Uruguai

Vindo de três derrotas consecutivas na competição pela primeira vez na história, o Brasil é o sexto colocado com sete pontos, no limite do grupo dos que se classificariam para o Mundial. Para Andreas Pereira, a pressão existe e os jogadores precisam estar preparados para encará-la.

"Isso é o fardo de estar aqui na seleção brasileira. É a maior seleção do mundo e a gente sabe que a gente tem a responsabilidade e se a gente está aqui é porque a gente aguenta essa pressão"

- Então a gente tem que trabalhar em frente, levantar a cabeça, é um processo. A gente vai melhorar e com certeza na próxima Copa, na próxima Eliminatória, a gente vai estar melhor.

Sem o Brasil, a Copa América continua na próxima terça-feira, com o duelo entre Argentina e Canadá, em New Jersey, para definir o primeiro finalista. Colômbia e Uruguai medem forças no dia seguinte em Charlotte. A grande decisão está marcada para domingo, em Miami.

Ge

Globoesporte.com

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